sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Goleiro brasileiro do Valencia fala da sua forte devoção a Nossa Senhora Aparecida

Diego Alves

Ele joga no Valencia, da Espanha. Pega pênaltis com uma frequência assombrosa. Contraria os estereótipos dos jogadores de futebol. E usa luvas especiais, com a imagem da padroeira do Brasil. Diego Alves é considerado um dos melhores goleiros do mundo, faz parte da Seleção verde e amarela e entrou na mira do poderoso Barcelona. Depois de passar pelo Botafogo-SP, ele ajudou o Atlético Mineiro a voltar para a elite do futebol brasileiro. Em junho de 2007, foi para o Almeria, da Espanha, onde, apesar de recebido com ceticismo generalizado, ganhou rapidamente a confiança da torcida – e a atenção dos grandes clubes. Em 2011 foi contratado pelo Valencia, onde cresceu muito em experiência e na reputação de “muralha anti-pênaltis”: desde que chegou à Espanha, ele neutralizou 12 de 24 cobranças, ou seja, pegou nada menos que 50% dos pênaltis marcados contra seu time. É um percentual surpreendente e sem equivalentes. Mas a sua fama vem também de fora do campo. Diego Alves é conhecido no país ibérico não pela grande quantidade de tatuagens nem por algum relacionamento amoroso midiático, mas pela fé cristã profunda. No dia de sua apresentação no Valencia, interrogado pelos repórteres, ele não teve medo de declarar: “Nossa Senhora sempre me acompanha. Eu sou uma pessoa muito religiosa e ela vai estar sempre comigo”. Diego Alves nutre uma forte devoção a Nossa Senhora Aparecida, testemunhada pelos dois beijos que, antes de cada jogo, ela dá na sua medalha do Santuário Nacional, onde o papa Francisco, em sua primeira viagem internacional, consagrou o seu pontificado. “É um presente da minha tia, que era muito religiosa. Eu estava passando por momentos difíceis na minha vida”, contou Diego durante um encontro com jovens católicos espanhóis. “Ela me deu essa medalha e essa medalha me deu conforto. Passei muitas coisas boas e comecei a conhecer mais sobre Nossa Senhora”. Ele decidiu estampá-la nas luvas: “Estou sempre com ela em todos os jogos, ela me dá segurança e serenidade”. Além de Nossa Senhora Aparecida, a presença da família também foi fundamental na carreira de Diego Alves. Ele mesmo relata: “A família é a maior e mais importante certeza que nós temos. Para mim, ela foi a base de tudo. Se eu estou aqui e tenho uma cabeça em cima do pescoço, é graças à minha família”. No mundo milionário da bola, as palavras de Diego Alves soam anormais. Mas, se olharmos de perto, veremos que há muitos jogadores que, em vez de se entregar aos prazeres efêmeros do sucesso, preferem voltar o olhar para cima. São numerosos, e não só procedentes da América do Sul, os jogadores que pertencem aos Atletas de Cristo, associação de inspiração evangélica. Muitos outros são católicos. A mídia espanhola já destacou a fé do experiente atacante paraguaio Roque Santa Cruz e de Jesús Navas, cujas caneleiras dizem que “Deus é amor”. Na Itália, é conhecida a fé de Javier Zanetti, histórico capitão da Internazionale, que criou uma fundação para ajudar os pobres do seu país, a Argentina. É também argentino o ex-jogador de futebol Abel Balbo, devoto de Nossa Senhora de Luján, que tinha a imagem dela estampada em sua braçadeira durante o período em que foi capitão da Roma. Um caso parecido com o de Diego Alves. São gestos explícitos, que mostram que nem todos os jogadores decidiram servir ao dinheiro.
          Federico Cenci                                                                                                                                        Fonte: ZENIT

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