segunda-feira, 30 de junho de 2014

RCC e Catequeses promovem "Arraiá Paroquiá" no Centro Paroquial

Promovido pela Renovação Carismática Católica, Catequese de 1ª Eucaristia e Catequese de Crisma, o "Arraiá Paroquiá" foi realizado neste sábado (28) no Centro Paroquial.


O evento contou com uma programação diversificada, com brincadeiras, quadrilhas, casamento matuto, quadrilha improvisada e sorteios.

Fonte: Blog do Davi

Amar-se para amar…


love
O mais fascinante no cristianismo é que Cristo não apenas nos salvou, mas também nos ensinou a amar. Ensinou-nos a sermos pessoa. Amar é a grande missão que temos que viver, e nisso está o processo que nos torna gente, ser humano e pessoa de verdade. Salvou-nos amando! E amando até o fim!
Criados no amor e para o amor, esta é a nossa essência. Sim! Aquilo que temos de mais profundo, que nos diferencia de todos os outros seres criados. E não dá para ser caricatura, temos que ser de verdade e pra valer.
Por muito tempo, eu parava no segundo mandamento e pensava: “Tá, o segundo mandamento diz: ‘Amar o próximo como a si mesmo’, mas tem tanta gente que se ‘ama’ de forma tão ruim que se for amar os outros será um desastre total e beirará a um filme de serial killer com direito a muito sangue dentro e fora da tela”.
Esse meu pensamento parece estranho, mas sem dúvida há muita gente que não tem amor próprio. Ao mencionar isso, minha intenção não é fazer apologia ao narcisismo, e sim chamar a atenção para nos cuidarmos, nos possuirmos mais, e assumir que somos presente, dom. Quando nos esquecemos disso, nos ferimos muito e até mutilamos o belo em nós, o lindo que Deus fez.
Há quanto tempo você não se olha no espelho e diz: “Eu te louvo porque me fizeste maravilhoso; são admiráveis as tuas obras; tu me conheces por inteiro” (Sl 139,14). Sim, este salmo é pra você. Cara, Deus te fez. Ele te criou. Você é um presente, um dom. És maravilhoso!
Não se trata de uma filosofia barata de auto-ajuda que cita palavras do tipo: “Pense positivamente que acontecerá”, cujo objetivo é massagear seu ego e ganhar seu aplauso. Não, absolutamente não. É nossa mais pura verdade. Se não nos amamos, tornamo-nos vítimas para qualquer um entrar e fazer o que bem quiser conosco! Não sou PRAÇA PUBLICA. Você não é praça pública. (No livro Santos de Calça Jeans há um capítulo que fala  sobre isso. Que tal lê-lo?).
Portanto, se não nos amarmos, será impossível amar o outro e trilharemos um caminho de completa frustração. Jesus sabia muito bem disso, por isso criou o mandamento: “Amar o outro como a si mesmo”. Em outras palavras, é necessário se amar para então ir em direção ao outro e amá-lo. Caso contrário, nos machucaremos; o vazio será um resultado e a infelicidade nossa companheira de estrada!
Trecho do livro ‘Quero um Amor Maior’ de Adriano Gonçalves

Somos chamados a fazer a diferença

Vós, porém, sois uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis as virtudes daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa. Vós que outrora não éreis seu povo, mas agora sois povo de Deus; vós que outrora não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia."
Deus o escolheu, você é uma pessoa eleita por Ele, é fruto de uma escolha. No entanto, pode questionar a razão da escolha d'Ele, por achar que você não tem nada de bom. Outras vezes, até julga essas tais escolhas do Senhor, pois se acha muito melhor e superior aos outros.
Deus sonhou com você e o fez uma pessoa diferente. Já parou para pensar que até mesmo dentro da sua casa você se percebe diferente? A escolha do Senhor sobre você não é em função das suas qualidades; Ele o escolheu, porque se apaixonou por você. 
Nós, que fomos batizados, somos chamados a ser, diante do Pai, um sacerdote; não um sacerdote ministerial, mas aquele que, diante de Deus, se oferece em sacrifício, em súplicas e lágrimas, muitas vezes em favor de um povo. O sacerdote de Cristo é aquele que ora. Se, hoje, você tem uma causa que traz em suas orações, como a intercessão aos seus familiares, saiba que você tem vivido esse sacerdócio em sua família.
É interessante essa situação a que nos submete o Espírito Santo. Nós somos, muitas vezes, os piores da nossa casa, mas nos preocupamos muito mais com os outros do que com nós mesmos; por isso Deus nos chamou a viver esse sacerdócio. Mesmo entre lágrimas, somos capazes de rezar pelo outro. 
Na qualidade de sacerdote, podemos oferecer súplicas aos outros, intercedemos por eles. Você pode não somente rezar por um ente querido, como também oferecer a Deus sacrifícios e súplicas em favor deles.
Saiba que Deus tem ouvido as suas orações. Santidade não é uma meta alcançada, mas um caminho a percorrer! Somos pecadores, mas quando nos colocamos nesse caminho, mesmo que caiamos, nós nos levantamos pela força que temos em Cristo Jesus.
Nós precisamos espalhar amor onde quer que estejamos. Há muita gente agindo pelo desespero, mas nós precisamos fazer a diferença. Você foi escolhido por Deus para fazer o bem. Nós somos pessoas cheias do Espírito Santo. Nós devemos optar pelo bem sempre.
Quando nos revestimos de alguma coisa, assumimos aquilo para nós. Isso acontece com as marcas ou algum estilo de moda que escolhemos. Nossas escolhas refletem aquilo que interiormente sentimos. A moda, muitas vezes, nós leva a escolher o mal, porque, quando nos revestimos dela, ficamos longe da vontade de Deus. Não podemos ter vergonha de ser bom nem podemos ser vingativos, buscando dar o troco em alguém que nos fez mal.
Devemos nos reconhecer bons e querer ser bom. Não podemos assumir coisas incoerentes nem valores ruins. Queira Deus! Santo não é aquele que não erra, mas aquele que escolhe amar e ser do bem.
A moda que nunca sai de moda é o amor. Ser santo é ser do amor. A maior das escolhas acontece em meio aos pequenos detalhes e às renúncias do dia a dia.
Márcio Mendes

