sábado, 29 de setembro de 2012

Conselho Nacional consagra nova presidência a Nossa Senhora Aparecida

A  tarde desse sábado (29) na reunião do Conselho Nacional da RCCBRASIL foi marcada por uma visita ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, onde ocorreu um ato de consagração da nova presidência eleita do Movimento à padroeira do Brasil.

O momento foi conduzido pelo assessor eclesiástico da RCC e arcebispo de Belém/PA, Dom Alberto Taveira, e aconteceu a pedido de Kátia Roldi Zavaris, que assume o cargo de presidente do Movimento em janeiro de 2013.

Em conversa com o Portal RCCBRASIL, Kátia ressaltou que a eleição na RCC não é um processo de escolha puramente humano, mas uma experiência de vivência dos carismas, na busca por se deixar direcionar pelo Espírito Santo. “Esse momento nos faz viver uma experiência do Senhorio de Jesus, pois sabemos que é a Sua mão poderosa que direciona todas as coisas. Meu coração está cheio de alegria e, como Maria, quero simplesmente dizer ‘eis me aqui, Senhor’“.

Em relação à missão de estar à frente do Movimento no Brasil, Kátia destacou a necessidade dos carismáticos serem agentes do Batismo no Espírito Santo: “Sinto que esse será um tempo de entregarmos, muitas vezes, nossas vidas nas mãos de Deus. Assim, seremos instrumentos 100% Dele e continuaremos difundindo a Cultura de Pentecostes no nosso país”.

A reunião do Conselho Nacional segue até domingo (30).

Fonte: RCC Brasil.

Eleita nova presidente do Conselho Nacional

O Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica do Brasil, reunido em assembleia ordinária desde ontem em Aparecida/SP, elegeu sua nova presidente na manhã de hoje. Kátia Roldi Zavaris é do estado do Espírito Santo e, atualmente, exerce a função de primeira secretária do Conselho. Ela foi escolhida para estar à frente do Movimento entre os anos de 2013 e 2016.

Participaram desse processo de discernimento os 27 presidentes dos conselhos estaduais da RCC.

A reunião do Conselho Nacional segue até domingo (30).

FONTE: RCC Brasil.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Começa hoje o Seminário Missão e Juventude em Brasília

MISSAOEJUVENTUDE

Tem início hoje em Brasília, o Seminário Juventude e Missão, o terceiro de uma série de seminários propostos pela CNBB. Os primeiros falaram sobre comunicação e bioética e o último finaliza com o tema “A alegria de ser jovem, discípulo missionário de Cristo”.

Em parceria com as Pontifícias Obras Missionárias o seminário ‘Missão e Juventude’, tem como objetivo propiciar um momento de preparação para a Semana Missionária que antecede a JMJ Rio 2013. A expectativa é reunir cerca de 300 jovens de todo o país, em Brasília, nos dias 28 a 30 de setembro.

Para o secretário nacional da Pontifícia Obra Propagação e Fé, Padre Marcelo Gualberto, o seminário também é uma oportunidade de conscientizar os jovens sobre seu papel na sociedade.

“A Igreja do Brasil quer aproveitar este impulso da JMJ para conscientizar um pouco mais a juventude para diversas realidades. Quer fazer através das formações por todo Brasil que o jovem tome a consciência que ele pode e deve participar da ação da Igreja na História, que o jovem não é um mero expectador que assiste como que um filme apenas sentindo as emoções os sentimentos. A juventude deve ser protagonista em todos os âmbitos”, afirmou Padre Marcelo.

O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, padre Carlos Sávio, explica que a escolha do tema foi para aumentar o questionamento no que se diz respeito ao protagonismo jovem dentro da Igreja.

“O tema missão foi escolhido porque achamos que temos o dever de despertar nos jovens o sentido missionário que foi configurado com o batismo, onde fomos chamados a serem discípulos-missionários. Nós queremos que os jovens sejam protagonistas de sua própria missão e que eles a façam com a ajuda da Igreja”, disse Padre Sávio.

Cerca de 300 jovens fizeram inscrição para participar do seminário.

Mais informações sobre os últimos seminários realizados para juventude e sobre o Seminário Missão e Juventude podem ser encontradas no site www.jovensconectados.org.br

FONTE: A12.

Conselho Nacional reunido em Aparecida/SP

A partir desta sexta-feira (28), a cidade de Aparecida/SP acolhe os presidentes dos conselhos estaduais da RCC para mais uma edição da reunião ordinária do Conselho Nacional da RCCBRASIL. Além dos representantes das 27 unidades federativas, também estarão presentes os membros da presidência.

A reunião marcará a escolha do próximo presidente do Conselho Nacional. Outras pautas a serem tratadas durante as atividades serão as novas campanhas para 2013, prestação de contas, relatório da construção da Sede Nacional, os eventos já agendados e a Escola Nacional de Formação. Também será realizada uma visita ao terreno da Sede, em Canas/SP.

O encontro se estende até o domingo (30).

Eleições Municipais 2012 - Voto consciente e limpo

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília de 25 a 27 de setembro, considerando as eleições municipais do próximo mês de outubro, vem reforçar a importância desse momento para o fortalecimento da democracia brasileira. Estas eleições têm característica própria por desencadear um processo de maior participação em que os candidatos são mais próximos dos eleitores e também por debater questões que atingem de forma direta o cotidiano da vida do povo.

A Igreja louva e aprecia o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e tomam sobre si o peso de tal cargo, em serviço de todas as pessoas (cf. GS 75). Saudamos, portanto, os candidatos e candidatas que, nesta ótica, apresentam seu nome para concorrer a um cargo eleitoral. Nascido da consciência e do desejo de servir com vistas à construção do bem comum, este gesto corrobora o verdadeiro sentido da atividade política.

Estimulamos os eleitores/as, inclusive os que não têm a obrigação de votar, a comparecerem às urnas no dia das eleições para aí depositar seu voto limpo. O voto, mais que um direito, é um dever do cidadão e expressa sua corresponsabilidade na construção de uma sociedade justa e igualitária. Todos os cidadãos se lembrem do direito e simultaneamente do dever que têm de fazer uso do seu voto livre em vista da promoção do bem comum (cf. GS 75).

A lei que combate a compra de votos (9840/1999) e a lei da Ficha Limpa (135/2010), ambas nascidas da mobilização popular, são instrumentos que têm mostrado sua eficácia na tarefa de impedir os corruptos de ocuparem cargos públicos. A esses instrumentos deve associar-se a consciência de cada eleitor tanto na hora de votar, escolhendo bem seu candidato, quanto na aplicação destas leis, denunciando candidatos, partidos, militantes cuja prática se enquadre no que elas prescrevem.

A vigilância por eleições limpas e transparentes é tarefa de todos, porém, têm especial responsabilidade instituições como a Justiça Eleitoral, nos níveis Federal, Estadual e Municipal, bem como o Ministério Público. Destas instâncias espera-se a plena aplicação das leis que combatem a corrupção eleitoral, fruto do anseio popular. O resgate da ética na política e o fim da corrupção eleitoral merecem nossa permanente atenção.

O político deve cumprir seu mandato, no Executivo ou no Legislativo, para todos, independente das opções ideológicas, partidárias ou qualquer outra legítima opção que cada eleitor possa fazer. Incentivamos a sociedade organizada e cada eleitor em particular, passadas as eleições, a acompanharem a gestão dos eleitos, mantendo o controle social sobre seus mandatos e cobrando deles o cumprimento das propostas apresentadas durante a campanha. Quanto mais se intensifica a participação popular na gestão pública, tanto mais se assegura a construção de uma sociedade democrática.

As eleições são uma festa da democracia que nasce da paixão política. O recurso à violência, que marca a campanha eleitoral em muitos municípios, é inadmissível: candidatos são adversários, não inimigos. A divisão, alimentada pelo ódio e pela vingança, contradiz o principio evangélico do amor ao próximo e do perdão, fere a dignidade humana e desrespeita as normas básicas da sadia convivência civil, que deve orientar toda militância política. Do contrário, como buscar o bem comum, princípio definidor da política?

A Deus elevemos nossas preces a fim de que as eleições reanimem a esperança do povo brasileiro e que, candidatos e eleitores, juntos, sonhem um país melhor, humano e fraterno, com justiça social.

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, abençoe nossa Pátria!

Brasília, 27 de setembro de 2012

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

São Miguel, Rafael e Gabriel

Sabemos – por ensinamento de Santo Tomás de Aquino, o “Doutor Angélico” – que os anjos se dividem em três hierarquias, cada uma composta por nove coros. A terceira hierarquia, composta pelos serafins, querubins e tronos, é a mais “privilegiada”, os anjos que a compõem vivem ao redor do trono de Deus, contemplando sua glória e cantando seus louvores. Pela luz que é comunicada a eles, vinda do trono de Deus, são instrumentos de aperfeiçoamento das demais hierarquias.

Os anjos da segunda hierarquia povoam os espaços celestes (cf. Ef 6,12). Encontram-se entre o céu e a terra. Ajudam a melhor governar o mundo e combatem as hierarquias infernais. São, portanto, grandes defensores da humanidade. Essa hierarquia é composta pelas dominações, virtudes e potestades.

A primeira hierarquia é composta pelos principados, arcanjos e anjos, que vivem na terra, ao lado dos homens. Os arcanjos são aqueles a quem Deus confia missões extraordinárias da fé e revelações de realidades acima da compreensão humana. Nesse coro encontram-se São Miguel, cujo nome significa “Quem como Deus?” (cf. Ap 12,10), São Rafael, “Deus cura” (cf. Tb 5,4) e São Gabriel, “Força de Deus” (cf. Lc 1,26), cujas festas eram celebradas a 29 de março, a 24 de outubro e a 24 de março respectivamente. Mas o novo calendário reuniu em uma só celebração a festa destes arcanjos, no dia 29 de setembro. Esta data foi escolhida por corresponder à da consagração a igreja dedicada a São Miguel, no século V, a seis milhas da via Salária.

