sexta-feira, 27 de maio de 2011

O que é fé?

Imagem de DestaqueQuando se pergunta o que é a fé, é necessário considerar a existência de seus vários tipos, por exemplo, a fé-assentimento da inteligência, a fé-confiança, a fé-estabilidade. Mas, no nosso caso, podemos nos ater àquela que nos possibilita aceitar a salvação que Jesus nos deu. Antes de mais nada é importante dizer que a fé é um dom de Deus, um presente para aqueles que lhe abrem o coração.

A fé é a coisa mais simples e evidente do Novo Testamento – é uma pena que muitos só a descobrem no fim de sua vida – no fundo, trata-se simplesmente de dizer um “sim” a Deus. Deus criou o homem livre para que pudesse aceitar livremente a vida e todo o dom que vem d’Ele. Deus esperava que o homem se aceitasse como uma criatura e respondesse com um “sim” ao seu plano de amor, mas ao invés disso, recebeu um “não”, que configura todo pecado – pois, na verdade, o pecado nada mais é do que o “não” da criatura ao Criador, um rompimento com o seu Senhor. Porém, Deus, que não encontra limites em seu amor e sua bondade, oferece ao homem uma nova oportunidade, uma nova chance de ser feliz e de se realizar, perguntando-lhe: “Você aceita a salvação que o meu Filho trouxe, aceita ser curado de todos os seus males e libertado de tudo o que o oprime para viver uma vida nova em Jesus?”

Ter fé significa dizer-lhe “sim, aceito!”. Quando isso é dito do fundo da alma, com toda sinceridade, nasce uma nova criatura. O homem nasce de novo no exato momento em que Jesus dá a sua vida por ele, e Jesus morre por ele, naquele momento em que ele reconhece a salvação e se torna consciente da vida nova que lhe foi proporcionada pelo sacrifício do Senhor.

A fé se manifesta pelo “sim” livre e consciente que o ser humano dá a Deus como resposta à sua proposta de salvação.

Por Marcio Mendes

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O que é Oração em Línguas?

Um dos temas recorrentes relacionados a Renovação Carismática Católica é a Oração em Línguas. Muitos não compreendem, acham graça, ou não acreditam. Outros tantos conseguem através dela um elevado grau de intimidade com o Deus Espírito. Mas afinal, o que é a Oração em Línguas?

Para responder a essa pergunta, convocamos o Padre Fábio de Melo. Veja o vídeo do programa Direção Espiritual.

Padre Fábio fala sobre a Oração em Línguas

terça-feira, 24 de maio de 2011

A visão da Igreja: A morte e o purgatório

O que os católicos acreditam que acontece depois da morte?

A Igreja acredita que uma pessoa enfrenta o juízo particular depois da morte. Deus julga as nossas almas e nos dá algumas possibilidades: de entrar no céu imediatamente, a necessidade de passar por mais purificação no purgatório ou ao inferno por causa de nossa recusa a separar-nos do pecado e da nossa falta de vontade de se arrepender.

No final do tempo, haverá um julgamento geral, momento em que nossos corpos serão ressuscitados para se juntar à nossa alma em nossa vida eterna, seja no céu ou no inferno.

O que acontece conosco depois da morte é uma indicação de nossa própria escolha pessoal, livre para escolher a Deus e o caminho para a santidade ou a se voltar contra ele. O que acontece após a morte também indica que o nosso Deus é um Deus, tanto de justiça e misericórdia.

Como cristãos, não devemos temer a morte, mas sim nos preparar para isso, ao crescer em santidade e lutar pela vida eterna.

 

Por que a Igreja Católica acredita no Purgatório?

A fé da Igreja Católica na existência do purgatório é bíblica!
Primeiro de tudo, é importante compreender qual o motivo pelo qual a Igreja acredita no purgatório. O Catecismo descreve o purgatório como este: "Todos que morrem na graça de Deus e a amizade, mas ainda imperfeitamente purificados, têm a certeza da sua salvação eterna, mas após a morte passam por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu "(CIC 1030).

Note-se que a Igreja acredita que o purgatório não é um estado eterno, mas sim um estado de purificação antes de entrar na vida eterna com Deus no céu.

A Escritura ensina-nos que nada impuro pode entrar no céu (Apocalipse 21, 27). A Escritura também descreve um lugar onde um homem vai e sofre as consequências, mas ainda sim é guardado, através do fogo (1 Coríntios 3:13-15). O purgatório é um lugar que nos purifica de qualquer impureza que temos quando morrer, o que nos permite entrar na presença de Deus sem a mancha do pecado.

Traduzido de: http://www.catholicscomehome.org/two-minute-ways.php#q2

domingo, 22 de maio de 2011

Os Dez Mandamentos para a cura

Os Dez Mandamentos para a cura são:

1º Crer que Jesus Cristo está vivo. Crer que Ele continua e curando nos dias de hoje. E Ele te quer sadios.
2º Reconhecer-se necessitado de Deus.
3º Pedir e confiar na misericórdia de Deus.
4º Romper com o pecado e falta de perdão.
5º Em todas as ocasiões, louve a Deus. O louvor cura.
6º Não guarde magoa nem ressentimento. Reze pelos seu opressores. O louvor + o perdão gera a cura.
7º Participe com frequência dos sacramentos, principalmente o da Reconciliação e da Santa Missa.
8º Participe de maneira ativa de sua comunidade de fé.
9º Viva no senhorio de Jesus.
10º Viva as orientações médicas.

O 1º Mandamento: Sem fé é impossível agradar a Deus, santa Terezinha já dizia: “Quem crê muito experimenta muito, quem crê pouco experimenta pouco.”
Não devemos lançar olhares desesperados, mas sim um olhar de confiança em quem pode nos salvar! Jesus está vivo para nunca mais morrer: Jesus Cristo é o único fundador de Igreja que ressuscitou e esta vivo até os dias de hoje e que nunca mais morrerá.
Na Igreja de Jesus Cristo está a plenitude da verdade! Nela contém tudo o que você precisa para ser e estar completo seja no corpo, na mente e na alma.
Jesus só tinha um ministério, e se Ele está vivo e continua exercendo esse Seu ministério de cura e pregação e a nós também confiou este ministério!
A palavra de Deus é viva e eficaz.
Existe pessoas que acham que as tristezas e as dores vem de Deus. Deus não manda a dor nem a tristeza. Saiba, que a sua dor doe mais em Deus do que em você mesmo, sim, o seu sofrimento faz muito mais Deus sofrer, do que em você. Porem, muitas vezes Deus permite o sofrimento seja uma doença ou até mesmo a perca de ente querido, para nós nos aproximarmos de Deus, porque, infelizmente, quem não vem pelo amor acaba vido até Ele pela dor. Porem, sem duvida alguma, há valor no sofrimento. O olhar do Senhor sempre esteve voltado para as suas dores, Deus te ama e por isso quer te curar, porque te deseja como discípulos e missionário Dele.

O 2º Mandamento cura é: Reconheça-se enfermo e necessitado de Cura e libertação.
O primeiro passo é se reconhecer necessitado, porque no evangelho Jesus disse: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes.” (Lc 5,31)
Todos nós trazemos algumas enfermidades, sejam elas doenças físicas, espirituais, emocionais ou psicóticas.
Quando não reconheço a minha enfermidade, não busco tratamento. E Deus quer nos dar essa cura, precisamos reconhecer que precisamos da intervenção Dele em nossa vida e além disso é preciso querer receber a cura.
Convido você a pedir a Deus, todos os dias, a graça de reconhecer com toda humildade do seu coração, que você necessita da graça de Deus.