Membro da Comunidade Canção Nova.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Ser cristão é pertencer à Igreja e viver nela, diz Papa

catequese papa_pertença à Igreja
Da Redação, com Rádio Vaticano
A pertença do cristão à Igreja foi o tema da catequese do Papa Francisco, nesta quarta-feira, 25, na Praça São Pedro. O Santo Padre segue com o ciclo de catequeses sobre a Igreja.
O cristão não está isolado, cada um vivendo sua identidade por conta própria, explicou Francisco. “Se o nome é ‘sou cristão’, o sobrenome é ‘pertenço à Igreja’. A nossa identidade é pertença.”
O Santo Padre atentou para o sentimento de gratidão que deve perpassar a vida do cristão, de forma que ele saiba reconhecer o trabalho feito por aqueles que o precederam e o acolheram na Igreja. Isso porque ninguém se torna cristão sozinho, em um laboratório, mas sim fazendo parte de um povo.
“Se nós acreditamos, se sabemos rezar, se conhecemos o Senhor e podemos escutar a sua Palavra, se O sentimos próximo e O reconhecemos nos irmãos, é porque outros, antes de nós, viveram a fé e, depois, a transmitiram a nós”.
O Santo Padre destacou o papel dos pais e de outros familiares na transmissão da fé. No caso de Francisco, ele disse que se lembra sempre de uma freira que lhe ensinou o Catecismo. “Esta é a Igreja: uma grande família, na qual se é acolhido e se aprende a viver como crentes e como discípulos do Senhor Jesus”.
Esse caminho pode ser vivido, segundo Francisco, não somente graças a outras pessoas, mas também junto com outras pessoas. “Na Igreja, não existe o ‘agir por si’, não existem jogadores na função de ‘líbero’. Quantas vezes, o Papa Bento descreveu a Igreja como um ‘nós’ eclesial!”.
O Pontífice concluiu pedindo a Nossa Senhora a graça de jamais cair na tentação de pensar que se pode prescindir dos outros e da Igreja, salvando-se sozinho. “Pelo contrário, não podemos amar a Deus sem amar os irmãos fora da Igreja; não se pode estar em comunhão com Ele sem estar em comunhão com a Igreja, e não podemos ser bons cristãos se não junto com todos aqueles que tentam seguir o Senhor Jesus, como um só povo, um único corpo.”
Devido ao calor e à ameaça de chuva, Francisco saudou os doentes antes do início da audiência, na Sala Paulo VI, rezando com eles uma Ave-Maria.
Na Praça São Pedro, ele falou para mais de 40 mil peregrinos nesta que é a última catequese de junho. Com o tradicional período de repouso, no verão europeu, agora em julho, Francisco retoma as audiências gerais em agosto.

Amar…

amar
Você já se questionou em relação a sua existência? Você acredita que sua vida é fruto do acaso ou um sonho de Deus? Afinal, para que Deus criou o mundo?
No parágrafo 48 do YOUCAT responde essa pergunta afirmando que: “O mundo foi criado para a glória de Deus. Não há outro motivo para a Criação que não seja o amor. Nela se manifesta a majestade e a glória de Deus. O amor é a razão de nossa existência e por isso todos temos a vocação de amar.
Existem pessoas que são fáceis de se deixarem ser amadas, mas tem pessoas que são difíceis.Madre Teresa de Calcutá diz: “É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado. Assim como as pessoas boas merecem nosso amor, as pessoas ruins precisam dele” O convite que Deus nos faz é amar justamente as pessoas mais difíceis e principalmente os inimigos.Amai a vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.” (Mt 5, 44).
Lembre-se que ninguém é perfeito e até você pode ser uma pessoa difícil de ser amada. Julgue menos e ame mais. Pois “o amor transforma dias frios numa linda expectativa de dias melhores”.
Deus abençoe,
Fernanda Soares,da Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Eduque seus filhos com valores