São Miguel
São Miguel, antigo padroeiro da sinagoga, é agora padroeiro de toda a Igreja católica. Chefe dos arcanjos, é a figura angélica mais nobre das Sagradas Escrituras.
Foi cultuado desde os primeiros séculos da história do cristianismo. É venerado por sua coragem no momento da queda dos anjos, em que Lúcifer seduziu um terço dos anjos do céu e, ao querer tomar o trono de Deus, veio Miguel, liderando os dois terços que permaneceram fiéis a Deus, e expulsou satanás e seus anjos decaídos (cf. Ap 12,7-9).
Miguel protege o povo eleito (cf. Dn 10,13), combate contra satanás (cf. Ap 12,7ss), no juízo universal intervirá em favor do povo de Deus (cf. Dn 12,1-2).
Célebre e muito antigos são os santuários a ele consagrados em Puglia (Itália, 491) e em Mont-Saint-Michel (França). Em Roma, foi-lhe dedicado o Mausoléu de Adriano, porque no século VI, enquanto Gregório Magno fazia uma procissão para esconjurar a peste, apareceu em cima do sepulcro do imperador romano Adriano o arcanjo Miguel com a espada levantada e a peste cessou, então o povo passou a chamar o referido Mausoléu de Castelo de Sant’Angelo (Santo Anjo).
Depois, São Miguel auxiliou a alguns santos em sua missão. Citamos como exemplo Santa Joana d’Arc e São Geraldo Magela. Invoquemo-lo nas tentações e dificuldades, para que nos dê coragem de vencê-las e, nos sofrimentos, para que nos conforte.

São Gabriel
Sabe-se pouco sobre este arcanjo, mas sabe-se que Gabriel é anunciador por excelência das revelações divinas. É o anjo das belas e alegres notícias, como o nascimento de João Batista, o precursor, e depois o nascimento de Jesus. Também ele explica ao profeta Daniel como se dará a plena restauração, da volta do exílio ao advento do Messias.
Ele tem um grande prestígio até mesmo entre os maometanos.

São Rafael
São Rafael é citado apenas em um livro da Bíblia. É o acompanhante do jovem Tobias, daí lhe vem a função de guia de todos os que viajam. Ele ainda sugeriu a Tobias o remédio para a cura da cegueira do pai, por isso é invocado como curador e protetor dos farmacêuticos. Também orientou a libertação do demônio que agia no matrimônio de Sara, por isso é invocado como protetor dos casais.

Maria Auristela Barbosa Alves
Bibliografia
Festa dos Anjos. Maná, ano 9, n. 41, set/94, pp.37-39, Fortaleza: Shalom.
Menezes, Goretti Bezerra de. As criaturas invisíveis de Deus. Maná, ano 3, n. 6, set/1988, pp. 20-24, Fortaleza: Shalom.
Paiva Filho, Alberto. As criaturas invisíveis de Deus. Maná, ano 4, n. 7, mar/1989, pp. 23-228, Fortaleza: Shalom.
Sgarbossa, Mario e Giovannini, Luigi. Um santo para cada dia. 4 ed. São Paulo: Paulus, 1996.

FONTE: Comunidade Católica Shalom

Como conversar com protestantes fundamentalistas?

Provavelmente isto já ocorreu com você. Alguém bate a porta, quando você abre, há uma pessoa simpática, com um grande sorriso, uma Bíblia aberta, e um arsenal de questões com o objetivo de atacar, sutilmente, a doutrina da Igreja Católica. Ou você, passando pelo centro de sua cidade, foi parado por alguém que lhe perguntou: "você está salvo?", ou ainda, ao sair da Missa, encontrou pessoas que distribuíam panfletos opondo crenças católicas e debatendo com as pessoas.

Se você entrar na discussão, parece que não vai a lugar algum. Você termina frustrado, parecendo que ninguém se convenceu do que você disse. As outras pessoas continuam andando, aparentemente com mais dúvidas sobre o catolicismo do que antes. Você sabe que não foi muito bem nesse episódio.

O importante é que saber como debater é tão importante como saber sobre o quê debater. Se não dispuser de alguma técnica especial, todo o conhecimento do mundo não adiantará nada no seu diálogo. Se você for um dicionário de teologia ambulante, mas se não souber como manejar uma boa discussão, você está perdendo o seu tempo. Também não é suficiente apenas ter uma boa conversa. Isto não disfarça a ignorância histórica ou doutrinal. Para ser um bom apologista, você precisa de dedicação e de conteúdo.

Escritura e oração
Conheça a Bíblia. Não importa o quanto você esteja bem preparado, não importa o quanto você acha que conhece as doutrinas da Igreja. Você precisa conhecer a Bíblia para enfrentar os fundamentalistas (claro, você tem necessidade da palavra de Deus não somente para debater com os protestantes).

Concentre-se no Novo Testamento, sem desconsiderar o Antigo. Não há necessidade de decorar vários versículos bíblicos como fazem os fundamentalistas, mas você precisa adquirir um conhecimento geral de toda a Bíblia. Você precisa se familiarizar, principalmente, com os Evangelhos ? se você não conhece a história de Jesus Cristo, você está em apuros. Frank Sheed diz o seguinte: "o apologista católico que não mergulha nos Evangelhos é a própria anomalia, e seu trabalho está condenado à aridez".

Os Evangelhos são curtos o suficiente para serem lidos em uma semana. Leia-os várias vezes antes de iniciar qualquer coisa ? e continue lendo-os regularmente. Não deixe de ler os demais livros da Bíblia (muitos fundamentalistas fazem isso, e perdem-se no contexto da Escritura), mas eles devem ser a base para as demais leituras.

Tenha, também, uma vida de oração. Uma boa forma de fazer isso é a leitura meditativa sobre a Bíblia. Leia devagar, sente-se, pense.

A oração é essencial na conquista de convertidos. Em seu coração, reze antes de um debate, durante e após ele. É importante saber o nome da pessoa com que se está debatendo, para que você possa orar por ele também. É natural para o homem medir o sucesso em uma discussão pelo quanto o outro mudou de idéia. Mas, na realidade, "as maiores coisas da terra são feitas dentro do coração de pessoas de fé" (São Luis de Montfort).

Técnica
Em debates, nunca tenha receio de reconhecer sua ignorância. Se você não souber como responder a algo, diga. Você sobreviverá, e também o seu ego. As respostas que você der sobre outros assuntos serão levadas mais a sério se as pessoas com quem você conversar virem que você não está tentando os enganar durante o debate (pena que muitos protestantes não saber perceber isso).

Entretanto, não deixe perguntas sem resposta. Diga à pessoa que esta questão é muito bem formulada, e que você estará lhe respondendo em uma semana. Então vá estudar e traga as respostas que você prometeu. Este método é mais eficaz que dar de ombros e dar qualquer resposta que nem a você convenceria.

Você tem de ser inteiramente honesto. Nunca torne as doutrinas maiores ou menores do que elas realmente são. Não evite casos difíceis, e não suavize doutrinas somente para agradar seus oponentes. Não há necessidade de reduzir a dificuldade de verdades difíceis. Fale sobre as doutrinas como elas verdadeiramente são. Se você somente consegue dar uma pequena explicação sobre a Real Presença, você não está preparado o suficiente para defendê-la. Admitir isso (ao menos para você mesmo), então faça seu trabalho. Um embaraço hoje pode ser o motivo para você se tornar um melhor apologista no futuro. Quando questionado sobre a história da Igreja, não deixe de conhecê-la. Não esconda fatos, não seja falso. Não há necessidade disto. Coloque as coisas todas no contexto, e relembre que a Bíblia ensina que, enquanto a Igreja jamais poderá ser derrotada pelo mal (Mt 16,18), seus membros incluem tanto santos quanto pecadores (At 20,29).

Cuidado com a língua
Sarcasmo nunca é bom. Evite-o, mesmo quando o seu oponente se baseia nele. Quando fazem isso, suas consciências lhes seguirão mais tarde (se a tiverem). Não lhes dê justificativa para tal por rebater sarcasmos com outros.

Lembrar que Deus resiste aos orgulhosos: "Não convém a um servo do Senhor altercar; bem ao contrário, seja ele condescendente com todos, capaz de ensinar, paciente em suportar os males. É com brandura que deve corrigir os adversários, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento e o conhecimento da verdade" (2Tm 2,24-25).

Familiarize-se com literatura anti-católica. Leia quais são os principais tópicos: a Bíblia como única regra de fé, a justificação somente pela fé, a Missa, a oração à Maria e aos santos, e outros mais. Veja como os argumentos, sejam fracos como sejam, são manuseados. Você perceberá que os materiais anti-católicos não são acurados, mas se você não souber respondê-los, tome notas e estude.

Quando argumentar, seja modesto em suas expectativas. Não espero conversões imediatas; elas não são processos do dia para noite (ao menos as verdadeiras). Saiba de seu sucesso quando seu oponente reconhece que houve uma resposta católica plausível para cara ponto abordado (mesmo que ele não as aceite). Será uma vitória apenas em saber que um anti-católico repensou seus conceitos.

Evite termos técnicos. Mesmo católicos não entendem o que é a "transubstanciação", "imaculada conceição", "mediatrix" e "mérito". Por outro lado, não seja monossilábico. Simplificar é reduzir o valor de pontos importantes; o que é igualmente ruim. Tente falar sobre as doutrinas em linguagem compreensível aos seus oponentes. Mas não reduza a dificuldade nem o valor das doutrinas apenas para ser simpático ao oponente ou ao ouvinte/leitor.

Tente colocar uma doutrina e suas relações com outras. É importante ver a Igreja como um todo.