3º Mandamento é: Pedir e confiar em Jesus, a graças da cura e da libertação. Uma vez que você se reconheceu necessitado, agora sim você pode pedir a Jesus, plenamente confiante nas sua misericórdia divina.
No Evangelho, é narrado que um leproso se aproximou de Jesus pedindo a sua cura, aquele homem que já estava transfigurado devido a sua lepra, mas mesmo assim disse a Jesus: “se Tu queres, tem o poder de limpar-me, Jesus disse: Eu quero e ele ficou curado”.
Outra narrativa evangélica nos diz: “Um cego ouviu que Jesus estava passando, e com Ele uma grande multidão. E o cego começou a gritar: Jesus Filho de Davi, tem compaixão de mim, Jesus se aproximou dele e perguntou: o que queres que eu te faça, ele respondeu: Senhor que eu veja”. E que pergunta mais inusitada de Jesus, é claro que estava “na cara” que o cego precisava, ele precisa ver Jesus. Mas Jesus quis saber dele o que ele queria, e o concedeu.
Jesus cura para nos fazer Dele.
Santo Augustinho já dizia: “Se Deus nos ensinou a rezar, é porque Ele quer que nós rezemos, e também: Se Deus nos ensinou a rezar é porque Ele tem interesse que nós rezamos, pois Ele quer nos atender, para isso precisamos pedir”
São tomas de Aquino já dizia que a “Oração do Pai Nosso é a oração mais eficaz, pois ela nos orienta a ordem em que devemos pedir e ordenar os nossos pedidos e afetos a Deus.”
O coração orante move a poderosa mão de Deus. O Senhor quer muito mais que os pedidos dos pedintes, Ele quer os pedintes que fazem os pedidos. Por isso precisamos ter diariamente um momento para a oração. Pois a oração esta para a alma, como o oxigênios para o corpo.

No 4º Mandamento para a cura, precisamos romper com todo pecado e com todas as raízes de pecado pois elas nos leva a morte. Não podemos dar brechas ao maligno.

5º Mandamentos: o Louvor
Em I Tessalonicenses 5,18: “Dai graças, em toda e qualquer situação, porque esta é a vontade de Deus, no Cristo Jesus, a vosso respeito.”
Para quem caminha com Deus tudo é graça, para quem não caminha com Deus tudo é desgraça.
Há uma canção antiga que diz: “Eu te louvo ó Deus, pois os que te louvam brilham como o sol, como o sol no amanhecer.”
Para aqueles que louvam o Senhor, sempre portas se abrem, pra quem não louva tudo esta condenado ao fracasso.
O Louvor liberta a alma e trás libertação para os seus.
Para quem louva, vivem com os pés no chão mas com o coração já esta nas alturas.
Quando eu louvo a Deus eu tiro o meu olhar dos meus problemas e coloco o meu olhar naquele que é a solução dos meus problemas.

6º Mandamento: Não guarde magoa nem ressentimento, ódio desejo de vingança. Reze pelos seu opressores. O louvor + o perdão = cura.
A pessoa que não perdoa repele a graça divina.
Quanto mais você reza por quem te feriu, mais paz, saúde, integridade, e felicidade para o seu coração e também mais juízo pra quem me feriu.
A melhor maneira de perdoar uma pessoa é rezando por ela.
“Perdoar é receita de saúde e atestado de inteligencia”. Quem si ama, perdoa e quem ama, perdoa.
A falta de perdão nos impede de ouvir a voz de Deus.
Quem não perdoa pega sua vida interior, sua paz, sua liberdade e joga na lata do lixo.

7º Mandamento:Participe com frequência dos sacramentos, principalmente o da Reconciliação e da Santa Missa.
O sacramento da Reconciliação é um sinal de exorcismo, cura e libertação.
Quanto mais consciência estivermos da grandeza divina, mais queremos nos confessar.
Saúde rima com santidade. A grande saúde é a da alma, quando a alma esta enferma, todo corpo padece, a pessoa acaba se tornando amargurada, depressiva, etc.
Padre Pio já falava sobre a eucaristia: “Se nós soubéssemos o que acontece na Santa Missa, teríamos que colocar vários guardas nas portas da Igreja, porque, quem estaria do lodo de fora, brigaria para entrar e quem tivesse do lado de dentro brigaria para não sair”
Muitas vezes, na Santa Missa, nós esbarramos em Jesus ao invés de tocá-lo. Quando você comungar, permita que Jesus toque em todo seu corpo. Santa Catarina Covausca, quando recebia Jesus rezava assim:“Jesus que o seu corpo puro e santo cure o meu corpo contaminado. Jesus que o seu sangue puro, purifique o sangue contaminado”. Toda missa é missa de cura a Santa Missa é a oração por excelência.


8º Mandamento: Participe de maneira ativa de sua comunidade de fé.
Quanto mais perto de Deus mais forte somos, quanto mais nos afastamos Dele mais vulneráveis e frágeis nos tornamos.
A participação da Santa Missa é uma pausa restauradora do seu dia. Não abra mão da Igreja nem da sua comunidade. A igreja precisa ser sua segunda família e a sua família é uma Igreja doméstica.
É preciso que nós nos abramos aos relacionamentos e aos relacionamentos sadios.


9º Mandamento: Viva no senhorio de Jesus.
No Evangelho de São Mateus 6,33 diz:”Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo.” Jesus não quer clientes, não, Ele quer crentes nele. Igreja não é supermercado, Jesus não é um curandeiro, Ele é salvador e nos quer feliz!


10º Mandamento: Siga as orientações médicas. Talvez alguém diga; “eu procurar médico; Jesus que é meu médico” e não vai procurar um médico.
Jesus não tem um método um procedimento para nos curar, Ele pode nos curar de maneira direta ou indireta, de maneira completa ou processual, etc.
Em Eclesiástico capítulo 38 está dizendo: “Honra o médico, porque ele é necessário; foi o Altíssimo quem o criou. De Deus lhe vem a Sabedoria, e do rei ele recebe presentes. A ciência do médico o faz andar de cabeça erguida, e diante dos grandes será louvado.”
Eu gosto muito da comparação onde se diz que a igreja é um pronto socorro espiritual, onde a Virgem Maria é a enfermeira responsável, e o altar é a mesa cirúrgica e Jesus é o Médico dos médicos.


Peçamos hoje a graça de vivermos com coerência esses 10 mandamentos e nos deixemos ser olhados por Jesus e pela Virgem Maria.

Por Padre Márlon Múcio

Adaptado de : http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos/novoeventos/cobertura.php?cod=2552&pre=6977&tit=Os%2010%20olhares%20de%20Jesus

terça-feira, 17 de maio de 2011

A visão da Igreja: Aborto

Posso ser católico e defender o aborto?

Muitas mulheres, especialmente ao longo das últimas décadas, têm sido feridas pelo aborto. Para curar emocionalmente e espiritualmente os traumas desta má decisão de extinguir a vida do feto através do aborto, a mulher deve estar disposta a entender m o que realmente é o aborto, porque é tão errado, e que ela deve fazer no rescaldo para consertar seu relacionamento com Deus.

Em primeiro lugar, considerar o fato a ser abortado (não importam os eufemismos vazios usados ​​pelos meios de comunicação modernos para amenizar a realidade do que realmente acontece) é nada mais nada menos do que a morte intencional de um feto. Infelizmente, é uma forma de assassinato que muitos querem que seja legalizado. Portanto, não se pode ser simultaneamente católico e a favor do aborto. Os dois são incompatíveis.

A Igreja Católica ensina que matar é sempre errado. Deus mesmo declarou: "Não matarás" (Êxodo 20, 13). O Catecismo explica: "A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro instante de sua existência, um ser humano deve ser reconhecido como tendo os direitos de uma pessoa - entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida "(CIC 2270). Para ler mais, consulte o Catecismo da Igreja Católica.

Clique aqui e leia a história da primeira mulher a abortar legalmente e seu testemunho de conversão.

 

Eu tive um aborto. Posso realmente ser perdoado?

Sim, você pode ser perdoado. O Senhor está esperando por você de braços abertos. A Bíblia lembra que, não importa quão grande ou pequeno podem ser os nossos pecados, a graça de Deus é mais poderoso que os nossos pecados. Ele nos ama mais do que amamos a nós mesmos, e Ele está sempre pronto, disposto e capaz de nos receber de volta em seus braços amorosos, quando estamos prontos e dispostos a voltar a Ele com coração contrito. Considere a beleza do amor e o perdão de Deus, demonstrada nas Escrituras:

“Depois, vinde, podemos discutir, — diz o SENHOR. Se vossos pecados forem vermelhos como escarlate, ficarão brancos como a neve, se vermelhos como a púrpura, ficarão iguais à lã.” Isaias 1, 18.