 Temos de ensinar nossos filhos a terem valores
Eduque seus filhos com valoresÉ um comportamento muito comum das famílias criar expectativas em torno do futuro dos filhos. O sonho e a necessidade dos pais de vê-los na Universidade, bem sucedidos e felizes, acabam por negligenciar o tempo para educá-los por meio de uma espiritualidade capaz de fortalecer as relações, as escolhas e as decisões deles.
Compra-se livro, papel e caneta, Iphone e celular. Compra-se e paga-se tudo, porque nada (cheio de tudo) pode faltar para os filhos. “Dou aos meus filhos tudo que não tive”.
Vamos, então, ao começo. Vamos nos lembrar da época do enxoval. Primeiro, decide-se se será rosa ou azul, se vai colocar o berço no quarto dos pais ou não, escolhe-se quem será a madrinha e quando e onde será o batizado. A rotina da casa muda por completo, o que era calmo passa a ficar agitado, quem dormia à noite toda não dorme mais e, assim, tudo vai sendo adaptado por conta da chegada do bebê. E o pequenino ocupa tanto o centro da casa que ninguém mais viaja nem sai para passear. Os pais deixam, muitas vezes, de ir à igreja, ao cinema… As mudanças não param por aí. É preciso decidir também qual será a primeira escola, o preço da mensalidade, quem será a professora e com quem ele ficará quando os pais saírem para trabalhar.
Quase nunca se escuta: temos de ensinar o nosso filho a respeitar os mais velhos, a conviver bem com os outros, a falar a verdade, a guardar com carinho os seus pertences, a ter um encontro com Deus. São reflexões que precisam ser feitas a fim de estar preparado e disponível para o filho, seja ele uma criança, um adolescente ou um jovem adulto a desenvolver o gosto pelos estudos, o respeito por si mesmo e pelo outro. O filho precisa desenvolver os princípios da boa convivência e cultivar o amor à sua própria vida, cuidando da sua saúde biopsicossocial e espiritual.
Por meio dos estímulos e dos modelos de comportamento encontrados no ambiente, em casa, na escola e na sociedade, os filhos vão desenvolver sua espiritualidade. Aprenderão a amar seus pais, a cuidar deles e a respeitá-los até a velhice; aprenderão a gastar o necessário e viver com leveza em contato com a arte, com a cultura e com as pessoas. Terão ocupações com o trabalho, com os estudos, com o lazer e com a fé.
Fiz essas considerações a partir da minha experiência como mãe e do conceito sobre espiritualidade que construí durante a minha vida. A pergunta para nortear a nossa espiritualidade deverá sempre ser esta: “Quem eu sou no lugar onde estou?”, “Para onde eu quero ir e com quem?”.
Caro leitor e leitora, você, que está lendo este texto, poderá pensar na educação do seu filho a partir da sua espiritualidade. Os pais precisam educar os filhos com o pulso do amor e da autoridade, do critério da excelência; o que é bem diferente de conduzir uma educação pautada no autoritarismo, na indiferença e no abandono. Educar com espiritualidade é proporcionar bem-estar ao filho.
Os pais se deixam contaminar pelas consequências do relativismo do mundo moderno e acabam por não tirar proveito da sua própria história, arriscando-se a viver como muitos intelectuais empobrecidos pensam: “Quando ele estiver crescido, escolherá o que vai comer, que religião vai professar e em que escola vai querer estudar, porque meu filho tem de ter liberdade”. Que engraçado! Ele pode ter liberdade e não pode desenvolver a sua espiritualidade? Como ter liberdade sem aprender a escolher e decidir? Como seguir o que não conhece? O que nunca lhe foi apresentado?
Ao fazer esses questionamentos, gostaria de motivá-lo, querido leitor, a pensar na espiritualidade de uma maneira ampla e profunda, desassociada da religiosidade. Com certeza, esses conceitos irão se encontrar, pois é impossível uma religiosidade sem espiritualidade. Mas é possível tratar de espiritualidade sem estar focado na religiosidade. A especialista em educação Mimi Doe afirma: “A espiritualidade é a base a partir da qual nascem a autoestima, a ética, os valores, a sensação de fazer parte de algo. É a espiritualidade que determina o sentido e o significado da vida”.
A educação nesses moldes precisará oferecer aos filhos um ambiente do qual eles participem e estejam preparados para o diálogo, para a convivência e para fazer o bem. Um ambiente que ofereça abraço e elogios quando necessários, que o outro seja reconhecido pelo que ele acerta, pelo que faz de bom. Será por meio da ação e do compromisso em conviver bem que os filhos poderão desenvolver uma espiritualidade fortalecida nos valores.
Não se cresce para, um dia, ser espiritualizado. Viver assim é uma opção. De acordo com Mimi, “resgatar esse sentimento de educar filhos pode ser, ainda hoje, um verdadeiro milagre. Não, não é nada esotérico nem específico dessa ou daquela religião. Ao contrário, abrir um espaço para a espiritualidade na relação com as crianças é fazer coisas simples, como criar um ambiente agradável e receptivo na hora do jantar ou marcar um dia por mês para um ‘estar em família’ diferente“.
Considerei importante apresentar alguns dos princípios que nos ajudarão a praticar, juntamente com os nossos filhos, a alegria espontânea, criativa e livre que caracteriza a espiritualidade inata de uma criança, baseados nos princípios de Mimi Doe, produtora de televisão premiada e cofundadora da Pink Bubble Productions, uma empresa que se dedica a desenvolver programas sem violência para crianças:
1. Deixe de lado os seus velhos programas de educação, os erros cometidos por seus pais, os “deveres” e “obrigações” que foram se infiltrando no seu jeito de educar. Você é você mesmo e seu filho é ele mesmo. Vocês dois foram reunidos por Deus por algum motivo. Acredite, você e seu pequeno foram, literalmente, feitos um para o outro.
2. Ensine seu filho a desenvolver a concentração no pensar. Use como exemplo uma lanterna ou um foco de luz cortando a escuridão. Os pensamentos dele são como esse raio de luz atravessando o universo, juntando e iluminando os seus desejos. Essa imagem vai ajudar seu filho a entender que nossos pensamentos podem provocar grandes mudanças na nossa vida.
3. Busque o maravilhoso fora do trivial. Celebre junto com ele os fatos admiráveis de cada dia. Invente rituais, motivos para celebrar, encha sua casa com música, dance, caminhe na chuva. Se faltar ideias, tome emprestadas algumas fantasias de seu filho. Com certeza, ele vai adorar compartilhar esses tesouros com você.
4. As palavras são importantes. Use-as com cuidado. Em geral, elas refletem nosso jeito de estar no mundo. Institua em sua casa a regra de não permitir rebaixamentos nem zombarias. O deboche é um meio seguro de arrasar o espírito.
5. Faça de cada dia um novo começo. Por pior que tenha sido o dia de hoje, amanhã é um novo dia e ninguém sabe ou pode garantir o que ele vai trazer. Dê de presente para seu filho um dia cheio de possibilidades, um dia sagrado. Um dia para ser saboreado minuto a minuto, intensamente. Agora, sim, podemos concluir essa reflexão falando de religiosidade. Com tamanha espiritualidade, impossível não ver Deus em todas as coisas e sentir-se parte d’Ele. Mais uma vez, viver assim é uma decisão.

