Estais no mundo, mas não sois do mundo (cf. Jo 15, 19). Estar no mundo não significa acolher tudo o que ele nos oferece. Entendamos mundo aqui como as realidades inventadas pelo homem e impregnadas de vícios e egoísmos e não apenas como aquela realidade boa criada por Deus. Essa oposição feita por São João entre o seguimento de Cristo e a adesão às realidades do mundo, na verdade, é referente ao mundo marcado pelo pecado e suas consequências.
O mundo é um lugar bom quando nós o permeamos com as realidades do amor de Deus.
O Padre Jonas Abib[1] costuma contrapor a realidade do mundo e a realidade dos filhos de Deus como sistema do mundo e sistema de Deus. E não há nenhum tipo de dicotomia nesta distinção, uma vez que o próprio Cristo assim o disse:
“O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, o meu reino não é daqui ( Jo 18, 36).”
Quando falamos desses dois sistemas entendemos que nem tudo que é do sistema do mundo é do sistema de Deus, e nem tudo que é do sistema de Deus está no sistema do mundo, mesmo que em algumas situações pareça haver certa simbioseentre esses dois sistemas. Uma boa parábola para entender esses dois sistemas é a dojoio e do trigo (cf. Mt 13, 24- 30) que crescem juntos, mas no momento derradeiro são separados.
Cuidemo-nos para que sejamos trigo, para que geremos bons frutos neste tempo em que vivemos, que o Senhor nos ajude.
Fonte: Canção Nova
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