Evite citações de versos. Isto pouco ajuda. Você precisa possuir alguma perspectiva ? e também os seus oponentes. Comece o debate com um plano traçado, saiba quais serão os pontos principais e leve-os adiante.

O tópico mais importante para se debater é sobre a autoridade: porque você acredita, e porque eu acreditaria em você? Havendo milhares de denominações protestantes, todos proclamando-se a verdadeira representação do cristianismo e a total assistência do Espírito Santo, porque a sua igreja ou o seu pastor são diferentes?

Os fundamentalistas confiam em algumas passagens que acreditam derrubar o catolicismo. Tome a iniciativa. Não os deixe fazer todas as perguntas. Pergunte também, e aborde diretamente as fraquezas do protestantismo.

Explique o que puder
Não debata para vencer. Você pode "vencer", ainda que leve pessoas para fora da Igreja. Debata para explicar. Mostre aos fundamentalistas a doutrina católica como ela é, e não como eles pensam que é. Quer dizer, reorientá-los, dar uma nova chance de rever seus conceitos. Lembre que eles crêem firmemente retirar todas as suas doutrinas da Bíblia. Na verdade a Bíblia é usada para dar razão a doutrinas pré-formuladas. Possuem suas próprias "tradições", que é a interpretação bíblica do seu pastor ou fundador (para muitos fundamentalistas, seu pastor é o seu papa. Muitos, quando questionados sobre pontos difíceis, não recorrem à Bíblia para descobrir as respostas, mas dizem "vamos perguntar ao pastor").

Não importa quantos versos memorizam, os fundamentalistas tomam a Bíblia de forma seletiva. Conhecem pouco sobre história da Igreja, e poucos são doutos em teologia. Muitos não sabem o que é um catecismo (talvez nem saibam que isso existe). Você deve demonstrar uma visão ampla. Se o assunto é interpretação, tome um bom comentário e estude, mas também tome os Padres da Igreja e leia o que eles entenderam e ensinaram sobre o assunto.

Diga aos seus oponentes que você faz isto porque seria incoerente que as pessoas que escreveram quando a Igreja era jovem e as memórias de Cristo estavam ainda ressoando na memória, reportaram doutrinas erradas e heréticas. Se os primeiros cristãos garantiram que um sacerdócio ministerial foi estabelecido por Cristo (que na verdade fez), este fato é um argumento forte para o sacerdócio na nova aliança. Se os escritores de alguns anos após Cristo mencionaram a Real Presença (que na verdade fizeram), isto fala a favor da interpretação católica de João 6. E assim por diante.

Não confunda termos
Conheça os termos usados pelos fundamentalistas. Você pode perder muito tempo discutindo dois assuntos diferentes usando a mesma terminologia. Por exemplo, vejamos o termo fé. Para os católicos, o termo significa aceitar uma verdade revelada (doutrina) apenas pela Palavra de Deus. Isto significa fé teológica ou confessional. Mas para os fundamentalistas, fé é confiar nas promessas de Cristo. Esta é a fé ?fiducial?.

Tradição é um outro termo confuso, assim como inspiração e infalibilidade. Veja o que os fundamentalistas entendem sobre estes termos e compare-os com a definição católica. Se você não definir os termos, os protestantes não vão entender seus argumentos. Não vá pensando que tudo o que parece na verdade é. Descubra o que seus oponentes estão querendo dizer. Tenha paciência.

Os fundamentalistas costumam dizer: "iniciaremos o debate admitindo que a Bíblia é a única regra de fé do cristão". Na verdade significa dizer: "vamos admitir que a Igreja não possui autoridade alguma; todas as respostas para questões de fé são claramente encontradas na Bíblia". Não concorde com isso. Não é verdade. Em resposta, pergunte ao seu oponente: "onde a Bíblia diz que ela deve ser tomada como única regra de fé?". A Bíblia silencia quanto a isso. Na verdade ela nega esta doutrina (cf. 1 Cor. 11:2, 2 Ts. 2:15, 2 Tm. 2:2, 2 Pd. 1:20, 3:15-16), mas você deve conhecer os versos para citar sua prova.

Discuta sobre a história da Bíblia. É preciso deixar claro que foi a Igreja quem formou a Bíblia, não o contrário. A Bíblia não apareceu pronta. Note, também, que o Novo Testamento não é um catecismo. Não foi escrito para pessoas que já eram cristãs, por isso não se pode pretender ser considerada única fonte de ensino religioso. Nos tempos primitivos, o ensino era oral e protegido pela autoridade da Igreja, que também decidiu quais os livros que deveriam constar na Bíblia, e quais os que não deveriam.

Alguns erros
O bispo Fulton Sheen certa vez escreveu que poucas pessoas odeiam a Igreja Católica, mas milhões de pessoas odeiam o que eles acham ser a Igreja Católica. Você precisa mostrar aos fundamentalistas o que a Igreja de fato é.

Discuta um tópico por vez; devagar; aborde-o de vários ângulos, e não deixe a discussão desviar para outros assuntos, senão você se perderá na argumentação e seu esforço não adiantará nada. Não pense que os protestantes sabem o que você entende mesmo sobre pontos simples, como missa, alma e revelação. Se eles sabem, provavelmente não sabem o que a Igreja ensina sobre estes termos. Você deve falar com eles da forma como falaria sobre o catolicismo para um católico não evangelizado.

Lembrar que o conhecimento deles sobre a doutrina da Igreja é baseada principalmente no que ouvem nos cultos ou o que lêem em um livro ou dois, não-católicos. Debatem com boas intenções, mas são desinformados. Mas a culpa não é só deles. Eles confiam nas fontes que possuem, mas agora devem aprender que há mais a considerar.

Lembrar, também, que a fé é um dom. Muitos convertidos ao catolicismo dizem que a doutrina foi um fator importante para a conversão, mas também a evidência de ver católicos que vivem suas vidas de acordo com a fé que professam. "Portanto, não temais as suas ameaças e não vos turbeis. Antes santificai em vossos corações Cristo, o Senhor. Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito" (1Pd 3,15).

Traduzido para o Veritatis Splendor por Rondinelly Ribeiro.
www.veritatis.com.br

Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

Em hebraico (mal’ak) e em grego (ánghelos), anjo significa “enviado”, “mensageiro”, ou seja, “missionário de Deus”.

Sabemos – por ensinamento de Santo Tomás de Aquino, o “Doutor Angélico” – que os anjos se dividem em três hierarquias, cada uma composta por nove coros. A terceira hierarquia, composta pelos serafins, querubins e tronos, é a mais “privilegiada”, os anjos que a compõem vivem ao redor do trono de Deus, contemplando sua glória e cantando seus louvores. Pela luz que é comunicada a eles, vinda do trono de Deus, são instrumentos de aperfeiçoamento das demais hierarquias.

Os anjos da segunda hierarquia povoam os espaços celestes (cf. Ef 6,12). Encontram-se entre o céu e a terra. Ajudam a melhor governar o mundo e combatem as hierarquias infernais. São, portanto, grandes defensores da humanidade. Essa hierarquia é composta pelas dominações, virtudes e potestades.

A primeira hierarquia é composta pelos principados, arcanjos e anjos, que vivem na terra, ao lado dos homens. Os arcanjos são aqueles a quem Deus confia missões extraordinárias da fé e revelações de realidades acima da compreensão humana. Nesse coro encontram-se São Miguel, cujo nome significa “Quem como Deus?” (cf. Ap 12,10), São Rafael, “Deus cura” (cf. Tb 5,4) e São Gabriel, “Força de Deus” (cf. Lc 1,26), cujas festas eram celebradas a 29 de março, a 24 de outubro e a 24 de março respectivamente. Mas o novo calendário reuniu em uma só celebração a festa destes arcanjos, no dia 29 de setembro. Esta data foi escolhida por corresponder à da consagração a igreja dedicada a São Miguel, no século V, a seis milhas da via Salária.

São Miguel
São Miguel, antigo padroeiro da sinagoga, é agora padroeiro de toda a Igreja católica. Chefe dos arcanjos, é a figura angélica mais nobre das Sagradas Escrituras.
Foi cultuado desde os primeiros séculos da história do cristianismo. É venerado por sua coragem no momento da queda dos anjos, em que Lúcifer seduziu um terço dos anjos do céu e, ao querer tomar o trono de Deus, veio Miguel, liderando os dois terços que permaneceram fiéis a Deus, e expulsou satanás e seus anjos decaídos (cf. Ap 12,7-9).
Miguel protege o povo eleito (cf. Dn 10,13), combate contra satanás (cf. Ap 12,7ss), no juízo universal intervirá em favor do povo de Deus (cf. Dn 12,1-2).

Célebre e muito antigos são os santuários a ele consagrados em Puglia (Itália, 491) e em Mont-Saint-Michel (França). Em Roma, foi-lhe dedicado o Mausoléu de Adriano, porque no século VI, enquanto Gregório Magno fazia uma procissão para esconjurar a peste, apareceu em cima do sepulcro do imperador romano Adriano o arcanjo Miguel com a espada levantada e a peste cessou, então o povo passou a chamar o referido Mausoléu de Castelo de Sant’Angelo (Santo Anjo).

Depois, São Miguel auxiliou a alguns santos em sua missão. Citamos como exemplo Santa Joana d’Arc e São Geraldo Magela. Invoquemo-lo nas tentações e dificuldades, para que nos dê coragem de vencê-las e, nos sofrimentos, para que nos conforte.

São Gabriel
Sabe-se pouco sobre este arcanjo, mas sabe-se que Gabriel é anunciador por excelência das revelações divinas. É o anjo das belas e alegres notícias, como o nascimento de João Batista, o precursor, e depois o nascimento de Jesus. Também ele explica ao profeta Daniel como se dará a plena restauração, da volta do exílio ao advento do Messias.
Ele tem um grande prestígio até mesmo entre os maometanos.