Fonte: Canção Nova

O uso da tecnologia por crianças e adolescentes e seus riscos

Todos os extremos costumam fazer mal a quem adota tais hábitos, como o excesso ou a falta de alimentos e de água, o excesso de velocidade com o carro. Com a evolução da tecnologia e a facilidade de acesso a ela, um novo questionamento surge em casa: “Qual o risco dessa crescente exposição aos dispositivos de mídia?”. Tablets, notebooks, TVs, celulares… Todos os equipamentos são parte da nossa vida, mas podem e precisam ser melhor utilizados por nossas famílias.
O uso da tecnologia por crianças e adolescentes e seus riscos
Crianças têm facilidade de adaptação e aprendizado; na verdade, elas interagem mais rapidamente com a tecnologia, porque, muitas vezes, encontram os adultos fazendo uso desses equipamentos e aprendem por observação.
Pesquisas científicas mostram um aumento no risco de vários problemas emocionais e neurológicos frente ao uso superior a quatro horas diárias dessas tecnologias. Quanto menor a idade, menos tempo é indicado para o uso de tecnologias. Mas o que encontramos é uma realidade bem diferente dessa.
Quais os riscos envolvidos? Tais pesquisas revelam que os principais prejuízos são: sensação de solidão, depressão, obesidade, ansiedade, baixa autoestima e aumento de agressividade. As pesquisas, em diversas universidades de renome, indicam que boa parte dos adolescentes que costumam passar muito tempo conectados sentem desânimo, tristeza ou depressão pelo menos uma vez por semana. Este sentimento de vazio pode ser potencializado em uma casa onde todos, nos momentos de possível convivência, encontram-se “conectados” e “isolados” em seu “mundo”.
Todos, em casa, estão com seus celulares, tablets e computadores, muitas vezes, num mesmo ambiente, mas com “zero interação”. Não existem jantares e conversas à mesa. Pouco se fala. Eles não contam suas histórias de vida, não falam sobre o que se passou com eles naquela semana e coisas do tipo.
Existe, então, um risco físico? Estudos mostram que o cérebro superexposto a essas tecnologias pode ter um déficit em seu funcionamento tanto em execução quanto em atenção, pode sofrer com atrasos no aprendizado, raiva expressiva, maior impulsividade, dificuldade de concentração dentre outros. (Small 2008, Pagini 2010). Questões de concentração e memória (sem concentração é mais complicado armazenar dados em nosso cérebro) acontecem, porque o cérebro toma atalhos até o córtex frontal para lidar com tal rapidez de informações. (Christakis 2004, Small 2008). Logo, se uma criança tem dificuldade na concentração, também terá dificuldade em aprender. Nesse sentido, podemos pensar que essa seja uma das causas do aumento de casos de déficit de atenção e hiperatividade entre crianças, especialmente.
O caminho não é a proibição do uso, mas a consciência dele e sua adequação para cada faixa de idade, lembrando que o apego ao uso de tecnologia pode levar a prejuízos desnecessários. Carinho, amor, interação social, contato e outras atividades fazem parte do nosso desenvolvimento saudável.
Como a tecnologia tem sido usada por você e por sua família? Pense nisso!
Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Namoro e amor


Mas, afinal, o que é amar? O que leva muitos casamentos ao fracasso é a noção falsa que se tem do amor hoje. Há no ar uma “caricatura” do amor. Amor não é egoísmo; isto é, preferência por mim, mas pelo outro. Amar não é gostar; gostamos de coisas, amamos pessoas. Se você treme de paixão diante de uma menina, e lhe diz: “eu te amo”, esteja certo de que você está mentindo, pois esta tremedeira é sinal de que você quer saciar o seu ego desejoso de prazer.
Isto não é amor, é paixão carnal, é egoísmo. Amar é muito mais do que isso, pois não é satisfazer a si mesmo. Amar não é apoderar-se do outro para satisfazer-se; é o contrário, é dar-se ao outro para completá-lo. E para isto é preciso que você se renuncie, se esqueça. Você corre o risco de, insatisfeito, querer apaixonadamente agarrar aquilo que lhe falta; e isto não é amar. Assim o amor morre nas suas mãos.
Você só começará a compreender o que é amar,  quando a sua vontade de fazer o bem ao outro for maior do que a sua necessidade de tomá-lo só para si,  para satisfazer-se. Para amar de verdade, será preciso uma longa preparação, porque somos egoístas. Se você não aprender de verdade a amar, poderá construir um lar oscilante e de paredes frágeis, que poderão não suportar o peso do telhado.
As paixões sensíveis da adolescência não são o autêntico amor, mas a perturbação de um jovem que encontra diante de si os encantos e a novidade da masculinidade ou da feminilidade. Amar é dar-se, ensina-nos Michel Quoist.
Mas para que você possa verdadeiramente dar-se a alguém, você precisa primeiro “possuir-se”. Ninguém pode dar o que não possui. Se você não se possui, se não tem o domínio de si mesmo, como, então, você quer dar-se a alguém? Como você quer amar? Amar não é “ser fisgado” por alguém,  “possuir” alguém, ou ter afeição sensível por ele, ou mesmo render-se a alguém.
Amar é, livre e conscientemente, dar-se a alguém para completá-lo e construí-lo. E isto é mais do que um impulso sensível do coração; é uma decisão da razão. Amar é uma decisão. E a decisão não é tomada apenas com o coração, empurrado pela sensibilidade. A decisão é tomada com a razão. O seu  egoísmo é o seu tirano! A autenticidade do amor se verifica pela cruz. Todo amor verdadeiro traz o sinal do sacrifício. E é através desse sinal que você identifica o verdadeiro amor e o falso. Não há amor sem renúncia. Não foi isto que Jesus nos ensinou? “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Ele mandou amar, mas amar “como Eu vos amo”. E como Ele nos amou? Até à cruz!

Prof. Felipe Aquino
Do site Aleteia

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Na correria, um tempo para Deus



O que direi não é novidade. Atualmente, a vida é muito corrida para nós jovens. Acordamos “no susto”, tomamos o café da manhã apressadamente e nos vestimos para os afazeres. Trabalhamos intensamente durante o dia; no momento dos estudos, a preguiça bate à porta ou o cansaço já tomou conta de nós. No fim de semana, para os alunos dedicados, geralmente boa parte do tempo é destinado aos livros. Qual rapaz ou moça não se vê em algumas dessas situações ou até em outras parecidas?
A juventude encontra-se afogada em atividades. Aqueles que buscam Deus de todas as formas, que lutam incansavelmente para vencer o pecado, com certeza já se perguntaram: “Como posso melhorar meu relacionamento com o Senhor? Quero subir degraus de santidade!”.
Para os determinados, apresento propostas que são caminhos para explorarmos e vermos quais são os mais adequados para os variados contextos. A princípio, pode-se partir do excesso. Em muitas oportunidades, parar para observar coisas descartáveis ou irrelevantes. Um exemplo é a internet. Esta geração está conectada, viciada na web de modo geral. Analise seu caso: “Estou utilizando meu tempo útil para algo sem objetivo?”. Isso também pode ser contextualizado em outros casos como a TV, a leitura e outros lazeres. É preciso deixar claro que nem tudo na internet é ruim, por isso é preciso ser consciente nas decisões. Como São Paulo diz: “Nem tudo me convém”.
A partir disso, verifique: “Qual é meu tempo disponível?”. Podem ser viagens de ônibus, de trem, intervalos durante ou após o trabalho e os estudos, antes do jantar… Enfim, qual é o seu momento oportuno? Há três contextos principais: mau uso do tempo, tempo disponível e tempo ocioso. Logicamente, as situações se estendem, tomando diversas formas.
Diante disso, como trabalhar em prol da amizade com Deus? Ore, peça ao Senhor uma luz, apresente a Ele seu interesse. Aos poucos, eles serão descobertos, e aqueles minutos que você dispõe serão bem utilizados para a oração do terço mariano ou da providência, para uma conversa franca com Deus ou, quem sabe, destinados à leitura da Palavra.
Apresentando tudo isso ao Senhor, grifo outra ideia: não se cobre tanto. Deus se contenta, cada vez mais, com seu esforço diário. Apesar disso, não se acomode.
Com certeza, muitas conquistas e forças virão dessa garra e, gradativamente, o seu tempo e as coisas terão um jugo mais suave. “Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas” (Mt 11, 29).

