O termo “liturgia”, originalmente, significa serviço ao povo pelo poder público. Atualmente, significa uma ação religiosa ordenada. É, sem dúvida, o momento culminante da vida da Igreja, da atuação do Espírito Santo e da presença do Cristo Glorioso. É a salvação celebrada e vivida. É um fazer, um agir comunitário, através de símbolos, gestos, sinais. Liturgia é ação; Não é um dizer, explicar, refletir, comentar do jeito de uma aula. Liturgia é vivência do Mistério de Deus, participação de uma realidade que nos envolve e que não podemos compreender totalmente.
COMPOSIÇÃO DO PRESBITÉRIO E DA MESA EUCARÍSTICA
Presbitério – Espaço reservado sobretudo aos sacerdotes que celebram ou concelebram a Santa Missa, bem como aos diáconos, acólitos e leitores que ali dão assistência. Tem como centros principais o altar (mesa da Eucaristia), o ambão (mesa da Palavra) e a cadeira do presidente. Dispõe-se neles as demais cadeiras e a credência.
Altar ou Mesa da Eucaristia – A nossa atenção deve estar voltada unicamente para o Altar, pois é nele que se realiza o Sacrifício de Cristo, onde é transformado o pão e o vinho em Corpo e Sangue de Jesus Cristo. Por isso devemos ter muito respeito e amor.
Cadeira do Presidente – Cadeira do Sacerdote que fica de frente para o povo na parte posterior do presbitério. Ao lado ficam as cadeiras dos sacerdotes concelebrantes, diáconos e demais ministros. Na catedral, onde celebra o bispo, este lugar se chama cátedra.
Credência – Mesa que fica no canto, com os objetos litúrgicos usados durante a celebração.
Capela do Santíssimo – Local especialmente onde há o Tabernáculo, chamado também Sacrário, reservado para adoração, oração pessoal, meditação, silencia e recolhimento, para encontrar-se com Jesus.
Assembleia – Significa reunião do povo de Deus, reunidos para celebrar.
Gestos e Atitudes – Nós, ao nos comunicarmos, utilizamos palavras e gestos (faciais, corporais) de modo facilitar a nossa comunicação. Durante as celebrações, eles têm significado específico, expressando a nossa fé e mantendo nossa unidade. Para que estes gestos e posições do corpo não se tornem mecânicos, devemos conhecer e lembrar o seu significado.
GESTOS COM AS MÃOS
Sinal da Cruz – É o sinal que o Cristão usa para iniciar suas reuniões litúrgicas. Significando que estamos mergulhados no mistério da Santíssima Trindade através da Cruz Redentora de Cristo.
Persignação – Constitui uma forma mais solene, ligada à proclamação do Santo Evangelho. Fazendo a cruz em nossa testa, estamos pedindo a Deus que a força da mensagem de Cristo penetre em nossa mente. Na boca, para que possamos proclamar essa mesma Palavra. No peito, para que possamos viver esta Palavra. Contudo, é feito em silêncio.
Mãos unidas – Expressão de recolhimento, devoção, oração e súplica. Gesto comum de quem participa da Santa Missa: diáconos, ministros leigos e demais fiéis. Os sacerdotes, em alguns momentos também unem as mãos, por exemplo, quando escutam ou convidam às preces, sempre em posição de pé.
Mãos elevadas ou estendidas – Expressão de louvor. É um gesto típico do celebrante nas orações presidenciais, como a Oração da Coleta, Prefacio e Oração Eucarística. No Brasil, os fiéis costumam estender as mãos quando rezam o Pai-Nosso.
Imposição das mãos – Sinal de bênção, reconciliação e de transmissão do Dom do Espírito Santo (Crisma). O celebrante impõe as mãos sobre as oferendas, invocando o Espírito Santo, para que sejam consagradas e se tornem Corpo e Sangue de Cristo.
Dar as mãos – Sinal de saudação, sobretudo, no rito da Paz. Significa comunhão fraterna e unidade do Povo de Deus.
POSIÇÕES DO CORPO
Estar em pé – Expressa respeito, prontidão, disposição de ação, resposta, fé na Ressureição. Posição própria para os ritos iniciais, Evangelho com sua aclamação, oração dos fiéis, profissão de fé, oração sobre as oferendas até a recepção da Comunhão, bênção final e envio.
Estar sentado – Significa o acolhimento e meditação para ouvir a Palavra de Deus, cantar Salmos, ouvir homilia e no silêncio sagrado após a Comunhão.
Ajoelhar-se – Exprime respeito, humildade, arrependimento e adoração. Posição correta durante a Consagração, pois é neste santo momento que o Pão e o Vinho se transformam no Corpo e Sangue de Jesus Cristo.
Inclinação do corpo e da cabeça – indicam reverência, respeito, humildade, devoção e saudação. A inclinação do corpo é feita ao altar quando sobre ele não estiver o Santíssimo. A inclinação da cabeça se faz quando se fala o nome de Jesus Cristo, da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora ou Santo do Dia.
Elevação dos olhos – Contemplação de Deus. É feita no momento da elevação do Corpo e Sangue de Jesus Cristo, olhando para a Hóstia e para o Cálice. O Sacerdote ergue os olhos ao céu em algumas orações eucarísticas.
Beijo – O sacerdote beija o altar e o livro dos Evangelhos em sinal de reverência aos mesmos.
Genuflexão – Com o joelho direito tocando o chão. É um ato feito diante do Santíssimo Sacramento na adoração da Cruz.
Andar – Deve ser humilde e respeitoso: nas procissões, ao levar o Evangelho, na procissão do ofertório, na procissão da Comunhão, na procissão final.
Prostração – Havia antigamente um gesto bastante expressivo, muito a gosto dos orientais: prostrar-se com o rosto em terra para orar, como Cristo no Jardim das Oliveiras. Hoje esse gesto é próprio da pessoa que se consagra a Deus, na ordenação de Diáconos ou Sacerdotes. Significa morrer para o mundo e nascer para Deus.
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