São Rafael
São Rafael é citado apenas em um livro da Bíblia. É o acompanhante do jovem Tobias, daí lhe vem a função de guia de todos os que viajam. Ele ainda sugeriu a Tobias o remédio para a cura da cegueira do pai, por isso é invocado como curador e protetor dos farmacêuticos. Também orientou a libertação do demônio que agia no matrimônio de Sara, por isso é invocado como protetor dos casais.

Maria Auristela Barbosa Alves
Bibliografia
Festa dos Anjos. Maná, ano 9, n. 41, set/94, pp.37-39, Fortaleza: Shalom.
Menezes, Goretti Bezerra de. As criaturas invisíveis de Deus. Maná, ano 3, n. 6, set/1988, pp. 20-24, Fortaleza: Shalom.
Paiva Filho, Alberto. As criaturas invisíveis de Deus. Maná, ano 4, n. 7, mar/1989, pp. 23-228, Fortaleza: Shalom.
Sgarbossa, Mario e Giovannini, Luigi. Um santo para cada dia. 4 ed. São Paulo: Paulus, 1996.

FONTE: Comunidade Shalom

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Caminhemos com Cristo no ANO DA FÉ

Estamos as portas do Ano da Fé, este terá início no dia 11 de Outubro de 2012, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013.

A data escolhida para o início do Ano da Fé, ao cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e aos vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Assim, é com grande expectativa que os católicos devem mergulhar na propostas deste ano, algumas delas já delineadas pela Carta ApostólicaPorta Fidei, do papa Bento XVI.

Este documento nos oferece muitas dicas interessantes sobre a fé, selecionamos algumas destas propostas e afirmativas neste artigo.

O papa Bento XVI afirmou que o Ano da fé será uma ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial de todo o mundo, num tempo de particular reflexão e redescoberta da fé, procurando assim, através deste caminho de fé, fazer brilhar com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo.

Olhando ao nosso redor, encontramos muitos cristãos que se sentem mais preocupados com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, mas está é um pressuposto óbvio de nossa vida diária. Por isso, a renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de fato, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou.

Nesta perspectiva, o Ano da Fé é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, a um encontro pessoal com Ele, pois não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor, que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus.

Por outro lado, o homem tocado pela fé, é impelido anunciá-la, como afirmou São Paulo: «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14): é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar, uma vez que, professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso público, desta forma, o cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele, e assim anunciá-lo.

Portanto, estas são algumas diretrizes oferecidas pelo papa Bento XVI para o Ano da Fé, desta maneira devemos aguardar a abertura deste ano, com o coração desejoso de encontrarmos com Jesus «autor e consumador da fé» (Heb 12, 2), e assim, com os olhos fixos Nele, possamos encontrar pela fé plena realização de todos os desejos mais íntimos do nosso coração, e consequentemente anunciar ao mundo que cremos no Cristo vivo e ressuscitado.

FONTE: Redação Canção Nova

Campanha da Fraternidade 2013 será lançada em Natal

A programação de lançamento nacional da próxima Campanha da Fraternidade (CF), cuja temática será juventude, está definida. O planejamento foi feito durante reunião realizada na manhã desta quarta-feira, 19 de setembro, em Natal (RN). A próxima edição da CF, em 2013, celebra os 50 anos da criação da iniciativa.

Ao abrir a reunião, o arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira da Rocha, falou da satisfação da Arquidiocese de Natal em sediar o lançamento da CF 2013. “Será um momento de resgate da história da Campanha da Fraternidade, que começou aqui. Ficamos muito felizes pela compreensão da CNBB em nos conceder a alegria desse momento, na história da Campanha. Para nós, é muito significativo”, disse o arcebispo.

O assessor da CF da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Padre Luiz Carlos lembrou que a edição de 2013, além de ser um momento comemorativo, será também um momento de revisão da Campanha da Fraternidade. “A Campanha tem um forte poder de evangelização e, por isso, precisamos, cada vez mais, aprimorá-la”, ressaltou. Ele lembrou que a decisão de fazer o lançamento da em Natal foi do Conselho Episcopal Pastoral – CONSEP, da CNBB.

Para o lançamento, ficou definida uma visita ao município de Nísia Floresta (RN) – lugar onde a Campanha teve início, na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013; ainda no dia 14, à tarde, haverá uma entrevista coletiva com a imprensa; no dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – “Fraternidade e Juventude”. Neste mesmo dia, às 17 horas, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20 horas, na Catedral Metropolitana, será celebrada missa, seguida de um show.

Segundo o Padre Luiz Carlos, antes, no dia 13, quarta-feira de cinzas, em Brasília, a presidência da CNBB receberá a imprensa, em entrevista coletiva. Também participaram da reunião o assessor da Comissão Episcopal para a Juventude, Padre Carlos Sávio Ribeiro; o bispo referencial para a juventude no Regional Nordeste 2, Dom Bernardino Marchió; o bispo referencial para Campanhas para o Regional Nordeste 2, Dom Francisco Lucena; além das coordenações de Campanhas do Regional e a coordenação arquidiocesana do Setor Juventude.

Origem da CF

A primeira Campanha foi realizada na Arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então Administrador Apostólico, Dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da Arquidiocese. A comunidade rural Timbó, no município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.

O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do Administrador Apostólico da Arquidiocese às Rádios Rural de Natal e Poty. Dizia, então, Dom Eugênio: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.

A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade.

FONTE: Canção Nova.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

10 conselhos de Bento XVI aos jovens

1) Conversar com Deus
"Algum de vós poderia talvez identificar-se com a descrição que Edith Stein fez da sua própria adolescência, ela, que viveu depois no Carmelo de Colônia: "Tinha perdido consciente e deliberadamente o costume de rezar". Durante estes dias (de Jornada Mundial da Juventude) podereis recuperar a experiência vibrante da oração como diálogo com Deus, porque sabemos que nos ama e, a quem, por sua vez, queremos amar".

2) Contar-lhe as penas e alegrias
"Abri o vosso coração a Deus. Deixai-vos surpreender por Cristo. Dai-lhe o "direito de vos falar" durante estes dias. Abri as portas da vossa liberdade ao seu amor misericordioso. Apresentai as vossas alegrias e as vossas penas a Cristo, deixando que ele ilumine com a sua luz a vossa mente e toque com a sua graça o vosso coração.

3) Não desconfiar de Cristo
"Queridos jovens, a felicidade que buscais, a felicidade que tendes o direito de saborear, tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia. Só ele dá plenitude de vida à humanidade. Dizei, com Maria, o vosso 'sim' ao Deus que quer entregar-se a vós. Repito-vos hoje o que disse no princípio de meu pontificado: Quem deixa entrar Cristo na sua vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só com esta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta. Estai plenamente convencidos: Cristo não tira nada do que há de formoso e grande em vós, mas leva tudo à perfeição para a glória de Deus, a felicidade dos homens e a salvação do mundo".

4) Estar alegres: querer ser santos
"Para além das vocações de consagração especial, está a vocação própria de todo o batizado: também é esta uma vocação que aponta para um 'alto grau' da vida cristã ordinária, expressa na santidade. Quando encontramos Jesus e acolhemos o seu Evangelho, a vida muda e somos impelidos a comunicar aos outros a experiência própria (...). A Igreja necessita de santos. Todos estamos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade. Convido-vos a que vos esforceis nestes dias por servir sem reservas a Cristo, custe o que custar. O encontro com Jesus Cristo vos permitirá apreciar interiormente a alegria da sua presença viva e vivificante, para testemunhá-la depois no vosso ambiente".

5) Deus: tema de conversa com os amigos
"São tantos os nossos companheiros que ainda não conhecem o amor de Deus, ou procuram encher o coração com sucedâneos insignificantes. Portanto, é urgente ser testemunhos do amor que se contempla em Cristo. Queridos jovens, a Igreja necessita de autênticos testemunhos para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida tenha sido transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros".

6) No Domingo, ir à Missa
"Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudai também os outros a descobri-la. Certamente, para que dela emane a alegria que necessitamos, devemos aprender a compreendê-la cada vez mais profundamente, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos com isso, vale a pena! Descubramos a íntima riqueza da liturgia da Igreja e a sua verdadeira grandeza: não somos nós que fazemos uma festa para nós, mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que prepara uma festa para nós. Com o amor à Eucaristia redescobrireis também o sacramento da Reconciliação, no qual a bondade misericordiosa de Deus permite sempre que a nossa vida comece novamente".

7) Demonstrar que Deus não é triste
"Quem descobriu Cristo deve levar os outros para ele. Uma grande alegria não se pode guardar para si mesmo. É necessário transmiti-la. Em numerosas partes do mundo existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece que tudo anda igualmente sem ele. Mas ao mesmo tempo existe também um sentimento de frustração, de insatisfação de tudo e de todos. Dá vontade de exclamar: Não é possível que a vida seja assim! Verdadeiramente não".

8) Conhecer a fé
"Ajudai os homens a descobrir a verdadeira estrela que nos indica o caminho: Jesus Cristo. Tratemos, nós mesmos, de conhecê-lo cada vez melhor para poder conduzir também os outros, de modo convincente, a ele. Por isso é tão importante o amor à Sagrada Escritura e, em consequência, conhecer a fé da Igreja que nos mostra o sentido da Escritura".

9) Ajudar: ser útil
"Se pensarmos e vivermos inseridos na comunhão com Cristo, os nossos olhos se abrem. Não nos conformaremos mais em viver preocupados somente conosco mesmo, mas veremos como e onde somos necessários. Vivendo e atuando assim dar-nos-emos conta rapidamente que é muito mais belo ser úteis e estar à disposição dos outros do que preocupar-nos somente com as comodidades que nos são oferecidas. Eu sei que vós, como jovens, aspirais a coisas grandes, que quereis comprometer-vos com um mundo melhor. Demonstrai-o aos homens, demonstrai-o ao mundo, que espera exatamente este testemunho dos discípulos de Jesus Cristo. Um mundo que, sobretudo mediante o vosso amor, poderá descobrir a estrela que seguimos como crentes".