Aguente firme e vá adiante!
Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A felicidade dos namorados está na grandeza da alma


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Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro
Já vai muito longe o tempo em que os pais arranjavam os casamentos para os seus filhos. Se você quer encontrar alguém terá que procurá-lo. Normalmente, é no próprio ciclo de amizades e ambiente de convívio que os namoros começam. Sabemos que o ambiente molda, de certa forma, a pessoa; logo, você deverá procurar alguém naquele ambiente que há os valores que você preza. Se você é cristão, então, procure entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens, entre outros, a pessoa que você pro cura.
O namoro começa com uma amizade, que pode ser um pré-namoro que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou “fisgado” pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo. Sinta primeiro, por intermédio de uma pura amizade, quem é a pessoa que está à sua frente. Talvez já nesse primeiro relacionamento amigo você saberá que não é com essa pessoa que você deverá namorar. É o primeiro filtro, cuja grande vantagem é não ter ainda qualquer compromisso com o outro, a não ser de amigos.
Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro. Especialmente hoje, com a maior abertura do país, logo as famílias são também envolvidas, e isso faz o namoro se tornar mais compromissado. Se você não explorar bem o aspecto saudável da amizade, pode ser que o seu namoro venha a terminar rapidamente porque você logo se decepcionou com o outro. Isso poderia ter sido evitado se, antes, vocês tivessem sido bons amigos. Não são poucas as vezes em que o término de um namoro envolve também os pais dos casais, e isso nem sempre é fácil de ser harmonizado.
O namoro é o encontro de duas pessoas, naquilo que elas são e não naquilo que elas possuem. Se você quiser conquistar um rapaz só por causa da sua beleza ou do seu dinheiro, pode ser que amanhã você não se satisfaça mais só com isso. Às vezes uma pessoa simpática, bem humorada, feliz supera muitos que oferecem mais beleza e perfeição física que ela.
Infelizmente, a nossa sociedade troca a “cultura da alma” pela “cultura do corpo”. A prova disso é que nunca as cidades estiveram tão repletas de academias de ginástica, salões de beleza, cosméticos, cirurgias plásticas, etc., como hoje. Investe-se ao máximo naquilo que é a dimensão mais inferior do ser humano – embora importante – o corpo. É claro que todas as moças querem namorar um rapaz bonito, e também o mesmo vale para os jovens, mas nunca se esqueça de que o mais importante é “invisível aos olhos”.
O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho com o passar do tempo. Aquilo que você não vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu bom coração, a sua tolerância com os erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isso tudo não passará, isso o tempo não poderá destruir. É o que vale.
Se você comprar uma pedra preciosa só por causa do seu brilho, talvez você compre uma “joia” falsa. É preciso que você conheça a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que “nem tudo que reluz é ouro”. Se você se frustra no plano físico, poderá ainda se realizar nos planos superiores da vida: o sensível, o racional e o espiritual. Mas, se você se frustrar nos níveis superiores, não haverá compensação no nível físico, porque ele é o inferior, o mais baixo.
A sua felicidade não está na cor da pele, no tipo do seu cabelo e na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Você já reparou quantos belos e belas artistas terminam de maneira trágica a vida? Nem a fama mundial, nem o dinheiro em abundância, nem os “amores” mil, foram suficientes para fazê-los felizes. Faltou cultivar o que é essencial; aquilo que é invisível aos olhos. Tenho visto muitas garotas frustradas porque não têm aquele corpinho de manequim, ou aquele cabelo das moças que fazem as propagandas dos “Shampoos” ; mas isto não é o mais importante, porque acaba.
A vida é curta – mesmo que você jovem não perceba – e, por isso, não podemos gastá-la com aquilo que acaba com o tempo. Os homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que vencessem os séculos. Ainda hoje você pode ver as pirâmides de 4000 anos do Egito, o Coliseu romano de 2000 anos, e tantas obras fantásticas. Mas a obra mais linda e mais duradoura é aquela que se constrói na alma, porque esta é imortal. Portanto, ao escolher o namorado (a), não se prenda nas aparências físicas, mas desça até as profundezas da sua alma. Busque lá os seus valores.
Prof. Felipe Aquino