“O SENHOR é misericordioso e compassivo, lento para a cólera e rico em bondade. Não estará em demanda para sempre, e não dura eternamente sua ira. Não nos trata conforme nossos pecados, não nos castiga conforme nossas culpas. Pois quanto é alto o céu sobre a terra tanto prevalece sua bondade para com os que o temem. Quando é distante o oriente do ocidente, tanto ele afasta de nós nossas culpas.” Salmo 113, 8-12

Traduzido de: http://www.catholicscomehome.org/two-minute-ways.php

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Blog Filhos do Céu adere à campanha “Catholics, come home”

Há alguns anos, nos Estados Unidos, foi lançada a campanha Catholics, come home (em português, “Católicos, voltem pra casa”). Como o próprio nome já denota, a campanha visa trazer à Igreja católicos não praticantes, ex-católicos, e até ateus. A campanha foi um sucesso na América e se espalhou por todo o mundo.

Em iniciativa inédita, o nosso blog está traduzindo os textos do website oficial do projeto, para publicá-los semanalmente, às terças-feiras. Alguns textos e vídeos também estão sendo adaptados a realidade da Igreja do Brasil.

Veja o vídeo que deu o pontapé inicial a campanha nos Estados Unidos, legendado em português. Assista e compartilhe, para que todos, católicos ou não, conheçam a riqueza da nossa Igreja.

 

Católicos, voltem para casa

 

Conheça um pouco mais sobre esta campanha na reportagem feita pela agência de notícias Zenit:

Graças à campanha Catholics come home,(Católicos, voltem para casa) fundada pelo americano Tom Peterson, mais de 200.000 mil pessoas nos Estados Unidos, entre ateus, ex-católicos e católicos não-praticantes, decidiram voltar ao seio da Igreja para viver e testemunhar a fé católica.

Por meio de publicidade em diferentes canais de televisão nos Estados Unidos e da página de internet http://www.catholicscomehome.org/, também com versão em espanhol, http://www.catolicosregresen.org, dezenas de milhares de pessoas puderam se encontrar com uma mensagem que convida a descobrir a essência do Catolicismo, seu alcance ao longo da história, como também com a felicidade que representa para milhões de crentes ao redor do mundo de viver a fé Católica.

A história desta iniciativa

Em conversa com ZENIT, Peterson contou que tudo começou 13 anos atrás quando foi a um retiro espiritual que mudou sua vida. Embora católico praticante, admite que ele teve outras prioridades antes da vivência da fé. Como resolução neste retiro, ele quis frequentar mais os sacramentos, assistir à Missa diária e tornar-se mais íntimo das Sagradas Escritas.

Então, ele disse que tinha dois sonhos: um com um bebê que estava sendo sufocado com um travesseiro e outro com a promoção de anúncios para a evangelização católica. “Ambos os sonhos puderam agora tornar-se realidade: meios virtuais e nosso apostolado a favor de vida”, conta Peterson.

Em 1997, ele recebeu uma ligação da diocese de Phoenix (Arizona): “Disseram-me: O Santo Papa João Paulo II, para a nova evangelização, quis convidar católicos inativos a voltarem à Igreja para o Jubileu. Você poderia nos ajudar?”, conta Peterson.

A este chamado respondeu prontamente. Compreendeu que se tratava do sonho tornando-se realidade e do chamado recebido no retiro: “para usar os talentos que Deus me deu, não para meu próprio benefício, mas para a Igreja”. Assim começou Catholics come home.

Começaram a colocar no ar os primeiros anúncios de propaganda e, uma semana meia depois, 3.000 pessoas voltaram à Igreja. Deste modo, Peterson percebeu que deveria dedicar mais horas a esta campanha: “criamos um apostolado leigo de tempo integral, dando cumprimento ao Ensino da Igreja”, disse a ZENIT.

Procuraram assessores de todos os tipos: “muitos clérigos, peritos em negócios, teólogos leigos, conhecidos autores católicos, famosos, conferencistas que nos aconselharam e nos ajudaram a ficarmos seguros de que nossa publicidade teria algo a ensinar”, observou Peterson.

Projetaram, assim, anúncios de três tipos, em que eles promoviam a fé católica deste modo: os chamados Épicos “que mostram a universalidade da Igreja no mundo”, disse Peterson; advertências em filmes que “convidam as pessoas a aprofundarem-se na relação com Jesus e que falam da Divina Misericórdia”, e outros testemunhos de pessoas que estavam afastadas e voltaram à Igreja Católica.

Uma campanha que muda vidas

São muitas as histórias de pessoas que se converteram ou que se aproximaram da fé católica e das quais Peterson foi testemunha. Em diálogo com ZENIT, compartilhou a história de algumas delas. O primeiro é um jovem chamado Harrison.

“Ele se inscreveu em uma universidade protestante, mas não se aprofundou muito nesta fé; quando visitou nossa página disse: – Isto é exatamente o que eu buscava -. Um ano depois retornou ao Catolicismo e agora se inscreveu na universidade católica Ave Maria, na Flórida”, disse o fundador de Católicos, voltem para casa.

Tom Peterson também contou a história de um homem chamado Adrian que mora no Colorado: “Ele nasceu em uma família católica, mas não cresceu nesta fé. Ele deixou a crença e transformou-se em ateu”.

“Sua esposa e seus filhos também o eram” disse Peterson. Quando Adrian visitou a página da internet desta campanha, ele quis ver um dos anúncios Épicos. “Ele viu a história, a espiritualidade e os alcances da Igreja Católica e viu que tudo isso fez sentido”, assegura Tom. Adrian voltou à Igreja Católica. Sua esposa e seus filhos também se tornaram católicos.

De acordo com as estatísticas, cerca de um milhão de pessoas de 80 países diferentes têm acessado a página desta campanha. “Nós normalmente esperamos que visitem estes anúncios pessoas, por exemplo, da Itália ou Irlanda, porque estes são países católicos, mas nos veem pessoas do Qatar – península arábica – ou de outros países tradicionalmente não-católicos, eu acho isto milagroso”, diz Peterson.

Enquanto as mensagens de televisão são transmitidas normalmente durante seis semanas em certa diocese, Peterson contou que, no momento, têm em inglês aproximadamente 25 anúncios diferentes. As campanhas são intensificadas em tempos como Advento, Natal e Quaresma.

“Há muitas discussões das pessoas que, por exemplo, falam nos salões de beleza, nos bares, nos ambientes de trabalho; todo mundo tem que ter visto um dos anúncios de Catholics come home e eles falam disto”, diz Peterson.

Quem trabalha tem realizado estudos com grupos focados no impacto destas mensagens: Eles investigam a percepção da Igreja antes e depois de ver o comercial. 76% desses entrevistados acreditam que a mensagem é muito positiva e 53% asseguram que eles considerariam voltar à fé católica depois de ver estes anúncios.

Uma campanha que cresce a cada dia

Assessores e técnicos atualizam constantemente a página da internet. Eles procuram ser mais interativos e implementar uma tecnologia cada vez melhor. Também adaptar e enriquecer os ensinos desta campanha: “Por exemplo, temas sobre a infertilidade, métodos de contracepção, o aborto e a vida, matrimônio e família, anulações matrimoniais, entre outros tópicos”, diz Peterson.

Eles também estão trabalhando na implementação da página da internet em espanhol e nas mensagens em polonês. Não só traduzindo o material, mas adaptando-o às respectivas culturas.

Deste modo, Peterson está convencido de vivenciar, cada vez mais, os ensinamentos de João Paulo II na exortação apostólica pós sinodal Christi Fidelis Laici: “Quando nós combinamos o conhecimento e a experiência com os talentos que Deus nos deu em um mundo secular, com a fé e a oração e nos permitindo guiar pelo Espírito Santo, nascem frutos milagrosos como este tipo de apostolado e estes resultados”, conclui Peterson.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Já somos 9 mil Grupos de Oração cadastrados no Brasil

A marca foi atingida nesta quinta-feira (12) pelo Grupo de Partilha de Profissionais Manaus, no estado amazonense

Chegamos a marca de 9 mil Grupos de Oração cadastrados no Portal da RCCBRASIL. A marca foi atingida nesta quinta-feira (12) pelo Grupo de Partilha de Profissionais Manaus, realizado às sextas-feiras à noite, em Manaus/AM.

O GPP Manaus é coordenado por Danielle de Oliveira Vieira. A iniciativa de cadastrar o Grupo surgiu de uma grande mobilização dentro do Ministério Universidades Renovadas, para catalogar oficialmente no portal, todos os GOUs e GPPs do país.

Os Grupos são o maior tesouro da Renovação Carismática Católica. É neste local onde as pessoas têm oportunidade de vivenciarem de forma intensa o amor de Deus, o batismo no Espírito Santo e, então, continuar sua caminhada.

