No Jubileu do ano 2000 o Papa João Paulo II pediu à Igreja uma “Nova Evangelização”, com “novos métodos, novo ardor e nova expressão”, afim de reavivar a fé do povo católico e também para trazer de voltar para a Igreja aquelas ovelhas desgarradas que as seitas levaram embora porque não conheciam a doutrina católica; por isso foram enganados pelos “falsos pastores” que Jesus avisou que viriam como cordeiros, mas que eram lobos ferozes. (cf. Mt 7,15).
Nos últimos decênios a catequese diminuiu muito; em primeiro lugar por causa da crise da família provocada pelo divórcio, pela falta de formação dos pais, e tantos outros fatores. A catequese das crianças sempre começou no colo dos pais, mais isso diminuiu muito, e, por outro lado, muitos segmentos da Igreja desviaram a catequese quase exclusivamente para o campo social, deixando as crianças e os jovens à mingua de uma catequese completa sobre os Sacramentos, o Credo, os Moral católica e a vida de piedade e oração. Os jovens já não sabem o que são os sacramentos e os mandamentos, não aprenderam a rezar e não conhecem a Bíblia. O povo, então, foi buscar a fé nas outras comunidades.
Portanto, urge que se estabeleça uma “nova catequese” para as crianças e jovens de modo especial. O Papa Bento XVI tem estimulado a Nova Evangelização como uma Nova Catequese. Isso deve acontecer nas paróquias, nos lares, nas escolas, nos grupos de oração, nas comunidades e onde mais for possível. Precisamos tirar um atraso de pelo menos 30 anos.
O Concílio Vaticano II convocou de modo especial os leigos para essa urgente retomada na catequese: “Grassando em nossa época gravíssimos erros que ameaçam inverter profundamente a religião, este Concílio exorta de coração todos os leigos que assumam mais conscientemente suas responsabilidades na defesa dos princípios cristãos”. (Concílio Vaticano II – Apostolicam Actuositatem, 6)
E o Documento de Santo Domingo, do IV CELAM, insistiu no mesmo ponto: “Instruir o povo amplamente, com serenidade e objetividade, sobre as características e diferenças das diversas seitas e sobre as respostas às injustas acusações contra a Igreja”. (Doc. Santo Domingo, n.141)
O Catecismo da Igreja lembra que: “Os períodos de renovação da Igreja são também tempos fortes da catequese. Eis por que, na grande época dos Padres da Igreja, vemos Santos Bispos dedicarem uma parte importante de seu ministério à catequese”. (§8). Estamos vivendo “períodos de renovação da Igreja”, então, urge que se dê prioridade à Catequese.
por Professor Felipe Aquino
Escritor e apresentador na TV Canção Nova
FONTE: Revista Canção Nova – Março 2012
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