É preciso ser carismático vinte quatro horas por dia


Hoje, para nós Igreja Católica, esta precisa ser uma de nossas maiores solenidades. Estamos oficialmente celebrando o nascimento da Igreja una, santa e católica. O Papa Leão Magno afirma que a solenidade de hoje deve ser celebrada como uma das festas mais importantes. 
Para os judeus esta festa tinha o nome de Festa da Colheita, Festa das Tendas, Festa de Pentecostes e, hoje, precisamos continuar celebrando Pentecostes. Como o Papa Francisco tem nos indicado, precisamos sair, ir ao encontro dos irmãos e anunciar o Senhor. 
Se acompanharmos os textos bíblicos, veremos hoje que, na Festa de Pentecostes, Pedro, tomado pela efusão, pela graça do Espírito Santo, faz o primeiro anúncio querigmático. Todos os anos se celebrava a Festa de Pentecostes. A Bíblia nos diz que, reunidos, eles celebrariam Pentecostes como tradicionalmente o faziam, mas, de repente, veio do céu um barulho, um vento impetuoso com línguas de fogo, que encheram aquele lugar e todos ficaram cheios do Espírito Santo. 
Que o Espírito de Deus sopre sobre nós e que fiquemos cheios do Espírito Santo! Deus sempre respeita a nossa liberdade, escolhemos se queremos ou não ficar cheios do Espírito, só depende de mim e de você. 
Não fomos chamados a um encontro com Deus de modo intimista, somos chamados a partilhar sempre este encontro com as pessoas. O Espírito continua sendo dado à Igreja, hoje poderia se chamar, segundo o Papa Francisco, "Festa da efusão dos Apóstolos", pois, a partir deste dia, eles começaram a anunciar com coragem o Espírito Santo. Depois de Pentecostes o primeiro fruto foi o amor; o segundo a alegria, e depois a paz. Faça isso: leve aos seus uma saudação cheia do Espírito Santo, como a de Jesus: "A paz esteja convosco". 
O Espírito Santo vai nos capacitando a dar a Deus uma resposta cotidiana. Como o padre Jonas ensina para a Comunidade Cancão Nova (e isso serve para todo carismático): não podemos ser carismáticos apenas nos momentos de oração, precisamos ser carismáticos 24 horas por dia, viver sob a acão do Espírito Santo! Você precisa ser carismático no ônibus, no metrô, no morro, na escola, no trabalho, em casa, precisa viver carismaticamente. 
Viver carismaticamente é sair do natural e dar uma resposta de oracão em meios às situações. Muitas vezes, ficamos incomodados com nossos impulsos, cuidado! O Papa nos diz que a Igreja de Pentecostes é uma Igreja que não hesita em ir ao encontro das pessoas para anunciar uma mensagem que lhe é confiada. É uma Igreja que não se acomoda, não se retrai. E você, como tem reagido nessa Igreja? O que você tem feito por essas pessoas? 
Nossa experiência de Pentecostes ainda tem sido muito intimista. Se verdadeiramente vivêssemos a experiência de Pentecostes muitos hospitais até iriam à falência! Paulo era carismático 24 horas por dia e até a sombra dele curava as pessoas. A graça do batismo no Espírito pode nos levar a experiências extraordinárias. Conformamo-nos em atender as pessoas uma hora e, ao final, rezamos dois minutos e achamos que é o suficiente porque pensamos que as ouvir é mais importante do que orar por elas. 
Como padre Jonas afirmou no acampamento anterior: o Brasil não vai mudar se não for batizado no Espírito Santo! Sem o Espírito Santo é impossível mudar algumas realidades. Jovens afundados nas drogas, no vício da sexualidade desregrada, entre outros, só podem ser libertos pela eficácia do Espírito de Deus. Anunciemos o Espírito Santo ou continuaremos pagando as consequências do nosso comodismo! Sem o Espírito Santo, Cristo permanece no passado, a Palavra não é atualizada para nós. Na eficácia do Espírito tudo se torna atual. 
Rezemos: Senhor, Tu que és o batizador, realiza em mim a efusão de Seu Santo Espírito como uma torrente de água viva. Batiza minha inteligência, minha razão, meus sentidos. Só o Seu Espírito pode tirar minha vida da situacão em que ela se encontra. Senhor, mergulha-me no Espírito Santo.
Fonte: Canção Nova

sábado, 7 de junho de 2014

HOJE, NA NOSSA PARÓQUIA


15h – PREPARAÇÃO PARA O BATISMO na Igreja Matriz;
16h – SANTA MISSA na Igreja Matriz;
19h – SANTA MISSA no Sítio Tapera (residência de Lindalva e Manoel Zumba). Logo após haverá leilão em prol da Festa de Nossa Senhora da Guia.

Grupo de Oração Filhos do Céu Realiza neste domingo, Retiro de Pentecostes

Com o tema “Ficaram todos cheios do Espírito Santo”. At 2,4. A Renovação Carismática Católica de Acari realiza neste domingo (08) a partir das 13h30min  no centro paroquial o retiro de pentecostes. No retiro terá Momentos Louvor, Pregação, Adoração e Efusão. Não deixe de participar, Deus vai realizar muito em sua vida.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

O Espírito Santo nosso Santificador

agua1A busca da santificação é uma caminhada no Espírito Santo, pois Ele é o nosso Santificador. O Papa Paulo VI disse certa vez que a principal oração, a que deve ser feita “em primeiro lugar”, é a de pedir a Deus que nos envie o seu Santo Espírito. Jesus proibiu aos Apóstolos saírem pelo mundo a pregar o Evangelho antes de receberem o Espírito Santo:
“Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai, entretanto, permanecei na cidade [Jerusalém] até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,29).
Deus anseia dar a cada um de nós o Seu Espírito, “sem medidas” (Jo 3,34), como disse João Batista.
“Se vós que sois maus sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celeste dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem” (Lc 11,13).
Por isso é preciso pedir a Deus Pai, por Jesus, pela intercessão poderosa de Maria, que nos mande o Espírito Santo.
É pela “força do alto” que somos libertos das garras do pecado e rumamos para a santidade. São Paulo ensinou isso aos romanos:
“Se viverdes segundo a carne morrereis; mas se pelo Espírito, mortificardes as obras da carne, vivereis, pois todos os que são movidos pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus” (Rom 8,13).
É importante notar essa palavra “se pelo Espírito”, quer dizer, só pelo Espírito é possível mortificar (fazer morrer) as obras da carne, o pecado. Pela própria natureza não somos capazes. Ficamos muitas vezes escravos de “um certo pecado” por muito tempo, porque lutamos sozinhos contra ele, sem a força do Espírito de Deus.
O mesmo São Paulo lembra aos Gálatas:
“Andai segundo o Espírito e não satisfareis aos apetites da carne”. (Gal 5,17).
Ao vivermos “no Espírito”, Ele mata em nós os desejos que não são de Deus, e nos liberta do aguilhão do pecado. O Apóstolo ensina que as obras da carne: “adultério, impureza, desonestidade, idolatria, magia, inimizades, contendas, ciúmes, iras, rixas, discórdias, partidos, invejas, embriaguez, orgias, e outras coisas”(Gal 5,20-21), só podem ser vencidas se nos deixarmos conduzir pelo Espírito, o qual produzirá, então, em nós os seus frutos: “caridade, alegria, paz, bondade, paciência, benignidade, fidelidade, mansidão, temperança”  (Gal 5,22).
É o Espírito Santo que dá vida a todas as coisas na Igreja; Ele é a sua alma.
Certa vez o Patriarca de Constantinopla, Atenágoras I, falecido em 1972  disse essas palavras:
“Sem o Espírito Santo:
Deus fica distante da gente;
Cristo, perdido na História;
O Evangelho é letra morta;
A Igreja, apenas agremiação religiosa;
A autoridade, poder que se evita;
A pregação, propaganda da Igreja;
A oração, tarefa a cumprir;
A liturgia, ritual do passado; e
A moral, repressão.
Com o Espírito Santo:
Deus entra na vida do mundo, onde inicia o seu Reino;
Cristo, o Filho de Deus, se faz um de nós;
O Evangelho é o novo estilo de vida;
A Igreja, gente unida como as três Pessoas da Santíssima Trindade;
A autoridade, apoio e serviço;
A pregação, anúncio da novidade do Reino;
A oração, experiência de contato com Deus;
A liturgia, memorial que antecipa o futuro; e
A moral, ação que liberta.”
Fonte:  Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 3 de junho de 2014

