Da Redação, com Rádio Vaticano
O amor cristão tem sempre a característica de ser “concreto”, está mais nas obras que nas palavras, mais em dar do que em receber. Este foi o centro da reflexão proposta pelo Papa Francisco, em Missa celebrada, nesta quinta-feira, 9, na Casa Santa Marta.
Nada de romantismo: ou é um amor altruísta e solícito ou nada tem a ver com o amor cristão. As reflexões do Papa partiram da Primeira Carta de João, na qual o apóstolo fala sobre o amor entre os homens e com Deus.
“Nós em Deus e Deus em nós: esta é a vida cristã. Não permanecer no espírito do mundo, na superficialidade, na idolatria, na vaidade. Não, não. Permanecer no Senhor. E Ele retribui isso: Ele permanece em nós”.
Francisco atentou para o fato de que esse amor de que fala João não é o amor das novelas. O amor cristão, segundo ele, tem a qualidade da concretude, conforme fala o próprio Jesus: dar de comer aos famintos, visitar os doentes e outras obras concretas.
“E quando não há esta concretude, pode-se viver um Cristianismo de ilusões, porque não se entende bem onde está o centro da mensagem de Jesus. Este amor não chega a ser concreto: é um amor de ilusões”.
E esta concretude do amor, segundo o Papa, está baseada em dois critérios: amar com as obras, e não com palavras e saber que, no amor, é mais importante dar do que receber. “Permanecer com coração aberto, permanecer em Deus e Deus permanece em nós; permanecer no amor”.
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