É muito importante que saibamos quantos são e onde estão os GOs de nosso país. Por isso, nos alegramos a cada novo Grupo que entra para o cadastro. Através deste sistema, nos é permitido manter todas as informações organizadas. De uma forma bem simples, qualquer pessoa pode consultar sobre os GOs, suas cidades, dias em que acontecem, local e horário.

Além disso, manter todos os GOs em atividade cadastrados surge de uma necessidade de comunicação e comunhão. Quando temos os dados dos coordenadores, podemos chegar mais facilmente às nossas bases enquanto Movimento. Os Grupos cadastrados recebem mensalmente o boletim “Grupo de Oração, eu participo”, com notícias voltadas especialmente para os GOs e material de formação para ser utilizado pelas lideranças e integrantes.

Estimamos que haja cerca de 20 mil Grupos de Oração por todo o Brasil. Ajude-nos a alcançar  meta de termos 100% dos Grupos cadastrados no portal. Coordenador, se o seu GO ainda não está cadastrado em nosso sistema, clique aqui e efetue o registro. 

Saiba Mais:

SAVIC? Cadastro Nacional de Grupos de Oração?

Mensagem dos Bispos do Brasil sobre a união civil homoafetiva

Presidência da CNBB, em nome do episcopado brasileiro, manifesta-se sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que reconhece a união civil entre pessoas do mesmo sexo

Nós, Bispos do Brasil em Assembleia Geral, nos dias 4 a 13 de maio, reunidos na casa da nossa Mãe, Nossa Senhora Aparecida, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar e esclarecer a respeito da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Saudamos todas as famílias do nosso País e as encorajamos a viver fiel e alegremente a sua missão. Tão grande é a importância da família, que toda a sociedade tem nela a sua base vital. Por isso é possível fazer do mundo uma grande família.

A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural. As Sagradas Escrituras, por sua vez, revelam que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os destinou a ser uma só carne (cf. Gn 1,27; 2,24). Assim, a família é o âmbito adequado para a plena realização humana, o desenvolvimento das diversas gerações e constitui o maior bem das pessoas.

As pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração. Repudiamos todo tipo de discriminação e violência que fere sua dignidade de pessoa humana (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2357-2358).

As uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo recebem agora em nosso País reconhecimento do Estado. Tais uniões não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos. Equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma. É um fato real que a família é um recurso humano e social incomparável, além de ser também uma grande benfeitora da humanidade. Ela favorece a integração de todas as gerações, dá amparo aos doentes e idosos, socorre os desempregados e pessoas portadoras de deficiência. Portanto têm o direito de ser valorizada e protegida pelo Estado.

É atribuição do Congresso Nacional propor e votar leis, cabendo ao governo garanti-las. Preocupa-nos ver os poderes constituídos ultrapassarem os limites de sua competência, como aconteceu com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Não é a primeira vez que no Brasil acontecem conflitos dessa natureza que comprometem a ética na política.

A instituição familiar corresponde ao desígnio de Deus e é tão fundamental para a pessoa que o Senhor elevou o Matrimônio à dignidade de Sacramento. Assim, motivados pelo Documento de Aparecida, propomo-nos a renovar o nosso empenho por uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa.

Jesus Cristo Ressuscitado, fonte de Vida e Senhor da história, que nasceu, cresceu e viveu na Sagrada Família de Nazaré, pela intercessão da Virgem Maria e de São José, seu esposo, ilumine o povo brasileiro e seus governantes no compromisso pela promoção e defesa da família.

Aparecida (SP), 11 de maio de 2011

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Presidente da CNBB
Arcebispo de Mariana – MG

Dom Luiz Soares Vieira
Vice Presidente da CNBB
Arcebispo de Manaus – AM

Dom Dimas Lara Barbosa
Secretário Geral da CNBB
Arcebispo nomeado para Campo Grande - MS

Diante do sofrimento, esperemos no Senhor

“Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do maligno.” Ef 6, 16

Novena do Louvor

Uma das artimanhas do maligno é nos fazer acreditar que as circunstâncias de nossa vida não podem mudar, ou seja, ele nos mantém presos ao fatalismo. Quando isso acontece, somos como os príncipes dos sacerdotes e os fariseus que disseram a Nicodemos quando esse defendia Jesus (cf Jo 7, 52): “Informa-te bem e verás que da Galiléia não saiu profeta.”

Isso foi verdade até que Deus decidisse o contrário. Assim acontece com a nossa vida, com a nossa família. Talvez, na nossa família, nunca tenha saído um santo, ou uma pessoa muito bem sucedida, ou alguém que não fosse escravo da bebida, ou alguém que tenha tido um casamento feliz, mas isso é até Deus decidir o contrário. Ele é o Senhor e pode mudar o curso dos acontecimentos, pode fazer o inusitado, pode mudar totalmente a nossa história e a história da nossa família. Quando estivermos tentados a perder o ânimo ou a esperança, ataquemos essa tentação com o escudo da fé. Ao invés de nós clamarmos e queixarmos, louvemos a Deus e afirmemos o seu domínio, a sua majestade e a sua glória. Agradeçamos a Ele por intervir na nossa vida com o seu poder.

Façamos assim: por nove dias, como uma novena, dediquemos 15 minutos louvando a Deus. Pode ser com as nossas próprias palavras, com salmos, louvor em línguas, com todos os três ou qualquer outra forma que o Espírito possa nos inspirar. E esperemos para ver a ação prodigiosa de Deus em nossa vida.
Abrão esperou contra toda a esperança, ante a promessa de Deus não vacilou, não desconfiou, mas conservou-se forte na fé e deu glória a Deus. Assim, o que era considerado impossível tornou-se realidade na sua vida (cf Rm 4). Façamos nós o mesmo que Abraão e veremos milagres acontecerem nas nossas vidas também.

Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL

Diante do sofrimento, esperemos no Senhor

“Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do maligno.” Ef 6, 16

Novena do Louvor

Uma das artimanhas do maligno é nos fazer acreditar que as circunstâncias de nossa vida não podem mudar, ou seja, ele nos mantém presos ao fatalismo. Quando isso acontece, somos como os príncipes dos sacerdotes e os fariseus que disseram a Nicodemos quando esse defendia Jesus (cf Jo 7, 52): “Informa-te bem e verás que da Galiléia não saiu profeta.”

Isso foi verdade até que Deus decidisse o contrário. Assim acontece com a nossa vida, com a nossa família. Talvez, na nossa família, nunca tenha saído um santo, ou uma pessoa muito bem sucedida, ou alguém que não fosse escravo da bebida, ou alguém que tenha tido um casamento feliz, mas isso é até Deus decidir o contrário. Ele é o Senhor e pode mudar o curso dos acontecimentos, pode fazer o inusitado, pode mudar totalmente a nossa história e a história da nossa família. Quando estivermos tentados a perder o ânimo ou a esperança, ataquemos essa tentação com o escudo da fé. Ao invés de nós clamarmos e queixarmos, louvemos a Deus e afirmemos o seu domínio, a sua majestade e a sua glória. Agradeçamos a Ele por intervir na nossa vida com o seu poder.

Façamos assim: por nove dias, como uma novena, dediquemos 15 minutos louvando a Deus. Pode ser com as nossas próprias palavras, com salmos, louvor em línguas, com todos os três ou qualquer outra forma que o Espírito possa nos inspirar. E esperemos para ver a ação prodigiosa de Deus em nossa vida.
Abrão esperou contra toda a esperança, ante a promessa de Deus não vacilou, não desconfiou, mas conservou-se forte na fé e deu glória a Deus. Assim, o que era considerado impossível tornou-se realidade na sua vida (cf Rm 4). Façamos nós o mesmo que Abraão e veremos milagres acontecerem nas nossas vidas também.

Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Maria, Mãe de Deus

A contemplação do mistério do nascimento do Salvador tem levado o povo cristão não só a dirigir-se à Virgem Santa como à Mãe de Jesus, mas também a reconhecê-la como Mãe de Deus. Essa verdade foi aprofundada e compreendida como pertencente ao patrimônio da fé da Igreja, já desde os primeiros séculos da era cristã, até ser solenemente proclamada pelo Concílio de Éfeso no ano 431.

Na primeira comunidade cristã, enquanto cresce entre os discípulos a consciência de que Jesus é o filho de Deus, resulta bem mais claro que Maria é a Theotokos, a Mãe de Deus. Trata-se de um título que não aparece explicitamente nos textos evangélicos, embora eles recordem “a Mãe de Jesus” e afirmem que ele é Deus (Jo 20,28; cf. 5,18; 10,30.33). Em todo o caso, Maria é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus conosco (cf. Mt 1,22-23).