Reescreva sua história com Jesus

A Palavra meditada, hoje, está em São João 21,1-17:

Durante essa semana, estamos vivendo a preparação para a Festa de Pentecostes. Nesta manhã, na meditação da Palavra de Deus, vemos a história de Pedro, o escolhido de Jesus que tinha, em seu coração, o desejo ardente de dar a sua vida pelo Mestre. Pedro era um homem impulsivo; exemplo disso é o fato de ele ter afirmado que nunca negaria Jesus Cristo, mas o negou três vezes. Quando fez isso, seu coração ficou ferido. Ele experimentou a Ressurreição, mas não a alegria do Ressuscitado. Com o coração ferido, o apóstolo não conseguiria viver Pentecostes. Pedro fala aos discípulos que voltaria a pescar, voltaria à vida antiga.
Com cada um de nós também acontece isso, ou seja, quando desanimamos, quando desistimos de alguma coisa ou de alguém, queremos voltar à nossa antiga vida. Algumas vezes, essa decepção vem por meio de pessoas, mas nossos olhos têm de estar fixos em Cristo, é n’Ele que devemos depositar a nossa confiança.
A Palavra de hoje nos fala que Pedro e os outros discípulos passaram a noite toda pescando, mas não conseguiram nada; ao amanhecer, Jesus apareceu na praia e lhes pediu que jogassem as redes do outro lado. Eles, então, pescaram muitos peixes. Essa noite que eles passaram refere-se às trevas pelas quais nós passamos na vida, e Jesus é a luz que aparece, ao amanhecer, para iluminar e direcionar nossa vida.
Na praia, Jesus havia preparado brasas e havia peixe e pão. Este é o momento que Ele prepara o local para a cura de Pedro. Quando este declara que daria sua vida por Jesus Cristo, mas acabou negando-O, podemos imaginar como estava o coração dele ao reconhecer que aquele homem, na praia, era seu Mestre. Pedro tinha, naquele momento, um coração machucado, receoso e doloroso por ter negado o Senhor. Jesus foi ao encontro do discípulo para curá-lo, pois acreditou nele, assim como acredita em nós, mesmo em meio às nossas infidelidades.
Jesus foi ao encontro de Pedro para curá-lo, porque a experiência transformadora de Pentecostes não seria a mesma se ele estivesse com seu coração ferido e machucado. O Senhor acredita em nós assim como acreditou em Pedro.
Quando o discípulo desistiu, o que será que as pessoas falaram dele? Nós, em nossa caminhada, quantas críticas recebemos das pessoas quando pensamos em desistir ou quando nosso coração ferido, traído e magoado quer largar tudo e voltar à vida velha?
Jesus perguntou a Pedro: “Tu me amas mais do que esses?”. Ele é sincero e diz que O ama com amor de amizade, mas não estava ainda pronto a dar sua vida por Jesus. Diante das tribulações, das doenças e dos problemas financeiros que vivemos, Jesus fala para nós: “Tu me amas?”. Ele perguntava a Pedro sobre um amor de entrega, sem reservas, aquele que é capaz de dar a vida pelo outro, mas Pedro, naquele momento, em seu ato de amor, disse ao Senhor que O amava com amor fraterno, amigo; no entanto, o discípulo foi capaz, no fim de sua vida, de morrer por Jesus e viver seu amor doação.
Todo o processo de cura na vida de Pedro acontece, hoje, conosco. O Senhor insiste em nos curar. Temos a marca de Deus, e essa nunca sairá de nós. Por acreditar em nós, Ele insiste, todos os dias, e nos pergunta: “Ama-me mais do que estes?”.
Ao perguntar pela terceira vez a Pedro se ele O amava, segundo alguns teólogos, Jesus se iguala ao nível do discípulo ao lhe perguntar sobre o amor Ágape, que é o amor doação, mas Pedro Lhe respondia em amor Philia, que é o amor de amizade, de admiração. Pedro respondeu Philia, mas viveu Ágape. Se não abrirmos nosso coração à cura interior, de nada adiantará recebermos o Espírito Santo, pois não causará efeito nenhum em nós. 
É a força do Ressuscitado que nos eleva. Pedro foi sincero com Jesus. Este perguntava se Pedro O amava, e o pescador dizia que O admirava. Três vezes Jesus pergunta se Pedro o amava, porque este O havia negado três vezes, e a cura aconteceu.
Jesus quer ir à raiz dos nossos problemas. O que hoje em sua história o leva a não conseguir caminhar? Não se perdoar é um sinal de orgulho. Prender-se ao seu passado é não crescer e ficar estacionado no caminho. 
Precisamos reescrever a nossa história com Jesus. Todos os dias, temos a oportunidade de reescrever a nossa história no Senhor. Se Jesus não tivesse aparecido, Pedro teria voltado à sua vida de pescador. O convite para nós, nessa manhã, é vivermos como pessoas novas, ressuscitadas; não devemos parar em nossos erros, mas deixar que o Senhor nos cure. Temos de retomar a vida para a qual Ele nos chama.
Deixe de lado seu pessimismo, suas queixas e lamúrias. Viva a restauração que, hoje, Cristo quer nos dar. Pentecostes acontecerá em nossa vida mediante a abertura que dermos ao Senhor para que Ele cure o nosso coração. 
Apresente a Deus suas dores, reze com sua vida. Que o Espírito Santo nos ajude a acreditar neste Deus que acredita em nós.
Padre João Marcos

Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

Encharcados pela água do Espírito


Em Atos dos Apóstolos, capítulo 1, versículo 5, está escrito: “João batizava com água, mas vós é no Espírito Santo que sereis batizados”. Esta é a vontade do Pai, a ação do Espírito Santo em nós. "Batizar" e "inundar" têm significados semelhantes. Assim como um lenço de pano fica encharcado de água, nós também devemos estar encharcados do Espírito.
À medida que cumprimos nossas atividades diárias, que nos doamos continuamente, às vezes ficamos sujos. Há situações em que é necessário irmos ao chão, porque as pessoas estão lá; elas são filhas de Deus que estão no chão, não podemos ter medo de nos colocarmos nos “escombros” para retirá-las de lá e salvá-las. 
Se todos nós formos marcados com a sujeira dos outros, que felizes seremos! Bendita sujeira, pois, assim, o Espírito Santo voltará a nos encharcar e nossa vida será um contínuo renovar-se. Para essa limpeza dentro de nós, o Espírito de Deus precisa mexer e remexer em muitas coisas dolorosas, ruins e incômodas. É como se Ele batesse a "roupa suja" na máquina de lavar ou mesmo nos "esfregasse no tanque". É justamente nessa hora que sentimos dor. Se não acontecer dessa forma, nós não seremos limpos.
O Espírito Santo tem muita paciência, porque Ele precisa de tempo para nos encharcar novamente e nos limpar para que possamos cumprir toda a obra de Deus. Por meio de nós o Espírito vai inundar os outros; e há muita gente precisando encher-se das graças de Deus.
Precisamos usar os dons do Espírito, mas, talvez, Ele esteja em nós como a água está no cano, e é preciso abrir a torneira. Quando nós a abrimos, acontece um efeito extraordinário! Abramo-nos à ação desses dons!
Assim como a água serve para matar a nossa sede, para cozinharmos, lavarmos e limparmos, assim como ela pode cair em forma de chuva ou de neve, também assim são os dons do Espírito Santo: ora Ele cura, ora profetiza, nos dá ciência e discernimento. São manifestações diversas do mesmo Espírito que quer se manifestar em nós.

Monsenhor Jonas Abib

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Papa à Renovação Carismática: unidade e aproximação a pobres

Papa à Renovação Carismática: unidade e aproximação a pobres
Papa participou de uma parte do Congresso da Renovação Carismática no Estádio Olímpico de Roma
Uma multidão em festa acolheu na tarde deste domingo, 1º, o Papa Francisco no Estádio Olímpico de Roma, para celebrar os 37 anos da Renovação Carismática italiana.
O Presidente do Movimento, Salvatore Martinez, deu as boas-vindas ao Pontífice, afirmando que o Olímpico hoje não é palco de um jogo de futebol, com os times da Roma, da Lácio ou do São Lourenço (da Argentina). Mas há sempre uma equipe, a dos discípulos de Jesus, cujo técnico é o Espírito Santo e o capitão é o Papa Francisco. “A estratégia de jogo é maravilhosa. Colocando em campo a fé, a vitória de Jesus está garantida”, disse ele.
Tomaram a palavra representantes dos sacerdotes, dos jovens, da família e dos enfermos, que deixaram seu testemunho, intercalados por palavras do Santo Padre. Francisco ressaltou aos organizadores que faltava um representante dos avós. “Aos sacerdotes, me vem uma única palavra: proximidade. Proximidade a Jesus Cristo, na oração. Próximos ao Senhor. E proximidade às pessoas, ao povo de Deus que lhes é confiado. Amem sua gente”, disse Francisco.
Aos jovens, suas palavras foram: “Seria triste um jovem que protege sua juventude num cofre. Assim, esta juventude se torna velha, no pior sentido da palavra. Torna-se pano velho. Não serve para nada. A juventude serve para arriscar: arriscar bem, com esperança. Apostá-la em coisas grandes. Deve ser doada para que outros conheçam o Senhor. Não a poupem para vocês, avante!
Para as famílias presentes, o Pontífice recordou que são a Igreja doméstica, onde Jesus cresce, cresce no amor dos cônjuges, na vida dos filhos. Por isso o inimigo a ataca tanto: o demônio não a quer! E tenta destruí-la. “O Senhor abençoe a família e a fortifique nesta crise na qual o diabo quer destruí-la.”
Em seu pronunciamento, Francisco definiu a renovação carismática como uma corrente de graça na Igreja e para a Igreja. Como em uma orquestra, nenhum movimento pode pensar em ser mais importante ou maior que o outro. “Quando isso acontece, a peste tem início. Ninguém pode dizer: eu sou o chefe. Como toda a Igreja, há um só chefe, um único Senhor: Jesus.”
Como na entrevista que concedeu voltando do Brasil, Francisco repetiu que não amava muitos os “carismáticos”, mas depois se tornou o assistente espiritual da Renovação Carismática, nomeado pela Conferência Episcopal Argentina. “Trata-se de uma força”, afirmou o Papa, pedindo que renovem o amor pela palavra, carregando no bolso o Evangelho.
E advertiu: “Cuidado para não perder a liberdade que o Espírito Santo nos doou. O perigo para a Renovação é a da excessiva organização. Sim, ela é necessária. Mas não percam a graça de deixar Deus ser Deus. Não há graça maior que deixar-se guiar pelo Espírito Santo”.
O Pontífice identificou ainda outro perigo, que é se tornar controlador da graça de Deus. “Muitas vezes, os responsáveis (gosto mais da denominação ‘servidores’) por alguma comunidade se tornam, sem querer, administradores da graça, decidindo quem pode recebê-la. Vocês são dispensadores, não controladores. Não sejam a alfândega ao Espírito Santo”.
Por fim, Francisco disse o que espera da Renovação. Em primeiro lugar, a conversão ao amor de Jesus. “Espero de vocês uma evangelização com a Palavra de Deus que anuncia que Jesus está vivo e ama todos os homens”. Em segundo lugar, dar testemunho de ecumenismo espiritual, de permanecer unidos no amor que Jesus pede a todos os homens. A seguir, a aproximação aos pobres e aos necessitados, para tocar em sua carne a carne ferida de Jesus. “Aproximem-se, por favor.”
O Pontífice concluiu com um apelo: “Busquem a unidade da Renovação, porque a unidade vem do Espírito Santo. A divisão vem do demônio. Fujam das lutas internas, por favor.”
Fonte: Canção Nova