10) Ler a Bíblia
"O segredo para ter um 'coração que entenda' é edificar um coração capaz de escutar. Isto é possível meditando sem cessar a palavra de Deus e permanecendo enraizados nela, mediante o esforço de conhecê-la sempre melhor. Queridos jovens, exorto-vos a adquirir intimidade com a Bíblia, a tê-la à mão, para que seja para vós como uma bússola que indica o caminho a seguir. Lendo-a, aprendereis a conhecer Cristo. São Jerônimo observa a este respeito: 'O desconhecimento das Escrituras é o desconhecimento de Cristo'."

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por
OPUS DEI

Novena de São Miguel

Início: Fazer o sinal da cruz
V- Oh! Deus, vinde em meu auxílio.
R- Senhor, apressai-Vos em me socorrer.
Rezar a oração do dia correspondente e as orações finais.
Orações Finais:
Oh! Deus todo poderoso e eterno, que para a salvação do gênero humano enviastes, milagrosamente, a Vossa Igreja o Vosso Gloriosíssimo Príncipe, o Arcanjo São Miguel, concedei-nos o seu socorro salutar e a sua ajuda eficaz contra todos os nossos inimigos, a fim de que, nossa partida deste mundo, obtenhamos de comparecer à presença de Vossa Divina e Santa Majestade.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor.Amém.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, para que não pereçamos no dia do Juízo.
Em seguida reza-se: Um Pai-Nosso a São Miguel, um Pai-Nosso à São Gabriel, um Pai-Nosso à São Rafael e um Pai-Nosso ao nosso Anjo da Guarda.

Primeira graça:
Nós vos pedimos, oh! São Miguel, em união com os santos Serafins, de acender em nossos corações o Santo Amor de Deus, e de nos dar o desprezo e o desgosto pelos falsos prazeres do mundo.
Rezar: Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Segunda graça:
Nós vos pedimos humildemente, oh! Príncipe da Jerusalém Celeste, e Chefe dos Querubins, de vos lembrar de nós, sobretudo quando formos assaltados pelas sugestões do inimigo infernal.
Vitoriosos de satanás, pelo nosso socorro, fazei de nós um sacrifício oferecido ao Senhor.

Terceira graça:
Nós vos suplicamos devotamente, oh! glorioso Campeão do Paraíso e Chefe dos tronos, de jamais permitir que nós, vossos fiéis, sejamos oprimidos pelos espíritos maus do inferno e pelas enfermidades.

Quarta graça:
Prostrados humildemente diante de vós, nós vos rogamos, oh! grande Ministro de Deus, em união com as Dominações, de defender a Cristandade, em todas as ocasiões, e em particular o Soberano Pontífice, aumentando sua felicidade, assim como as graças que lhe são concedidas nesta vida e a glória na outra.

Quinta graça:
Nós vos rogamos, oh! Santo Arcanjo, em união com as Virtudes, de livrar vossos servos das mãos de seus inimigos, conhecidos e desconhecidos, dos falsos testemunhos, das discórdias, de libertar a nossa Pátria e, em particular, nossa cidade da fome, das epidemias, da guerra, dos tumultos, terremotos e tempestades, que o dragão infernal tem o costume de suscitar para nos prejudicar.

Sexta graça:
Nós vos conjuramos, oh! Chefe das Milícias Angélicas, e vos rogamos juntamente com as Potestades, de prover às nossas necessidade, às de nossa cidade, dando fecundidade à terra, concórdia e paz aos chefes cristãos.

Sétima graça:
Nós vos pedimos, oh! Primaz dos Arcanjos, em união com os Principados, de vos dignar nos livrar, a nós vossos servos, assim como o nosso país e a nossa cidade das enfermidades corporais e sobretudo espirituais.

Oitava graça:
Nós vos pedimos, oh! São Miguel, em união com o Coro dos Anjos, de cuidar de nós nesta vida, e, no momento da morte, de nos assistir na hora da nossa agonia, sobretudo, no instante de entregar a alma, a fim de que, vencedores de satanás, possamos usufruir convosco, da bondade Divina, no santo Paraíso.

Nona graça:
Enfim, nós vos rogamos, oh! glorioso Chefe, defensor da Igreja militante e triunfante, de vos dignar, juntamente com os Coros dos Anjos, de nos guardar e defender vossos fiéis, as nossas famílias e aqueles que se recomendaram às nossas orações, a fim de que, levando com o vosso socorro uma vida pura, possamos eternamente usufruir da contemplação de Deus, convosco e com todos os Santos Anjos.

Pequena novena a São Miguel Arcanjo para obter graças
Glorioso São Miguel Arcanjo, o primeiro entre os Anjos de Deus, guarda e protetor da Igreja Católica, lembrando de que Nosso Senhor vos confiou a missão de velar pelo seu povo, em marcha para a vida eterna, mas rodeado de tantos perigos e ciladas do dragão infernal, eis me prostrado a vossos pés, para implorar confiantemente o vosso auxílio, pois não há necessidade alguma em que não possais valer.
Sabeis a angústia porque passa a minha alma.
Ide junto a Maria, nossa Mãe muito amada, ide a Jesus e dizei-lhe uma palavra em meu favor, pois sei que eles nada vos podem recusar.
Intercedei pela salvação da minha alma e, também agora, por aquilo que tanto me preocupa.
(Dizer, como quem conversa, o que desejamos).
E se o que peço não é para glória de Deus e bem da minha alma, obtende-me paciência e que eu me conforme com a vontade divina, pois sabeis o que é mais do agrado de Nosso Senhor e Pai.
Em nome de Jesus, Maria e José, atendei-me.Amém.
Rezam-se nove glórias em ação de graças por todos os dons concedidos por Deus a São Miguel, e aos Nove coros de Anjos.

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por
http://www.oracoes.info

O Sentido das Sagradas Escrituras

As Escrituras sagradas não são apenas livros de história, mas um caminho para conhecer o coração de Deus; deve-se ter o olhar não de quem deseja descobrir dados, mas de quem deseja adentrar no coração de Deus – e o caminho para isso se dá através do Espírito Santo.

Para percorrer esse caminho é preciso clamar a presença do Espírito Santo, consagrando a inteligência e memória;

O curso ira nos proporcionar os passos da Lectio Divina, a leitura orante da palavra de Deus, um meio no qual nos aproximaremos de Deus através das Sagradas Escrituras;

LECTIO DIVINA, O QUE É?
Leitura Orante da de uma passagem das Sagradas Escrituras, feita individual ou comunitariamente, desenvolvida sob a moção do espírito Santo, seguida pela meditação, oração e contemplação.

Surgiu no séc. 12, relacionado a teologia monástica (monges). A partir  de Guido II, abade de Cartuxa, que em 1.188 iniciou e organizou este método. Já para S. Bento, a Lectio Divina é uma ocupação séria e empenhada, assídua e participada. Deve transformar a vida e tornar-se caminho de perfeição.

Podemos, hoje, ter acesso a este método
Lectio: estudo contemplativo da palavra =  devemos ter cuidado para não fazer uma leitura fundamentalista, ou seja, defender com fidelidade absoluta à interpretação literal dos textos religiosos,  (ler ao pé da letra), mas devemos considerar a época, a história. Por exemplo, Jesus citava contextos vividos na época nas suas parábolas, que fazia parte da sua realidade.

Na Leitura da palavra podemos subdividir em:
Sentido Literal: Que significa o que o nome diz, o que o texto diz, os fatos.
Sentido  Espiritual: não só o que o texto diz, mas também as realidades e os acontecimentos que podem ser sinais.
Sentido Alegórico: reconhece a significação dos acontecimentos em Cristo
Sentido Moral: Reconhece a condução para um justo agir de nossa parte;
Sentido Anagógigo: vê as realidades e os acontecimentos na sua significação eterna.

A Lectio é um diálogo: e para um diálogo acontecer, é preciso que duas pessoas se comuniquem, que as duas se entendam.
Solidão Sonora: Segundo São João da Cruz, para ouvirmos a Deus, aquilo que Ele quer nos dizer, é preciso calar os ruídos das vozes que nos invade. E quando nos decidimos por Deus

Três atos fundamentais para o diálogo: Ouvir, responder e contemplar; devemos deixar que a Palavra caia como semente já plantada no coração do homem.

Nem toda leitura da palavra é Lectio Divina. Para isso se faz necessário os quatro passos e se comprometer com que a palavra vai nos falar.

A Lectio deve ser uma verdadeira Teologia de Deus, estudo de Deus, mas vivido e expresso em atos
Para realizar uma boa lectio são necessários alguns recursos:
1 Rezar num local onde já é conhecido, para que você possa entrar em intimidade, silêncio e atenção;
2 Não limitar tempo, pois ele é de Deus;
3 Ir para a oração com a verdade do seu coraçãi, não tentando fugir ou mascarar a realidade;
4 Invocar o Espírito Santo de Deus.

FONTE: WebFórum Shalom

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

"Eu creio em Ti" uma linha para testemunhar nossa fé

Recentemente foi lançada pela Renovação Carismática Católica do Brasil, a campanha “Eu Creio em Ti”. Com o objetivo de exaltar a Santa Cruz, esta campanha serve para que os cristãos sejam mais conscientes da importância deste símbolo tão sagrado. Neste tempo em que muitos querem que os crucifixos sejam retirados de espaços públicos, queremos que aqueles que crêem na salvação vinda pela cruz mostrem este sinal a todos.