Já no século III, como se deduz de um antigo testemunho escrito, os cristãos do Egito dirigiam-se a Maria com esta oração: “Sob a vossa proteção procuramos refúgio, santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós, que estamos na prova, e livrai-nos de todo perigo, ó Virgem gloriosa e bendita” (Da Liturgia das Horas). Neste antigo testemunho a expressão Theotokos, “Mãe de Deus”, aparece pela primeira vez de forma explícita.

Na mitologia pagã, acontecia com frequência que alguma deusa fosse apresentada como Mãe de um deus. Zeus, por exemplo, deus supremo, tinha por Mãe a deusa Reia. Esse contexto facilitou talvez, entre os cristãos, o uso do título “Theotokos”, “Mãe de Deus”, para a Mãe de Jesus. Contudo, é preciso notar que este título não existia, mas foi criado pelos cristãos, para exprimir uma fé que não tinha nada a ver com a mitologia pagã, a fé na concepção virginal, no seio de Maria, d’Aquele que desde sempre era o Verbo eterno de Deus.

No século IV, o termo Theotokos é já de uso frequente no Oriente e no Ocidente. A piedade e a teologia fazem referência, de modo cada vez mais frequente, a esse termo, já entrado no patrimônio de fé da Igreja.

Compreende-se, por isso, o grande movimento de protesto, que se manifestou no século V, quando Nestório pôs em dúvida a legitimidade do título “Mãe de Deus”. Ele de fato, propenso a considerar Maria somente como Mãe do homem Jesus, afirmava que só era doutrinalmente correta a expressão “Mãe de Cristo”. Nestório era induzido a este erro pela sua dificuldade de admitir a unidade da pessoa de Cristo, e pela interpretação errônea da distinção entre as duas naturezas – divina e humana – presentes n’Ele.

O Concílio de Éfeso, no ano 431, condenou as suas teses e, afirmando a subsistência da natureza divina e da natureza humana na única pessoa do Filho, proclamou Maria Mãe de Deus.

As dificuldades e as objeções apresentadas por Nestório oferecem-nos agora a ocasião para algumas reflexões úteis, a fim de compreendermos e interpretarmos de modo correto esse título. A expressão Theotokos, que literalmente significa “aquela que gerou Deus”, à primeira vista pode resultar surpreendente; suscita, com efeito, a questão sobre como é possível que uma criatura humana gere Deus. A resposta da fé da Igreja é clara: a maternidade divina de Maria refere-se só a geração humana do Filho de Deus e não, ao contrário, à sua geração divina. O Filho de Deus foi desde sempre gerado por Deus Pai e é-Lhe consubstancial. Nesta geração eterna Maria não desempenha, evidentemente, nenhum papel. O Filho de Deus, porém, há dois mil anos, assumiu a nossa natureza humana e foi então concebido e dado à luz por Maria.

Proclamando Maria “Mãe de Deus”, a Igreja quer, portanto, afirmar que Ela é a “Mãe do Verbo encarnado, que é Deus”. Por isso, a sua maternidade não se refere a toda a Trindade, mas unicamente à segunda Pessoa, ao Filho que, ao encarnar-se, assumiu dela a natureza humana.

A maternidade é relação entre pessoa e pessoa: uma mãe não é Mãe apenas do corpo ou da criatura física saída do seu seio, mas da pessoa que ela gera. Maria, portanto, tendo gerado segundo a natureza humana a pessoa de Jesus, que é a pessoa divina, é Mãe de Deus.

Ao proclamar Maria “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe. Esta união emerge já no Concílio de Éfeso; com a definição da maternidade divina de Maria, os Padres queriam evidenciar a sua fé a divindade de Cristo. Não obstante as objeções, antigas e recentes, acerca da oportunidade de atribuir este título a Maria, os cristãos de todos os tempos, interpretando corretamente o significado dessa maternidade, tornaram-no uma expressão privilegiada da sua fé na divindade de Cristo e do seu amor para com a Virgem.

Na Theotokos a Igreja, por um lado reconhece a garantia da realidade da Encarnação, porque – como afirma Santo Agostinho – “se a Mãe fosse fictícia seria fictícia também a carne... fictícia seriam as cicatrizes da ressurreição” (Tract. in Ev. loannis, 8,6-7). E, por outro, ela contempla com admiração e celebra com veneração a imensa grandeza conferida a Maria por Aquele que quis ser seu filho. A expressão “Mãe de Deus” remete ao Verbo de Deus que, na Encarnação, assumiu a humildade da condição humana, para elevar o homem à filiação divina. Mas esse título, à luz da dignidade sublime conferida à Virgem de Nazaré, proclama, também, a nobreza da mulher e sua altíssima vocação. Com efeito, Deus trata Maria como pessoa livre e responsável, e não realiza a Encarnação de seu Filho senão depois de ter obtido o seu consentimento.

Seguindo o exemplo dos antigos cristãos do Egito, os fiéis entregam-se Àquela que, sendo Mãe de Deus, pode obter do divino Filho as graças da libertação dos perigos e da salvação eterna.

Por Papa João Paulo II

sábado, 7 de maio de 2011

RCC Acari realiza hoje o 1º Grupo de Oração Jovem

I GRUPO DE ORAÇÃO JOVEM

É crescente na Igreja Católica a mobilização em prol da evangelização da juventude. O futuro da Igreja depende das ações que forem executadas hoje com essa parcela significante da população, que precisa, de forma também significante de ter Deus no coração.

Esta semana, a CNBB aprovou a criação da Comissão Eclesial para a Juventude, que vem reforçar os trabalhos do Setor Juventude: elo que une os trabalhos com os jovens realizados pelas diversas pastorais da Igreja Católica.

Na RCC Brasil, uma das prioridades estabelecidas para o ano de 2011 é a implantação em todos os grupos de oração do Ministério Jovem, ministério responsável pela evangelização da juventude do movimento, que soma 60% de todos os carismáticos.

Em Acari, não ficamos alheios a toda esta conclamação da Igreja em favor do Jovem. Estão sendo discernidas diversas ações em favor da juventude. E a primeira semente desta evangelização está para ser lançado, e é hoje.

Em parceria com o Setor Juventude, realizaremos hoje, o primeiro Grupo de Oração Jovem. O esquema é semelhante ao adotado costumeiramente pelo Grupo de Oração Filhos do Céu, mas com um diferencial: a linguagem jovem.

Pregação, louvor, oração… tudo isso voltado para levar o jovem a um encontro pessoal com Cristo.

O Grupo de Oração terá início às 7h da noite, com a meditação do Santo Terço. Nos reuniremos na Igreja do Rosário.

Todos são convidados a participar. Não é exigido nenhum requisito: basta apenas querer encontrar Jesus. Nem idade é empecilho. Mesmo sendo um Grupo de Oração Jovem, todas as idades são convidadas a participar.

Você, jovem de coração, é convidado a estar lá e apoiar os jovens de idade. Mostrando que a Igreja Católica está com eles.

Então não esqueça: Hoje, 7 da Noite, na Igreja do Rosário tem Grupo de Oração Jovem, da RCC Acari.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Perspectivas da RCC: Nossos planos e projetos

Durante toda esta semana, estivemos falando aqui em nosso blog sobre este movimento chamado Renovação Carismática Católica. Conhecemos seu histórico, sua célula base (O Grupo de Oração), vimos um pouco sobre sua missão e como estão estruturados seus ministérios. Somos um movimento tão heterogêneo mas com apenas uma finalidade: fazer a vontade de Deus.

Na postagem de hoje você confere um pouco dos nossos planos, dos nossos projetos e da nossa visão.

 

A CONSTRUÇÃO DA NOSSA SEDE NACIONAL

fg_6214[1]A ideia da construção de uma Sede Nacional é um sonho antigo. Há aproximadamente quatro anos, desde a ideia que foi lançada de forma oficial, muitas oportunidades surgiram, entretanto, por diversas razões essas oportunidades não se adequavam com a necessidade do projeto.

Um grande passo foi dado com a doação de uma área de 90 mil metros quadrados, em Canas/SP, para a construção da sede, anunciada durante o Congresso Nacional da RCC deste ano.

