quinta-feira, 12 de julho de 2012

Virtudes: um campo de verdes pastagens

Todo o batizado é chamado a ser santo. E nesses tempos de reconstrução da nossa espiritualidade e identidade carismáticas a reflexão sobre essa temática tem sua importância redobrada. Por isso, desde o Encontro Nacional de Formação 2012, que aconteceu em janeiro, a RCC do Brasil tem abordado o tema da santidade. Para aprofundar ainda mais tal assunto, a pregação dessa manhã no XXX Congresso Nacional tratou sobre as virtudes, como um campo de verdes pastagens que nos conduz a santidade. O arcebispo de Belém e assessor eclesiástico do Movimento no Brasil, Dom Alberto Taveira, foi o responsável por ministrar esse ensino.

Ele iniciou sua fala explanando sobre os dois passos ou dois regimes da vida espiritual cristã.  O primeiro regime diz respeito aos dons ou à mística. Sobre isso, Dom Alberto explica que a caminhada cristã começa no alto e declarando: “nossa espiritualidade não é uma escadinha pela qual se sobe, mas uma fonte que se abre. E por isso, devemos, em primeiro lugar, ser receptivos e abertos para a graça”. Nesse sentido, o bispo aproveitou para discorrer brevemente sobre a importância dos dons. Ele explicou sobre a ação dos dons na nossa razão e na nossa conduta prática.

Na sequência, Dom Alberto falou sobre o regime das virtudes ou ascese. Esse regime diz respeito à resposta humana ao amor de Deus. Fazendo alusão ao tema do ano da RCC comparou: “o Pastor que nos conduz para as águas refrescantes também ensina a ovelha a dar passos ”. Dessa forma, ele apresentou as virtudes como caminho para se chegar à perfeição evangélica ressaltando que tal medida deve dizer respeito primeiro ao amor evitando assim, que a santidade seja confundida com perfeccionismo.

Ao apresentar as virtudes como uma disposição habitual e firme para fazer o bem, Dom Alberto passou a discorrer sobre as quatro virtudes cardeais. A prudência é a virtude que guia as outras porque indica a regra e a medida. É o equilíbrio e o bom senso nas decisões. Já a virtude da justiça é dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido, respeitando o direito  de cada pessoas e promovendo o bem comum.

A terceira virtude cardeal, a fortaleza é aquela que nos auxilia a suportar os obstáculos e a vencer o medo. Sobre essa virtude, Dom Alberto questionou os presentes sobre a frequência com que os cristãos têm relaxado nas questões que envolvem a moralidade, com uma afirmação provocativa: “Hoje, não vivemos mais em um mundo cristão, mas no paganismo. Estamos entrando num mundo que ou se é cristão até a medula dos ossos ou não teremos lugar. Não dá mais para ser mais ou menos”, disse ele.

Ao introduzir a explicação sobre a virtude da temperança, Dom Alberto definiu-a como aquela que modela a nossa atração pelos prazeres. Nesse momento, ele lembrou de tantas pessoas que desistem da caminhada por causa das dificuldades e já clamou para que o Espírito Santo concedesse aos presentes a têmpera dos mártires e dos santos.

Depois disso, o bispo também explanou brevemente sobre as virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade. Ele ressaltou também a importância do batismo no Espírito Santo para potencializar toda a realidade das virtudes presentes em nós desde o nosso batismo. Ao finalizar sua pregação, Dom Alberto ressaltou que a caridade é o vínculo de  entre todas as outras virtudes além de ser o principio e o ponto de chegada de todo caminhada cristã.
O momento foi finalizado por uma oração em que os participantes, divididos em duplas, rezaram uns pelos outros.

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