terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Casal fluminense que exala santidade: abertura do processo de beatificação de Zélia e Jerônimo

Na noite deste sábado, dia 18 de janeiro, aconteceu a abertura do processo de beatificação do casal Zélia e Jerônimo, na Paróquia Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana. A celebração jurídica, com o Tribunal Eclesiástico, foi presidida pelo arcebispo do Rio, Cardeal eleito Dom Orani João Tempesta.  
beatificacao
A segunda etapa deste processo acontecerá no dia 20 de janeiro, quando os restos mortais dos Servos de Deus Zélia e Jerônimo estarão presentes na missa do padroeiro da cidade do Rio, às 10h, na Paróquia São Sebastião, na Tijuca. Segundo o vigário episcopal para a Vida Consagrada e responsável pelos processos de candidatos à causa dos santos da Arquidiocese do Rio, Dom Roberto Lopes, eles são um casal fluminense que exala santidade e podem ser grandes ícones para todo o mundo. “Mais uma vez a Arquidiocese do Rio se alegra em poder abrir mais um processo para beatificação. Queremos convocar todo o povo de Deus para participar deste momento junto com o cardeal, nas celebrações do padroeiro, que é novamente o grande protagonista, pois no ano passado demos início também durante a Trezena de São Sebastião ao processo de beatificação da Serva de Deus Odetinha”, motivou. No dia 20, as duas urnas de acrílico com os restos mortais do casal serão lacradas e apresentadas aos fiéis. “Neste dia, dentro da celebração será lida a ata. As bulas, feitas em pergaminho pelas monjas clarissas, serão colocadas dentro das urnas que serão levantadas para que todos possam contemplar”, informou Dom Roberto. Após a missa, as duas urnas serão transladadas pelo Corpo de Bombeiros para a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na Gávea, que será o seu local para culto. A partir do momento que a Congregação para a Causa dos Santos reconhecer as virtudes heroicas deles, e apresentando os milagres, poderá acontecer a beatificação. “O casal teve uma vida muito santa, dentro da própria vida familiar. Geraram 13 filhos, morreram quatro e os outros nove se consagraram a Deus: três sacerdotes e seis religiosas. Eles tratavam seus empregados como pessoas amigas; eram realmente um referencial. É um casal que ressalta a beleza da família, que realmente é o grande instrumento para a santificação”, disse. A abertura do processo do casal Zélia e Jerônimo é uma resposta à piedade do povo de Deus”, salientou Dom Roberto. Jerônimo nasceu em Magé, na Baixada Fluminense, e Zélia Pedreira em Niterói. Casaram-se em 27 de julho de 1876, na Chácara da Cachoeira, na Tijuca. “Mesmo eles não tendo nascido na cidade do Rio, Zélia morreu em nossa arquidiocese. Pedimos a transferência de competência apenas do Jerônimo, porque sua morte aconteceu na Diocese de Nova Friburgo”, explicou Dom Roberto. Ele convidou a todos a testemunharem as graças recebidas pela intercessão do casal. “Contamos com todo povo de Deus. Quem por ventura puder relatar alguma graça pela intercessão do casal Jerônimo e Zélia, pode nos procurar na arquidiocese”, incentivou.
Dados biográficos
Nomes: Zélia Pedreira Abreu Magalhães (1857-1919) e Jerônimo de Castro Abreu Magalhães (1851 -1909).  Sobre Zélia: Primogênita de João Pedreira do Couto Ferraz, secretário do Supremo Tribunal de Justiça e aposentado do Supremo Tribunal Federal, e de Elisa Amália de Bulhões Pedreira, nasceu em 5 de abril de 1857, no bairro do Ingá, em Niterói, capital da então Província do Rio de Janeiro. Recebeu primeiramente o nome da mãe, Elisa, logo trocado pelo anagrama Zélia, composto pelo pai. De família proeminente, Zélia teve como avós paternos o Desembargador Luís Pedreira do Couto Ferraz e Guilhermina Amália Correia Pedreira e como avós maternos, o Comendador José Manuel de Carvalho Bulhões e Justina Justa de Oliveira Bulhões. Entre os parentes próximos, havia o Barão do Bom Retiro, presidente da Província do Rio de Janeiro, cargo que hoje corresponde ao de Governador do Estado, seu tio paterno; a Baronesa de Anadia, sua tia materna; o Visconde de Duprat, seu cunhado; e o Arcebispo de Porto Alegre, Dom José Claudio Ponce de Leão, seu primo. Sobre Jerônimo: Filho do fazendeiro Fernando de Castro Abreu Magalhães e de Rosa Rodrigues Magalhães, Jerônimode Castro Abreu Magalhães (1951-1909) nasceu em Magé, Província do Rio de Janeiro, em 26 de julho de 1951. Seu pai, que veio para o Brasil acompanhar o irmão, Monsenhor Baccelar, Capelão do Imperador, construiu a grande fazenda de café Santa Fé, próxima ao Carmo do Cantagalo, e fez grande fortuna. Colaborou para o desenvolvimento da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, onde situava-se a fazenda, cooperou com a fundação do Colégio Anchieta em Nova Friburgo e extinguiu a escravatura em sua fazendamuito antes do decreto imperial. Teve quatro irmãos sacerdotes e algumas sobrinhas religiosas. Jerônimo fez os estudos preparatórios em Lisboa, mas formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1873.
Fonte: arqrio

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