O projeto de construção foi aprovado pelo Conselho Nacional, em outubro de 2009. A sede vai abrigar o Escritório Administrativo, o Santuário da Beata Elena Guerra, o Centro Nacional de Formação, uma biblioteca, um museu, além de uma arena de eventos para 10 mil pessoas e um anfiteatro que irá comportar até três mil pessoas. Será um local de formação, espiritualidade, vivência fraterna, festividades, oração, um espaço de fortalecimento da nossa identidade e unidade.

O projeto para a construção da Sede Nacional será dividida em três partes. Na primeira parte será construído o prédio administrativo, o Santuário da Beata Elena Guerra e o pórtico de entrada.

Uma particularidade, nessa etapa do projeto, é a arquitetura do prédio que abrigará o Escritório Nacional. O edifício será construído na forma de um ostensório, onde a capela será localizada bem no centro do prédio.

Na segunda etapa será construído o Centro Nacional de Formação e o anfiteatro.

A última etapa consiste na construção de uma praça de alimentação, o local que abrigará as feiras carismáticas, a arena de eventos e o dormitório para duas mil pessoas.

O projeto tem três focos distintos. O principal deles é o fortalecimento das lideranças através da formação e, como consequência, a construção de nossa Sede Nacional e unir todo movimento em oração.

Clique aqui e veja como ajudar a construir nossa Sede Nacional;

 

MISSÃO MARAJÓ

A Missão Marajó é o rosto expressivo de Pentecostes. Nela se realiza o mandato do Magistério da Igreja para os nossos tempos: ser discípulos missionários olhando para o irmão próximo que necessita de ajuda. Há dois anos e meio, a RCC enviou seus primeiros missionários para a Ilha do Marajó, na região amazônica. Nesse período,  adquirimos uma casa de missão em Breves e fomos abençoados por Deus com uma rádio. Esperamos através  deste veículo levar espiritualidade, formação, entretenimento e informação à população da região, uma vez que este é o meio de comunicação mais acessível ao povo marajoara.

 

ESCRITÓRIO NACIONAL

O Escritório tem a função de dar o suporte necessário para o Conselho Nacional da RCC, Ministérios e Comissões de Serviço, executando uma série de tarefas, cuja finalidade é concretizar as moções do Senhor e ajudar a manter a unidade entre os membros de todo o país.

Para o diretor executivo do Escritório Nacional, Márcio Zolin, “o Escritório tem o rosto do nosso Movimento: o rosto das pessoas e da história da RCC. O que vivemos hoje não é conquista apenas de alguns, mas de um povo que se une em torno de uma visão e age sob a bênção de Deus. Tudo o que o escritório faz é  consequência do envolvimento dos Grupos de Oração e dioceses”, conclui.

Através dos nossos projetos, trabalhamos para a construção de uma unidade cada vez maior dentro da RCC. E como sinal deste objetivo, também temos que trabalhar de mãos dadas, seguindo aquilo que Deus nos encaminha a fazer.  Por isso, dentro do Escritório Nacional, temos diversos departamentos trabalhando em sinergia pelo Movimento.

***

É Tempo de Construção e Reconstrução, veja no vídeo a seguir o atual momento do nosso movimento.

 

 

Leia todas as matérias da série “Conheça a RCC” clicando aqui.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Os ministérios na RCC

A RCC é divida em Ministérios de atuação. Vamos conhecer cada um deles. A seguir, você vê aqueles que estão atuantes no nosso Grupo de Oração e aqueles que estão em processo de ativação.

Ministério para Música e Artes
O Ministério de Música e Artes é a reunião das expressões artísticas que temos dentro da RCC: música,dança, teatro, artes plásticas e etc. Este ministério fornece subsídios e formação para aqueles que estão trabalhando com a música, com o teatro, e outras expressões dentro dos grupos de oração e/ou outras atividades da Renovação Carismática Católica.

Ministério para Oração por Cura e Libertação
O Ministério de Oração por Cura e Libertação é o serviço prestado no grupo de oração, orientando seus participantes a buscar a cura e a libertação para si e para os seus, em Jesus, através da oração dos irmãos. O objetivo deste ministério é reacender a chama da fé no coração de todos, Jesus é o ontem, o hoje e sempre estará realizando seus milagres e derramando suas graças em cada um. Deus concede a seus filhos vida em plenitude em Jesus Cristo pelo poder de seu Espírito Santo.

Ministério para Pregação
O Ministério de Pregação visa formar pregadores, quer seja aquela pessoa que jamais pregou, quer seja o pregador experiente que deseja aperfeiçoar-se a fim de atingir com eficácia os objetivos do carisma da pregação. Com os cursos de pregação os pregadores recebem capacitação para pregarem em todos os encontros (nas reuniões de oração realizadas nos grupos de oração, nos seminários, nos avivamentos, nos aprofundamentos etc). Também são capacitados a ministrarem ensinos onde for necessário.

 

Ministério para Intercessão
"A Intercessão é uma oração de pedido que nos conforma perfeitamente com a oração de Jesus. Interceder é pedir, suplicar em favor de outro. Desde Abraão, é próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus”. (Catecismo nº 2634,2635)
A palavra INTERCESSÃO, em si, quer dizer: a ação de “por-se entre”. O intercessor é aquele que se engaja numa batalha espiritual em favor das necessidades de alguém, de algum grupo, família, país, paróquia.

 

EM IMPLANTAÇÃO NO NOSSO GRUPO DE ORAÇÃO

Ministério para Comunicação Social
O Ministério de Comunicação da RCC, tem como objetivo anunciar o Senhorio de Jesus, em todas as instâncias mostrar semeando a Cultura de Pentecostes, Dentro da Renovação Carismática Católica – RCC é um ministério de serviço que tem o objetivo de dinamizar, organizar e efetivar a evangelização através dos meios de comunicação, bem como ser responsável por toda parte de divulgação e cobertura dos eventos dentro da RCC, servindo de suporte aos demais ministérios.

Ministério Jovem
O Ministério Jovem é responsável por evangelizar a juventude. Ele busca proporcionar e incentivar momentos de evangelização dos jovens, apoiando os grupos de oração nestas atividades, produzindo material e ajudando na formação de outros jovens evangelizadores.
Como parte desta formação, também são realizados encontros onde se trabalha questões desta faixa etária como afetividade, sexualidade e outros assuntos referentes à juventude. O ministério tem por objetivo levar ao jovem a ter tudo de bom que a vida oferece sem exageros, excessos, que a juventude possa ter uma vida cheia do Espírito Santo.

Ministério para as Crianças
O Ministério para as Crianças visa levar os pequeninos a conhecer Deus, através de orações, músicas, leitura da palavra de Deus, por meio de uma linguagem adequada à criança. O principal objetivo do ministério é mostrar que Jesus está vivo e acompanha seus filhos em todos os momentos e que confiando em Deus a vida fica melhor.

Ministério para Formação
O Ministério de Formação surgiu da necessidade de formação permanente daqueles que estão no serviço do Senhor dentro da RCC. O objetivo deste ministério é formar os líderes / servos para que atuem na RCC capacitados e renovados em suas identidade, unidade e missão.

 

EM PARCERIA COM A RCC CURRAIS NOVOS

Ministério Universidades Renovadas
O Ministério Universidades Renovadas tem como missão evangelizar nas instituições de ensino superior. O objetivo do Universidades Renovadas é levar a experiência de pentecostes a cada estudante professor e funcionário destas instituições para que a partir destas experiência se tornem um Profissional do Reino, que transformem a sociedade a partir da sua prática profissional cristã. O Ministério Universidades Renovadas também trabalha com as pessoas que já são formados e que estão no mercado de trabalho.

Nosso Grupo é parceiro da RCC de Currais Novos, na realização do Grupo de Oração Universitário Mãe da Providência, que acontece às quintas-feiras no IFRN.


 

OUTROS MINISTÉRIOS DA RCC BRASIL

Ministério para Fé e Política
O Ministério de Fé e Política é o serviço dentro da Renovação Carismática Católica para a evangelização da política, a partir da experiência do Batismo no Espírito Santo. O objetivo não é formar partidos políticos ou realizar campanhas eleitorais, é conscientizar os cristãos a utilizarem o voto de modo justo, e apoiarem o candidato(s) conforme a consciência de cada um. A Renovação Carismática também apóia e incentiva a participação na política daqueles que sentem chamados a este serviço.