Além dos materiais para download através do Portal RCCBRASIL, a Editora RCCBRASIL desenvolveu alguns produtos para testemunharmos nossa fé em diversos lugares. A agenda e o caderno da campanha “Eu Creio em Ti” são belos produtos que podem ajudar a demonstrar sua crença no dia-a-dia: na escola, na faculdade, no trabalho ou em casa.
Além destes dois produtos que estão sendo comercializados, temos disponíveis em nosso portal, uma série de materiais para baixar. Faça o download e os utilize da que possamos mostrar o sinal da nossa salvação em todos os cantos do nosso país e do mundo. Você tem acesso a artes para adesivos, camisetas, fanpage de facebook, facebook pessoal, fundo de tela 1024x768, fundo de tela 1440x900, fundo de tela para celular, fundo de tela para twitter e a marca da campanha.

FONTE: RCC Brasil

Carta convoca jovens sentinelas à Missão Jesus no Litoral JMJ Rio 2013

O coordenador nacional do Ministério Jovem, Márcio Zolin, escreveu uma carta convocação dirigida a todos os jovens carismáticos brasileiros. Nela ele exalta a importância da participação neste grande “Jesus no Litoral” que acontecerá no Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude, em julho de 2013.

Jovens que já participaram desta missão, tanto do Ministério Jovem, quanto do Ministério Universidades Renovadas, são convidados a anunciar o querigma nas praias, comunidades, nas ruas ou onde o Amor de Deus estiver precisando chegar.

Clique aqui e leia a carta de Márcio Zolin na íntegra.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Como deve ser o Ano da Fé?

O papa convocou o Sínodo dos Bispos, no mês de outubro de 2012, que terá como tema: “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”, e que abrirá o “Ano da Fé”que ira até a Festa de Cristo Rei em novembro de 2013. É a Igreja cumprindo a missão que Jesus lhe deu: ‘Ide evangelizar!”.

O Vaticano tem dado orientações de como deve ser este ano em especial. “O Ano da Fé quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé…” A “Congregação da Fé” destaca que hoje é necessário um empenho maior a favor de uma Nova Evangelização (“novo ardor, novos métodos e nova expressão”), para crer, reencontrar e comunicar a fé.

Recordando o 50º aniversário de abertura do Concílio Vaticano II, destaca que no Ano da Fé devem-se encorajar as romarias dos fiéis ao Vaticano, bem como à Terra Santa. O papel especial de Maria no mistério da salvação deverá ser ressaltado, e recomenda também romarias, celebrações e encontros nos maiores Santuários Marianos do mundo.

A Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, deverá ser o evento de destaque dentro do Ano da Fé, uma “ocasião privilegiada aos jovens para experimentar a alegria que provém da fé no Senhor Jesus e da comunhão com o Santo Padre, na grande família da Igreja.”.

Sejam organizados simpósios, congressos e encontros de grande porte, também a nível internacional, que favoreçam o encontro com testemunhos da fé e o conhecimento da doutrina católica. Nesse sentido, o Vaticano pede aos fiéis que se aprofundem no conhecimento dos principais Documentos do Concílio Vaticano II e o estuda do Catecismo da Igreja Católica, o que vale de modo particular “para os candidatos ao sacerdócio”.

O Vaticano deseja que haja celebração de abertura do Ano da Fé e uma solene conclusão em nível de cada Igreja Particular. E, em cada diocese do mundo, deverá ser preparada ua jornada sobre o Catecismo da Igreja Católica.

Também é pedido que neste Ano da Fé os fiéis acolham com maior atenção as homilias, catequeses , os discursos e as outras intervenções do Papa. “Cada Bispo poderá dedicar uma sua carta pastoral ao tema da fé, recordando a importância do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica”.

No período da Quaresma, haja celebrações penitenciais para se pedir perdão a Deus particularmente pelos pecados contra a fé, e que haja maior frequência ao sacramento da Penitência. “As novas Comunidades e os Movimentos eclesiais, de modo criativo e generoso, saberão encontrar os modos mais adequados para oferecer o próprio testemunho de fé ao serviço da Igreja”.

por Professor Felipe Aquino
Escritor e apresentador na TV Canção Nova
FONTE: Revista Canção Nova – Abril 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Papa: Cristo cura o surdo e mudo interiormente para que escute a voz de Deus

Em sua reflexão prévia ao Ângelus deste domingo, o Papa Bento XVI explicou que assim como quando o Senhor cura um surdo-mudo, também o faz para que todo homem, surdo e mudo interiormente por causa do pecado, seja curado e possa escutar  Deus para anunciá-lo aos demais.

O Papa realizou esta reflexão diante dos milhares de fiéis reunidos em frente ao Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, referindo-se ao Evangelho de hoje no qual o Senhor cura um surdo-mudo logo depois de olhar ao céu e pronunciar a palavra "Effatà", que significa "abra-te".

O Santo Padre disse logo que "aquele surdo-mudo, graças à intervenção de Jesus, ‘abriu-se’; antes estava fechado, isolado, para ele era muito difícil se comunicar; a cura foi para ele uma ‘abertura’ para os outros e ao mundo, uma abertura que, partindo dos órgãos do ouvido e da palavra, envolvia toda sua pessoa e sua vida: finalmente podia comunicar e portanto relacionar-se de maneira nova".

"Mas todos sabemos que o fechar do homem, seu isolamento, não depende apenas dos órgãos sensoriais. Existe uma teimosia interior, que concerne o núcleo profundo da pessoa, aquele que a Bíblia chama o ‘coração’".

Isto, prossegue o Papa, é o "que Jesus veio ‘abrir’, liberar-nos, para nos tornar capazes de viver em plenitude as relações com Deus e com os demais. Eis porque dizia que esta pequena palavra, ‘effatà –abra-te’, resume em si toda a missão de Cristo".

Cristo "fez-se homem para que o homem, tocado pelo pecado interiormente surdo e mudo, torne-se capaz de escutar a voz de Deus, a voz do Amor que fala com seu coração, e desta maneira aprenda à sua vez a falar a linguagem do amor, a comunicar com Deus e com os outros".

Por este motivo, explicou Bento XVI, "a palavra e o gesto do ‘effatà’ foram inseridos no Rito do Batismo, como um dos sinais que nos explicam seu significado: o sacerdote, tocando a boca e as orelhas do neo-batizado diz: ‘Effatá’, orando para que este possa escutar a Palavra de Deus e professar a fé. Mediante o Batismo, a pessoa humana começa, por dizê-lo assim, a ‘respirar’ o Espírito Santo, aquele que Jesus tinha invocado do Pai com aquele suspiro, para curar o surdo-mudo".

"Dirigimo-nos agora em oração a Maria Santíssima, cuja natividade celebramos ontem. Por motivo de sua singular relação com o Verbo encarnado, Maria está plenamente «aberta» ao amor do Senhor, seu coração está constantemente à escuta da sua Palavra".

Para concluir o Santo Padre fez votos para que "sua maternal intercessão nos obtenha experimentar cada dia, na fé, o milagre do ‘effatà’, para viver em comunhão com Deus e com os irmãos".

por ACI Digital

Com Cristo e os Mandamentos, para tornar a vida plena e feliz, diz Papa aos carismáticos

O Papa Bento XVI enviou uma mensagem aos participantes da iniciativa “Dez Praças, Dez Mandamentos”, organizado pelo Movimento eclesial Renovação no Espírito Santo.

Com o tema “Quando o Amor dá sentido à vida...”, os carismáticos italianos organizaram este evento em 10 praças de cidades da Itália para celebrar os 40 anos de sua fundação no país.

Em sua videomensagem, o Papa recorda que o Decálogo nos remete ao Monte Sinai, quando Deus entra de modo especial na história de toda a humanidade, doando as «Dez Palavras» que expressam a sua vontade e que são uma espécie de “código ético” para construir uma sociedade em que a relação de aliança com Deus ilumine os relacionamentos entre as pessoas.

Mas o Papa pergunta: “Que sentido têm essas Dez Palavras para nós, no atual contexto cultural, em que o secularismo e o relativismo correm o risco de se tornarem os critérios de toda escolha e nesta nossa sociedade que parece viver como se Deus não existisse?”.
O próprio Pontífice responde que Deus nos doou os Mandamentos para nos educar à verdadeira liberdade e ao amor autêntico, de modo que possamos realmente ser felizes. “Quando o homem ignora os Mandamentos, não somente se afasta de Deus, mas se afasta também da vida e da felicidade duradoura. O homem que se orgulha da própria autonomia absoluta acaba por seguir os ídolos do egoísmo, do poder, do domínio, poluindo as relações com si mesmo e com os outros, percorrendo o caminhos de morte, não de vida. As tristes experiências da História, sobretudo do século passado, permanecem uma advertência para toda a humanidade.”

Jesus, recorda por fim Bento XVI, cumpre plenamente a via dos Mandamentos com sua Cruz e Ressurreição; leva à superação radical do egoísmo, do pecado e da morte, com o dom de Si mesmo por amor.

“Queridos amigos, faço votos de que esta iniciativa suscite um renovado empenho em testemunhar que o caminho de amor traçado pelos Mandamentos e aperfeiçoado por Cristo é o único capaz de tornar a nossa vida, e a dos outros, mais plena, boa e feliz. Que Nossa Senhora acompanhe este caminho.”

O evento promovido pela Renovação no Espírito Santo acompanhará a realização do Ano da Fé, entre 2012 e 2013. Realizar-se-á em dez importantes cidades da Itália, de norte a sul do país. A “Piazza del Popolo”, de Roma, foi a primeira a acolher a iniciativa no sábado, 8 de setembro. A última cidade será Cagliari, na Sardenha. Cada uma das Praças refletirá um dos Dez Mandamentos.

por Rádio Vaticano

A Igreja apoia qual partido político?

Em última palavra: nenhum.

Enquanto instituição, a Igreja não pode de sua parte dar apoio político a ninguém.  De modo ordinário não faz parte de sua natureza apoiar este ou aquele partido, pois a Igreja apóia os interesses do bem comum, e não apenas de uma parcela da população. Todavia, não podemos confundir isto com a Igreja poder ou não, se pronunciar sobre política no que se diz respeito a como escolher melhor o candidato, e tem por obrigação dar pareceres a respeito de matérias em discussão, manifestando-se oficialmente sobre os temas seculares que julgar importante.

