A humanidade toda – sobretudo a juventude – tem sede de radicalidade, da verdade, de liberdade. Diante da descoberta do amor de Deus, nossa vida se enche de sentido, tudo ganha novo colorido, o qual queremos manter. Aí entra a Igreja, fiel depositária e mestra por excelência de tão grande amor.
Depositária e doadora de Jesus Eucarístico, a Igreja é mãe, e como uma mãe zelosa e amorosa, alimenta seus filhos a fim de que cresçam fortes e saudáveis. Este alimento é a Eucaristia. Jesus se veste de fraqueza e nos oferece tudo, aliás, se oferece todo a nós: seu corpo, sangue, alma e divindade estão ali, ao nosso alcance e à nossa mesa!
E dando-se todo, realiza em nós aquela revolução à qual o Papa João Paulo II nos convida e aponta o caminho: “Jovens de todos os continentes, não tenhais medo de ser os santos do novo milênio. Sede contemplativos e amantes da oração, coerentes com a vossa fé e generosos no serviço aos irmãos, membros vivos da Igreja e artífices da paz. E para realizardes esse importante projeto de vida, é preciso permanecer na escuta da palavra, haurir vigor dos sacramentos, especialmente da Eucaristia e da penitência”.
Para conseguirmos manter a chama do amor acesa, o caminho é a oração. “A sós, com aquele que sabemos que nos ama”, colhemos o seu amor e aprendemos a retribuí-lo como Deus mesmo nos ensina. Mas não é suficiente rezar sozinho, aquela oração pessoal precisa ser fortalecida por momentos de oração em comum; aí corremos para a Missa, onde, unida, a comunidade dos fiéis rende graças ao Senhor por suas maravilhas.
Sustentados pela força do amor, alimentados pelo pão do céu, seremos membros vivos do corpo místico de Cristo (a Igreja), protagonistas da história, e não meros coadjuvantes.
Casa de acolhida e serviço
“Toda a Igreja é apostólica na medida em que é ‘enviada’ ao mundo inteiro; todos os membros, ainda que de formas diversas, participam deste envio” (Cat, 863).
Depois de ter nossa vida transformada e iluminada pela descoberta de que somos pessoal e infinitamente amados por Deus, não podemos guardar isso somente para nós. Sentimos a necessidade de dizer ao mundo o quanto somos felizes; queremos que toda a humanidade faça essa descoberta também, e fazemos essa “divulgação” da boa nova através das nossas palavras, sim – porque “a boca fala daquilo que o coração está cheio” –, mas sobretudo através da nossa vida, é ela que realmente testemunha a conversão que Cristo opera em nós.
Na Igreja, somos acolhidos e aprendemos a acolher. Aprendemos a servir aqueles que chegam, que, por sua vez, depois de fortalecidos pelo pão da vida, também estarão fortes o suficiente para servir, porque Jesus ensinou: “Não vim para ser servido, mas para servir”.
Às vezes, na escola ou nos ambientes em que vivemos, as pessoas ficam espantadas com a nossa disposição de servir, de ajudar – nas pequenas coisas, mesmo: arrumar as cadeiras que estão bagunçadas antes da aula, apagar a lousa, emprestar o caderno para alguém que perdeu a aula anterior, tirar dúvidas de alguém em alguma disciplina… –, de não falar mal das pessoas nem julgar os professores, de saber o nome dos funcionários, especialmente os de cargos menos valorizados, e conversar com eles etc. Essa disposição de ir ao encontro do outro e ver nele Jesus nos é ensinada pela mãe Igreja, e essa nova forma de vida nos faz muito felizes!
Na fase em que nos encontramos, somos “inquietos”, queremos mudar o mundo, desejamos implantar a verdade e a bondade na sociedade. Na Igreja, aprendemos que isso é impossível, mas que é possível dar a nossa parte, o nosso contributo para que algo – pela graça de Deus – mude em nós mesmos e nos ambientes em que vivemos, pois se plantamos paz, o que colheremos? Se plantamos amor, gratuidade e serviço, o que nos espera? A fé nos responde que Deus não decepciona.
Uma experiência
Como é próprio do jovem, sempre tive sede de novos desafios.
Há algum tempo surgiram desafios alucinantes: drogas, álcool, sexo… Buscando lugar de destaque entre os “amigos” ou tentando ser o “radical”, ia sempre além do que podia. As drogas e o álcool foram tomando conta do meu ser, até que já não dormia sem estar sob o efeito de alguma coisa.
O tempo ia passando e eu me afogando em minha própria lama. Porém, um “anjo” me socorreu: convidou-me a participar de um Seminário de Vida no Espírito Santo, dizendo que aquela seria uma “viagem” única para mim. Realmente foi! Encontrei e reconheci Jesus como meu Salvador e Ele tomou conta do meu ser.
Hoje, renovado pelo seu corpo e pelo seu sangue, vivo na esperança de subir ao céu e contemplar a face do meu Senhor!
FONTE: Comunidade católica Shalom/Natal
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