Ministério para Promoção Humana
Este Ministério tem a missão de trabalhar nas obras sociais, priorizando o atendimento dos excluídos, através da Renovação Carismática Católica. O ministério de Promoção Humana busca formar as pessoas a partir da Doutrina Social da Igreja, criando um compromisso com os mais carentes, além de levantar e participar da organização de todas as obras sociais que a Renovação tem através dos grupos de Oração.


Ministério para a Família
O Ministério para as Famílias é uma moção do Espírito Santo para a Renovação Carismática, e tem como objetivo evangelizar e formar novas famílias para Deus, famílias batizadas no Espírito Santo, porque, “... o Futuro da humanidade passa pela família" (João Paulo II).

Ministério para os Sacerdotes
O Ministério para Sacerdotes visa auxiliar os padres no reavivamento de sua vocação, do seu chamado e do Espírito Santo em seus corações, para que possam continuar sempre, com ardor renovado, a missão que lhe foi confiada por Deus, de conduzir o Seu rebanho e anunciar o evangelho a todas as criaturas.

Ministério para os Seminaristas
O Ministério para os Seminaristas visa auxiliar àqueles que estão buscando sua verdadeira vocação, seja seminarista ou não. O objetivo é fazer com que esta pessoa descubra sua vocação e a viva sob a Luz e a Condução do Espírito Santo. O ministério procura auxiliar de maneira direta os futuros padres, consagrados e chefes de família.

 

FONTE: http://www.cantinhodaevangelizacao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=155:quais-o-ministerios-da-rcc&catid=37:inicio

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Conheça a RCC através dos nossos vídeos

Começamos nossa sessão de vídeos mostrando que a Renovação Carismática Católica, movimento consideravelmente novo na Igreja Católica. Entre eles a benção do nosso recém beatificado, Papa João Paulo II.

Em um de seus primeiros contatos com a RCC, nosso saudoso Papa nos deu sua bênção, desejando “Vida Longa aos Carismáticos”, como você vê no vídeo abaixo.

Vida longa aos Carismáticos

 

Mas que movimento é esse, no qual o Papa atribuiu grande importância na Igreja? Quem é esse povo que acredita no impossível? Nós somos a Renovação Carismática Católica!

Nós somos a Renovação Carismática Católica

 

Nosso movimento está fundamentado na experiência de Pentecostes. Tendo por base fundamental o Batismo no Espírito Santo, que ocorre semanalmente em nossos Grupos de Oração.

Grupo de Oração: Um Lugar de Pentecostes Contínuo


Esta é a Renovação Carismática Católica. Venha conhecê-la melhor nos nossos Grupos de Oração. Em Acari nos reunimos com a comunidade todos os sábados, às 19h, na Igreja do Rosário.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O Histórico da Renovação Carismática Católica

A Renovação Carismática não deve ser entendida como um movimento, mas como um "mover do Espírito Santo", que resgata valores da própria Igreja em nossos dias, antes esquecidos ou desvalorizados. É a própria ação da Misericórdia de Deus sobre o seu povo, ação esta que não é inédita, mas acontece hoje como nunca antes.

A Renovação Carismática apareceu na Igreja Católica no momento em que se começava a procurar caminhos para pôr em prática a "Renovação da Igreja" desejada, ordenada e inaugurada pelo Concílio Vaticano II.

 

HISTÓRICO DA RCC:

Na Constituição Apostólica de 25 de dezembro de 1961, com a qual convocava o Concílio Vaticano II, Sua Santidade João XXIII expressava seus desejos, seus anseios e suas preces, nestes termos:

"Repita-se, pois agora, na família cristã, o espetáculo dos apóstolos reunidos em Jerusalém depois da ascensão de Jesus ao céu, quando a Igreja nascente se encontrou toda reunida em comunhão de pensamento e oração, com Pedro e em redor de Pedro, Pastor dos cordeiros e das ovelhas. Digne-se o Espírito divino escutar, de maneira mais consoladora, a oração que todos os dias sobe até Ele de todos os recantos da terra: Renova em nossos dias os prodígios como em um novo Pentecostes e concede que a Santa Igreja, reunida em unânime e mais intensa oração em torno de Maria, Mãe de Jesus e guiada por Pedro, propague o reino do divino Salvador, que é reino de verdade, de justiça, de amor e de paz. Assim seja".

O Concílio foi encerrado pelo Papa Paulo VI, na Praça de São Pedro, no dia 8 de dezembro de 1965. E, desde então, começou-se a produzir em todo o mundo um ressurgir dos carismas, uma "renovação espiritual" que Paulo VI qualificou como "uma oportunidade providencial para a Igreja e para o mundo".

Em Pittsburgh

Não se havia passado um ano do término do Concílio, quando em Agosto de 1966, durante o Congresso Nacional de "Cursilhos de Cristandade", Steve Clark, formado pela Universidade de Duquesne, em Pittsburgh (Pensilvânia), mencionava o livro "A Cruz e o Punhal" de John Sherril, sobre o apostolado de David Wilkerson entre os drogados de Nova York, dizendo-lhes que esse livro o intrigava e o inquietava, e incitava para que o lessem.

No Outono de 1966, vários homens católicos, membros de faculdades da Universidade de Duquesne dos Estados Unidos, reuniam-se freqüentemente para momentos de oração fervorosa e para conversar sobre a vitalidade de sua vida de fé. Aqueles professores haviam-se dedicado durante muitos anos ao serviço de Cristo, entregando-se a várias atividades apostólicas. Apesar de tudo isso, estavam sentindo que algo faltava na sua vida cristã pessoal. Ainda que não pudessem especificar o porquê, cada um reconhecia que havia certo vazio, uma falta de dinamismo, debilidade espiritual em suas orações e atividades. Era como se a vida cristã dependesse demasiado de seus próprios esforços, como se avançassem sob seu próprio poder e motivados por sua própria vontade.

Conscientes de que a força da comunidade cristã primitiva estivera na vinda do Espírito Santo em Pentecostes, começaram a orar para que esse divino Espírito manifestasse neles sua presença cheia de poder, em favor de sua própria vida espiritual e do trabalho apostólico.
Dessa forma, os professores de Pittsburgh começaram a pedir em oração que o Espírito Santo lhes concedesse uma renovação e que o vazio que seus esforços humanos haviam deixado fosse plenificado com a vida poderosa do Senhor ressuscitado. Cada dia os homens rezavam uns pelos outros, pedindo "Vem, Espírito Santo!"

Desejosos de entrar em contato com alguma pessoa conhecedora das experiências do Espírito, entrevistam William Lewis, sacerdote episcopal, que os põe em contato com a sra. Betty de Schomaker, que dirigia em sua casa uma reunião de oração pentecostal. A reunião tem lugar em casa do Sr. Lewis, no dia 6 de janeiro de 1967, Festividade da Epifania do Senhor.
Em 13 de janeiro, os professores de Pittsburgh, com a sra. Schomaker, vão à casa de Flo Dodge para assistir à primeira reunião de oração. Foram eles: Ralph Keiner (instrutor de teologia) e sua esposa Pat; Patrick Bourgeois (instrutor de teologia) e William Storey. Era a oitava da Epifania e o dia marcado pela Liturgia para comemorar o batismo de Jesus no Jordão e sua unção pelo Espírito Santo.

Em 20 de janeiro, Ralph Keiner e Patrick Bourgeois assistem à segunda reunião de oração e suplicam que se ore por eles pedindo o batismo no Espírito Santo. Nessa ocasião Ralph recebe o dom das línguas. Na semana seguinte Ralph impõe as mãos aos seus outros companheiros para receberem o batismo no Espírito Santo. Em fevereiro de 1967 os quatro católicos de Pittsburgh haviam recebido o batismo no Espírito Santo.

De sexta-feira 17 ao domingo 19 de fevereiro, mais de 30 pessoas fazem um retiro de fim-de-semana, "o retiro de Duquesne". Passam todo o dia 18, sábado, em oração e estudo. À noite oram para pedir o batismo no Espírito Santo e muitos deles têm a certeza espiritual, confirmada pela transformação interior e pela manifestação de dons do Espírito Santo, de que sua oração havia sido atendida. Gozam a experiência de um pentecostes pessoal e em comunidade. Foi para eles uma verdadeira "atualização de Pentecostes".

Na Universidade de Notre Dame South Bend, Indiana

Em fins de janeiro de 1967, Bert Ghezzi comunica a universitários de Notre Dame o que está se passando em Pittsburgh.