A Igreja orienta e conduz seu povo  dando-lhe a mentalidade e a motivação correta para que todos os cristãos e homens de boa vontade possam melhor escolher seus candidatos . Ajudará  através de sua experiência, ensino e doutrina,  a procurar em cada candidato o que é importante a respeito deles, mas não apontando, nem muito menos obrigando ou ordenando em quem votar.  Este auxílio da Igreja trata de promover a consciência política.

Vale a pena ressaltar que não devemos confundir a instituição da Igreja com os seus membros. Estes quais podem sem ser descuido da fé participarem ativamente de política, serem cabos eleitorais, votarem, e mesmo se candidatarem e ser eleitos. A própria Igreja reconhece que é muito importante a participação política efetiva de seus membros. Estes podem em seu próprio nome ou dos ideais da igreja, mas não em nome da Igreja, fazerem campanhas político-partidária.

A Igreja pode de modo excepcional e extraordinário se pronunciar  enquanto instituição a respeito de partidos específicos ou candidatos, caso estes tenham questões gravíssimas que ferem de modo direto pontos extremamente importantes.  Mas é algo raro e muito grave de ela fazer isto. O comum é da Igreja se pronunciar a respeito de concordar ou não com os temas.

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por Frei Gabriel de Santa Maria Madalena, OCD
FONTE: Comunidade Shalom

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Juventude carismática lança projeto de missão para a JMJ-2013

 

O movimento da Renovação Carismática Católica, em sua expressão Jovem, por meio dos Ministérios Jovem e Universidades Renovadas, quer seguir os passos do Bom Pastor ao colocar-se à disposição da Igreja no anúncio do Evangelho durante a Jornada Mundial da Juventude em 2013. Além de participar, a RCC levará 2 mil missionários para abordar as pessoas das comunidades, pontos turísticos e locais de grande concentração de pessoas. A 28ª JMJ acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho do próximo ano na cidade do Rio de Janeiro/RJ com o tema : "Ide e fazei discípulos entre todas as nações." (Mt 28, 19).

Entenda a estrutura da missão
estrutura da missão

A meta é enviar aqueles que já viveram a experiência de missão aos moldes da conhecida 'Missão Jesus no Litoral' ou assim como os seus similares (modalidade de evangelização querigmática, corpo a corpo, abordando as pessoas nos ambientes e etc.). Estes devem levar o anúncio explícito da Boa Nova aos participantes do Brasil e aos peregrinos vindouros de todos os continentes, assim como aqueles os quais serão atraídos pelas tantas iniciativas e atos da JMJ. Estima-se a presença de dois milhões de turistas que poderão ser atingidos indiretamente através do contato no dia a dia.

Para isso serão preparados 2 mil missionários jovens de todos os Estados do Brasil e de outros países. Suas atividades se darão por meio de apresentações musicais, teatros e danças, ações móveis, orientações na área de saúde por profissionais competentes, evangelização nas ruas, praias e praças através de abordagem pessoal e direta, além da visitação em residências da população local.

Estes missionários deverão ter a disponibilidade para a preparação prévia necessária e darão início às atividades no dia 21 de julho na sede nacional da RCC em Canas/SP. Estes seguirão para o Rio de Janeiro no dia 23 quando inicia a JMJ. A missão acontecerá em paralelo com a Jornada até o dia 28 de julho, com atividades em horários diferentes dos atos centrais da JMJ (abertura, chegada do papa, vigília com o papa e missa de envio com anúncio da próxima).

SELEÇÃO, ENVIO, FORMAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE MISSIONÁRIOS

Cada estado da nação brasileira já se comprometeu, por meio da coordenação estadual do Ministério Jovem, com uma quantidade – meta de missionários. Esses números foram indicados e definidos pelo próprio estado e variam de acordo com cada realidade. Vale ressaltar que as vagas disponíveis são limitadas. Seguem alguns pontos fundamentais para a formação do grupo de missionários:

Seleção

A seleção e envio dos missionários serão feitos pela própria coordenação estadual, obedecendo aos requisitos fundamentais que se exige este tipo de atividade missionária e de acordo com a disponibilidade de vagas. Conheça os requisitos:

- Ter, no mínimo, dois anos de atuação na vida paroquial por meio do Grupo de Oração;
- Ter recebido a formação para o discipulado e para anúncio do querigma;
- Ter participado de, no mínimo, uma ação evangelizadora nos moldes da 'Missão Jesus no litoral' e/ou similares, inclusive também as missões realizadas nas dioceses no Brasil que possuem semelhante configuração;
- Ser maior de dezoito anos;
- Ser recomendado à coordenação da missão através de uma carta de envio pela coordenação diocesana da RCC;
- Preferencialmente ser dotado de um segundo idioma;
- Recomendamos também, a participação efetiva nas 'SEMANAS MISSIONÁRIAS', que acontecerão a partir do segundo semestre de 2012 em todas as dioceses onde a RCC está organicamente presente.

Inscrição

A inscrição do missionário será realizada pelo MINISTÉRIO JOVEM da RCC Brasil nas mesmas condições de qualquer outro participante/peregrino da Jornada Mundial, respeitando suas etapas, modalidades, pacotes, categorias e critérios, conforme o sistema de inscrição oferecido pela JMJ RIO 2013.

De acordo com a classificação do Brasil (País A), e tendo em vista os dias que ficaremos em missão no Rio de Janeiro e as estruturas básicas do evento (alojamento, alimentação, seguro, transporte e kit peregrino), estamos inclusos no pacote de valor de R$ 577,60. Acrescentado a este valor, o missionário irá contribuir com uma taxa de R$ 100,00 para fins específicos da missão, uma vez que esta atividade que nós (RCC Brasil) estaremos promovendo é extra às atividades centrais da JMJ.

Sendo assim, nenhum missionário deverá se inscrever pessoalmente no site da JMJ Rio 2013. Todos devem passar suas inscrições para a coordenação estadual do MJ. O pagamento (total de R$ 677,60) será realizado por transferência ou depósito bancário, para uma conta da RCCBRASIL que será disponibilizada para esse fim.

Preparação Dos Missionários

O Ministério Jovem do Brasil articulará junto aos estados e dioceses diversas e periódicas ações em que o jovem missionário será preparado e orientado a respeito das atividades que serão desenvolvidas nessa missão, assim como em tudo que a ela compete. Uma dessas ações será os "simulados", nestes serão aplicados temas e conteúdos que compreendem o discipulado, a missiologia, o querigma, as técnicas de evangelização e a vivência fraterna durante uma ação evangelizadora respectivamente.

Em cada estado haverá uma pessoa referencial, orientada pela coordenação geral da missão, que irá promover e articular essa fase formativa e preparatória junto aos missionários.

FONTE: RCC JOVEM

terça-feira, 4 de setembro de 2012

São José do Seridó inicia festejos de seu padroeiro dia 20

FESTA DE SÃO JOSÉ – 20 a 30 de Setembro de 2012O mês de setembro é repleto de festejos aos padroeiros de diversas cidades que compõe a diocese de Caicó. Na quinta-feira, 20, a Igreja da cidade de São José do Seridó inicia o festejo de seu padroeiro, São José, pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A programação da festa é marcada por celebrações religiosas e momentos de grande fervor da comunidade são-joseense, seguindo o tema: “São José, modelo de virtude no combate ao pecado”. Veja a mensagem do pároco da cidade, Pe. Fabiano Dantas para a festa desse ano:

Queridos paroquianos, visitantes, devotos e devotas de São José,

É tempo de festa! Tempo de nos reencontrarmos como família de Deus e voltarmos nossa atenção para a figura de nosso excelso padroeiro, São José, pai adotivo de Jesus e esposo de Maria Santíssima. Vamos nos irmanar como comunidade de fé e pedir a São José que continue abençoando esse pedaço de chão que leva o seu nome, afastando para longe de nós todos os perigos e malefícios que possam atrapalhar a construção do Reino de Deus entre nós. Que a festa seja um tempo forte de evangelização, uma espécie de retiro paroquial, onde a Palavra de Deus seja ouvida e levada a sério. Nossa reflexão será guiada pela temática dos sete pecados capitais e as virtudes que os combatem, das quais nosso amado padroeiro foi um eminente exemplo. Seja, portanto, uma ocasião propícia para examinarmos a nossa consciência sobre o que Deus quer de nós e como estamos respondendo a essa sua vontade. Desde já, queremos desejar a todos uma feliz festa, com muita paz e alegria!

Em Cristo, Maria e José,

Pe. Fabiano Maurício Dantas
Pároco

 

A programação completa da Festa de São José 2012 pode ser acessada clicando aqui.

O que é “Lectio Divina?

A “Lectio Divina” é uma expressão latina já presente e consagrada no vocabulário católico, que pode ser traduzida como “leitura divina”, “leitura espiritual”, ou ainda como ocorre hoje em nosso país e em vários escritos atuais, como “leitura orante da Bíblia”. Ela é um alimento necessário para a nossa vida espiritual. A partir deste exercício, conscientes do plano de Deus e a Sua vontade, pode-se produzir os frutos espirituais necessários para a salvação. A Lectio Divina é deixar-se envolver pelo plano da Salvação de Deus. Os princípios da Lectio Divina foram expressos por volta do ano 220 e praticados por monges católicos, especialmente as regras monásticas dos santos: Pacômio, Agostinho, Basílio e Bento. O tempo diário dedicado à lectio divina sempre foi grande e no melhor momento do dia. A espiritualidade monástica sempre foi bíblica e litúrgica. A sistematização do método da lectio divina nós encontramos nos escritos de Guigo, o Cartucho, por volta do século XII.

