sexta-feira, 21 de março de 2014

Síndrome de Down: Família e Sociedade



Atualmente, existem esforços que buscam um olhar mais direcionado à pessoa, fornecendo maiores oportunidades em diversos contextos sociais como na família, na escola, no lazer, no trabalho, entre outros. 
Essa inserção sociocultural é o grande objetivo da equipe multidisciplinar nesse processo de interação e integração. Na concepção de Silva e Dessen (2002), a inserção adequada da criança com essa síndrome, no seu contexto sociocultural, é de grande importância para a sua adaptação e bem-estar, e a família desempenha um papel primordial como mediadora nesse processo. 
É a família o primeiro universo de relações sociais da criança, podendo proporcionar-lhe um ambiente de crescimento e desenvolvimento; ou, ao contrário, um ambiente que venha dificultar um desenvolvimento mais adequado e saudável. 
Para que a família consiga desempenhar esse papel positivo, é necessário que ela receba informações objetivas e adequadas, fazendo com que as necessidades de cada criança sejam devidamente atendidas por profissionais capacitados. 
A qualidade da estimulação oferecida e a interação desta pessoa com a família e a sociedade se associam ao desenvolvimento e à aprendizagem. Para uma melhor compreensão sobre a Síndrome de Down, o foco das intervenções deve ser o ser humano na sua totalidade, para que ele tenha uma melhor abordagem na evolução no pensamento da sociedade, refletindo e respeitando as dificuldades encontradas nessa patologia, aprimorando esse modelo assistencialista e avançando para modelos de apoio e de respeito aos direitos da pessoa. 
Devemos nos esforçar para que todas as pessoas sejam capazes de construir uma identidade baseada não nas dificuldades, mas em suas possibilidades e atitudes, as quais fortaleçam seus projetos de vida. 

Nosso desafio consiste em reconhecer e respeitar o tempo de crescimento e em saber aceitar uma condição de adulto no lugar de uma eterna criança. Se estivermos convencidos de que todos os seres humanos têm possibilidade de crescer e de formar parte ativa da sociedade, eles acabarão respondendo a essa expectativa.
Karina Maria da Luz – Psicóloga e 
colaboradora da Fundação João Paulo II 

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