Em fevereiro, antes de retiro de Duquesne, Ralph Keifer vai a Notre Dame e narra suas experiências. Passando o retiro de 17 a 19 de fevereiro que aconteceram durante aqueles dias.
No sábado, 4 de março, um grupo de uns 30 estudantes universitários reúnem-se na casa de Kevin e Doroth Ranaghan. Um professor vindo de Pittsburgh partilha o que havia sucedido em Duquesne e, em 5 de março, o grupo inteiro pede a imposição das mãos para receber o batismo no Espírito Santo com seus dons e frutos, e que assim suas vidas sejam mais plenamente cristãs. A resposta não se faz esperar. Experimentaram, antes de tudo, uma profunda mudança interior: tornam-se "homens novos", mas recebem também carismas do Espírito Santo para dar, com audácia, testemunho de Jesus no mundo atual.

Depois da Semana Santa, organiza-se em Notre Dame um retiro com o fim de discernir o que Deus está querendo através desses acontecimentos. Participam umas 80 pessoas: 40 de Notre Dame entre estudantes, sacerdotes e professores; e outras 40 da Universidade do Estado de Michigan, entre os quais Steve Clark e Ralph Martin. No outono de 1976 estes se transferem para a Universidade de Michigan, em Ann Arbor.

No começo dos anos 70, alguns sacerdotes jesuítas, entre eles Pe. Haroldo Hahn e Pe. Sales, começaram a realizar retiros chamados de Experiência do Espírito Santo, mais tarde Experiência de Oração, pelo Brasil todo. Simultaneamente outros padres e leigos, em diversos pontos, começaram também a experimentar um novo ardor na evangelização e nos trabalhos apostólicos.
No início, a Renovação atingiu os líderes já engajados em movimentos como Cursilho, Encontros de Juventude, TLC, etc e gradativamente foi se ampliando como uma nova "onda" de evangelização com identidade própria.

A adesão do Pe. Jonas Abib (Canção Nova) e Pe. Eduardo Dougherty (Associação do Senhor Jesus) logo no início da experiência de Pentecostes no Brasil, deu um alento extraordinário à RCC, que cresceu a partir do trabalho missionário de ambos. Já em 1974, em Itici, era realizado o Primeiro Congresso Nacional da RCC, sob a coordenação do então Pe. Silvestre Scandian (hoje Arcebispo de Vitória - ES) e com a presença do Pe. Robert De Grandis, Fr. João Batista vogel e Fr. Wilfred Tunnick.

Em outras regiões a RCC começa a crescer a partir do Congresso de 1974: no Norte, a diocese de Santarém, com o Frei Paulo; em Anápolis, no Centro Oeste, com o Frei João Batista Vogel; em Pouso Alegre, no Sul de Minas, com Mons. Mauro Tomasini, e poderíamos citar muitos e muitos pontos e pessoas que foram instrumentos para que esta benção fosse acessível a todos: Pe. Schuster; Peter e Ingrid Orglmeister; D. Cipriano Chagas; Cardeal Suenes; Pe. Alírio Pedrini; Frei Antônio; Ir. Tarsila; Maria Lamego, Ir Stelita... e tantos outros missionários do Espírito Santo que espalharam este "fogo" pelo Brasil, cumprindo assim o desejo do Senhor que quer que "toda a terra se abrase".

A RCC no Brasil é uma expressão eclesial, realiza um trabalho pastoral evangelizando através dos Grupos de Oração, principalmente. A experiência de Pentecostes é fundamental para a evangelização, já que a pregação do Evangelho não é "uma demonstração da argumentação e da inteligência humana, mas sim do poder do Espírito Santo" (cf. 1Cor 2,13; 1Tes 1,5).

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O que é um Grupo de Oração?

É uma reunião de cristãos para louvar e bendizer a Deus, levando os participantes a uma experiência pessoal com o Deus vivo. A oração é o principal carisma nessas reuniões e acontecem de diferentes formas, tais como: louvor, reconhecimento das graças recebidas de Deus, oração contemplativa, oração em línguas, petição de graças e curas.

E qual o seu objetivo?
O objetivo é levar cada participante a experimentar o pentecostes pessoal. Crescer e chegar à maturidade da vida cristã, plena no Espírito, segundo os desejos de Jesus. Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10,10).

O Grupo de Oração é o principal serviço e expressão da RCC (Renovação Carismática Católica). Deve promover a experiência de Pentecostes, ou facilitar esta experiência para o fiel, e acompanhá-lo no caminhar espiritual. Daí ser o instrumento principal da RCC na promoção da experiência pentecostal na Igreja que chamamos de Batismo ou Efusão no Espírito Santo.

O Grupo de Oração é o lugar onde o povo vai se encontrar com Deus. Sua finalidade, então, é anunciar o Querigma, isto é, fazer o primeiro anúncio - o anúncio da Boa Nova -, tendo em vista o Batismo no Espírito Santo e a formação das Comunidades de Renovação. Não há medidas para o Batismo no Espírito Santo e os Grupos de Oração existem para levar as pessoas a esse Batismo. Cheias do Espírito de Deus, consequentemente as pessoas se abrem ao louvor e vivenciam que, quando louvamos a Deus com o coração, Ele nos devolve esse louvor transformado em bênçãos e graças. Bênçãos de cura, de libertação. Bênçãos que vêm de encontro às nossas carências.

O elemento mais importante de um Grupo de Oração é o POVO. O Grupo acontece em torno das pessoas que o frequentam. As perguntas de discernimento para a preparação do Grupo de Oração devem partir da necessidade dessas pessoas. Quem são essas pessoas? Como elas estão? O que elas buscam no Grupo de Oração? O que precisam? Como levá-las ao Batismo no Espírito Santo? O que Deus quer falar a elas?

As pessoas que vão ao Grupo de Oração têm a dignidade da filiação divina e cabe ao Grupo resgatar essa riqueza que talvez nem elas próprias conheçam. Daí a necessidade de terem um tratamento personalizado, carinhoso, especial. Muitas dessas pessoas estão decepcionadas, tristes, depressivas, amarguradas, magoadas, fechadas pela sua timidez, revoltadas, muitas delas não têm formação cristã e não têm nenhuma orientação, trazem dentro de si uma fé que não responde às suas ansiedades. Também as pessoas que, apesar das dificuldades, se sentem bem, alegres, felizes, estão presentes no Grupo para louvar e bendizer o Senhor pelos Seus feitos em suas vidas.

Assim, os participantes dos Grupos de Oração são de diversos tipos, a exemplo da multidão presente no dia de Pentecostes: curiosos, necessitados, ociosos, perseverantes. Mas todos amados por Deus.

A carência maior em todos os que vão ao Grupo de Oração é o amor. Por isso, é apresentado o Deus vivo e atuante, que não dorme nem cochila (cf. Sal 120). Como diz Sofonias 3,15.17-18: “Iahweh, o rei de Israel, está no meio de ti, não verás mais a desgraça. Iahweh, o teu Deus, está no meio de ti como o herói que salva! Ele exulta de alegria por tua causa, renovar-te-á por Seu amor, Ele se regozija por tua causa com gritos de alegria, como nos dias de festa”.

Os apóstolos de Jesus reunidos no Cenáculo, com Maria, como Jesus havia pedido, experimentam o derramamento do Espírito Santo e são transformados pelas “línguas de fogo” que pairavam sobre eles. A multidão que se ajunta em frente ao Cenáculo vê a transformação dos apóstolos, vê a manifestação dos carismas e os experimenta, é evangelizada, sente seu coração compungido, deseja e é batizada, pois, “para vós é a promessa, assim como para os vossos filhos e para todos aqueles que estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus chamar” (At 2,39).

Proporcionar às pessoas dos Grupos de Oração a experiência do amor de Deus que está no meio de nós é levá-las à experiência de Pentecostes, é levá-las a experimentar o que aquela multidão experimentou. Tal experiência deve produzir no coração dessas pessoas o desejo de uma maior conversão para serem perseverantes e, assim, crescerem na vida de oração, na Eucaristia, na doutrina e na fraternidade. Por isso, devem essas pessoas buscar um Grupo de Perseverança, a fim de que tenha continuidade o seu processo de conversão, o seu crescimento na vida nova trazida pelo Espírito Santo.

FONTE: http://deusvivorj.sites.uol.com.br/grupo/go_finalidade.htm