A Lectio Divina tradicionalmente é uma oração individual, porém, pode-se fazê-la em grupo. O importante é rezar com a Palavra de Deus, lembrando o que dizem os bispos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica – que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo. Monges diziam que a Lectio Divina é a escada espiritual dos monges, mas é também de todo o cristão. O Papa Bento XVI fez a seguinte observação num discurso de 2005: “Eu gostaria, em especial, recordar e recomendar a antiga tradição da Lectio Divina, a leitura assídua da Sagrada Escritura, acompanhada da oração que traz um diálogo íntimo em que na leitura, se escuta Deus que fala e, rezando, responde-lhe com confiança a abertura do coração”.  

O Concílio Vaticano II, em seu decreto Dei Verbum 25, ratificou e promoveu, com todo o peso de sua autoridade, a restauração da Lectio Divina, retomando essa antiquíssima tradição da Igreja Católica. O Concílio exorta igualmente, com ardor e insistência, a todos os fiéis cristãos, especialmente aos religiosos, que, pela frequente leitura das divinas Escrituras, alcancem esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo (Fl 3,8). Porquanto, “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo” (São Jerônimo, Comm. In Is., prol).

O método mais antigo e que inspirou outros mais recentes, é que, seja pessoalmente, em comunidade ou no círculo bíblico nós comecemos a reflexão com a Palavra de Deus e que, depois da invocação do Espírito Santo, segue os passos tradicionais: 1- Lectio (Leitura); 2- Meditatio (Meditação); 3- Oratio (Oração) e 4- Contemplatio (Contemplação). Existem outros métodos que, inspirados aqui, procuram ajudar o cristão a acolher em sua vida a Palavra de Deus e a colocar em prática no seu dia a dia. Em nossa 48ª Assembleia dos Bispos do Brasil, celebrada em Brasília de 3 a 13 de maio último, além de tratar como tema central a “Palavra de Deus”, proporcionou aos Bispos, na manhã do domingo, dia 9, um tempo para lerem, meditarem e rezarem com esse método. A mensagem que foi publicada sobre o tema central está baseada justamente nesse clima. Chegou o momento de passarmos a colocar em nossos grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros grupos a Palavra de Deus como fonte de reflexão e inspiração para iluminar a nossa realidade concreta.

Dom Orani João Tempesta,
(Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro)

FONTE: Vocacional – Canção Nova

O que é “Lectio Divina?

A “Lectio Divina” é uma expressão latina já presente e consagrada no vocabulário católico, que pode ser traduzida como “leitura divina”, “leitura espiritual”, ou ainda como ocorre hoje em nosso país e em vários escritos atuais, como “leitura orante da Bíblia”. Ela é um alimento necessário para a nossa vida espiritual. A partir deste exercício, conscientes do plano de Deus e a Sua vontade, pode-se produzir os frutos espirituais necessários para a salvação. A Lectio Divina é deixar-se envolver pelo plano da Salvação de Deus. Os princípios da Lectio Divina foram expressos por volta do ano 220 e praticados por monges católicos, especialmente as regras monásticas dos santos: Pacômio, Agostinho, Basílio e Bento. O tempo diário dedicado à lectio divina sempre foi grande e no melhor momento do dia. A espiritualidade monástica sempre foi bíblica e litúrgica. A sistematização do método da lectio divina nós encontramos nos escritos de Guigo, o Cartucho, por volta do século XII.

A Lectio Divina tradicionalmente é uma oração individual, porém, pode-se fazê-la em grupo. O importante é rezar com a Palavra de Deus, lembrando o que dizem os bispos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica – que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo. Monges diziam que a Lectio Divina é a escada espiritual dos monges, mas é também de todo o cristão. O Papa Bento XVI fez a seguinte observação num discurso de 2005: “Eu gostaria, em especial, recordar e recomendar a antiga tradição da Lectio Divina, a leitura assídua da Sagrada Escritura, acompanhada da oração que traz um diálogo íntimo em que na leitura, se escuta Deus que fala e, rezando, responde-lhe com confiança a abertura do coração”.  

O Concílio Vaticano II, em seu decreto Dei Verbum 25, ratificou e promoveu, com todo o peso de sua autoridade, a restauração da Lectio Divina, retomando essa antiquíssima tradição da Igreja Católica. O Concílio exorta igualmente, com ardor e insistência, a todos os fiéis cristãos, especialmente aos religiosos, que, pela frequente leitura das divinas Escrituras, alcancem esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo (Fl 3,8). Porquanto, “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo” (São Jerônimo, Comm. In Is., prol).

O método mais antigo e que inspirou outros mais recentes, é que, seja pessoalmente, em comunidade ou no círculo bíblico nós comecemos a reflexão com a Palavra de Deus e que, depois da invocação do Espírito Santo, segue os passos tradicionais: 1- Lectio (Leitura); 2- Meditatio (Meditação); 3- Oratio (Oração) e 4- Contemplatio (Contemplação). Existem outros métodos que, inspirados aqui, procuram ajudar o cristão a acolher em sua vida a Palavra de Deus e a colocar em prática no seu dia a dia. Em nossa 48ª Assembleia dos Bispos do Brasil, celebrada em Brasília de 3 a 13 de maio último, além de tratar como tema central a “Palavra de Deus”, proporcionou aos Bispos, na manhã do domingo, dia 9, um tempo para lerem, meditarem e rezarem com esse método. A mensagem que foi publicada sobre o tema central está baseada justamente nesse clima. Chegou o momento de passarmos a colocar em nossos grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros grupos a Palavra de Deus como fonte de reflexão e inspiração para iluminar a nossa realidade concreta.

Dom Orani João Tempesta,
(Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro)

FONTE: Vocacional – Canção Nova

Jovem conta como Palavra de Deus mudou sua vida

A leitura orante da Palavra de Deus é capaz de proporcionar o encontro pessoal com Jesus e uma mudança radical na vida das pessoas. É o que destaca Maria Cecília Rover, assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, em entrevista ao noticias.cancaonova.com.

Segundo ela, a partir dessa experiência verdadeira com Jesus através da Palavra de Deus, a pessoa se engaja profundamente na Igreja e é capaz de, mesmo com os desafios e questionamentos, manter-se firme nos valores que são os valores evangélicos. 

Márcio Ribeiro, 31 anos, da cidade de Cascavel, no Paraná, experimentou essa transformação em sua vida a partir do momento em que começou a ler a Bíblia diariamente.

Ele conta que antes mesmo de ter tido uma experiência pessoal com Deus, começou a ler a Bíblia aos 17 anos como uma forma de "descansar a mente das leituras dos livros de vestibular", e aos 21 anos, após ter um "encontro especial com Jesus" - como ele descreve-, passou a lê-la todos os dias, até hoje.

"A mudança que ocorreu em minha vida foi significativa porque pude entender o plano de salvação que o Senhor tem para o mundo e para a minha vida, pude ainda perceber o quanto Deus me ama, conhecer as suas promessas e o que mais gosto de dizer é o quanto eu me tornei uma pessoa melhor, mais humana, compreensiva comigo mesmo e com aquele que está ao meu redor. A leitura da Bíblia aumentou em mim a concentração e desenvolveu o meu raciocínio", explica Márcio.

Maria Cecília afirma que a Igreja tem consciência desses frutos da leitura constante da Sagrada Escritura, tanto que ela está trabalhando para que a "Palavra de Deus seja colocada como centro da vida e da ação da Igreja".

"Não há nenhuma ação da Igreja que não deva ser alimentada, iluminada pela Palavra de Deus. Ela suscita, alimenta a vida pessoal e também a vida de toda pastoral da Igreja", destaca a assessora da comissão bíblico-catequética.

Mas o que fazer quando não se consegue compreender a Palavra de Deus?
Márcio recorda que nas primeiras vezes em que leu a Bíblia entendeu poucas coisas, mas por persistência, lia assim mesmo. "Sempre fui teimoso e não gostava de me sentir vencido", relata.

Márcio Ribeiro durante uma pregação. Atualmente ele coordena o Ministério de Pregação da RCC em Cascavel (PR)

Tempos depois foi à Paróquia que frequentava à procura de informações que o ajudassem a entender melhor a Bíblia. Começou a assistir o programa Escola da Fé, com o Prof. Felipe Aquino, e a partir das orientações do seu pároco adquiriu o livro "A Bíblia no meu dia a dia", de Monsenhor Jonas Abib. "Essas ferramentas foram sendo instrumentos eficazes na minha vida e me ajudando a superar as dificuldades", recorda Márcio.

E o esforço gerou frutos. Hoje Márcio é o coordenador do Ministério de pregação da Renovação Carismática Católica (RCC) na cidade de  Cascavel. Casado há apenas seis meses, continua fazendo seu diário espiritual, onde escreve suas experiências diárias com a Palavra de Deus e ali consegue constatar os cuidados e a fidelidade de Deus para com ele.

Essa formação cristã para o entendimento e a interpretação correta da Sagrada Escritura é, para a assessora da Comissão da CNBB, uma das funções da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética. E uma das orientações que a Igreja dá às pessoas que sentem dificuldades é que elas procurem estudar a Bíblia em comunidade.

"Qualquer agente de pastoral, qualquer cristão, na verdade, deve aproximar-se da Palavra de Deus para conhecê-la, e se há dificuldade de conhecê-la individualmente é porque realmente a Palavra de Deus é feita para ser estudada em comunidade, vivida em comunidade", afirmou Maria Cecília.

Ela destaca que a Igreja sugere o método da Lectio Divina, com seus quatro passos: leitura, meditação, oração e contemplação. Ela salienta ainda que "estudo é fundamental, mas a oração [com a Bíblia] também é fundamental. Para conhecer melhor e para entender e ser capaz de interpretar corretamente a Sagrada Escritura é necessário o estudo e a oração com a Palavra de Deus".

FONTE: Canção Nova Notícias